Bento XVI inaugurou nessa segunda-feira no Vaticano a exposição “O esplendor da verdade”, uma homenagem de 60 artistas pelos 60 anos de sacerdócio do Papa. A mostra permanecerá aberta até 4 de setembro no átrio da Sala Paulo VI.
Em um espaço de mil metros quadrados, o visitante encontra obras de arte em diferentes linguagens, sem um itinerário temático específico. São esculturas, fotografias, literatura, pintura e outros suportes.
Entre os expositores estão os espanhóis Pedro Cano, Valentín Miserachs, Sidival Fila, Santiago Calatrava; o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer; o sacerdote e poeta português José Tolentino Mendonça.
Entre os muitos italianos, a artista e diretora emérita da Escola de Arte de Medalla, Laura Cretara. Ela apresenta um quadro-escultura em relevo que retrata a Ressurreição.
“Estou convencida – disse a ZENIT – que os símbolos têm a capacidade de falar aos demais”. Ela considera que esta mostra realizada no Vaticano estabelece um importante diálogo da Igreja com os artistas.
Já o artista mexicano Gustavo Arceves afirmou que “tudo que é feito para erguer um dique contra a barbárie está bem”.
Entre os pintores, Pedro Cano, com uma aquarela, representou um peregrino que entra em Roma pela Porta Maggiore.
O escultor japonês Kengiro Azuma, que durante a Segunda Guerra Mundial foi piloto, apresentou sua escultura com uma enorme gota de bronze.
Vêem-se ainda na exposição projetos de grandes obras, como a gótica moderna igreja São João o Divino, de Nova Iorque, de Santiago Calatrava.
Não faltou a música, com compositores da estatura do maestro da Capela Sistina, Bartolucci, além do italiano Ennio Morricone, com una composição escrita em forma de cruz em una partitura.
Ao concluir seu discurso, o Papa saudou pessoalmente todos os artistas e visitou cada uma das 60 obras expostas.
“O mundo precisa que a verdade resplandeça e não seja ofuscada pela mentira ou a banalidade”, disse.
Que o Espírito Santo, “artífice de toda a beleza que existe no mundo”, ilumine sempre os artistas e os guie “rumo à Beleza última e definitiva, a que inflama nossa mente e nosso coração e que esperamos poder contemplar um dia em todo o seu esplendor”, afirmou ainda o Papa.
Fonte: Zenit.
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