Bento XVI pediu aos pais que ensinem seus filhos a observar e proteger a natureza como grande presente que fala de Deus. Esta foi sua mensagem depois de rezar o Ângelus com os peregrinos presentes no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo.
“Neste tempo de férias, (…) eu vos convido a recobrar forças maravilhando-vos diante do esplendor da Criação”, disse, ao saudar os peregrinos presentes no pátio interior da residência de verão dos papas.
“Pais, ensinai vossos filhos a observar a natureza, a respeitá-la e a protegê-la como um dom magnífico que nos faz pressentir a grandeza do Criador!”, pediu.
Destacou que, “falando em parábolas, Jesus utilizou a linguagem da natureza para explicar aos seus discípulos os mistérios do Reino. (…) Que as imagens que usa nos sejam familiares!”.
“Recordemos que a realidade divina está escondida na nossa vida cotidiana como a semente enterrada na terra – acrescentou. Façamos que dê fruto em nós!”
A oração do Ângelus deste domingo constituiu o primeiro encontro do Papa com os peregrinos desde a sua chegada, na última quinta-feira, a Castel Gandolfo, onde passará o verão boreal.
Na alocução prévia à oração mariana, Bento XVI destacou que a parábola do semeador que se leu neste domingo, na Eucaristia, “é uma página de certa forma 'autobiográfica', porque reflete a própria experiência de Jesus, da sua pregação”.
“Ele se identifica com o semeador, que espalha a boa semente da Palavra de Deus e percebe os diversos efeitos que obtém, segundo o tipo de acolhimento reservado ao anúncio”, explicou.
Para o Pontífice, “no fundo, a verdadeira 'Parábola' de Deus é o próprio Jesus, sua Pessoa, que, no sinal da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade”.
“Dessa maneira, Deus não nos obriga a crer n'Ele, mas nos atrai a Si com a verdade e a bondade do seu Filho encarnado: o amor, de fato, respeita sempre a liberdade”, acrescentou.
Bento XVI também recordou que amanhã se celebra a festa de São Bento, abade e padroeiro da Europa, e convidou a contemplá-lo como “mestre da escuta da Palavra de Deus, uma escuta profunda e perseverante”.
“Devemos sempre aprender do grande patriarca do monaquismo ocidental e dar a Deus o lugar que Ele espera, o primeiro lugar, oferecendo-lhe, com a oração da manhã e da tarde, as atividades cotidianas”, concluiu.
Fonte: Zenit.
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