O Papa Bento XVI enviou suas abundantes bênçãos ao novo país africano, Sudão do Sul, desejando-lhe um futuro de paz e liberdade, segundo afirmou ontem, em um comunicado, o observador da Santa Sé nas Nações Unidas, Dom Francis Chullikatt.
O novo país, nascido no último dia 9 de julho, foi acolhido esta semana, por aclamação, pela Assembleia Geral da ONU.
Dom Chullikatt quis expressar o apoio da Santa Sé ao novo Estado e recordou que houve uma delegação vaticana na cerimônia de independência, encabeçada pelo cardeal John Njue, arcebispo de Nairóbi e presidente da Conferência Episcopal do Quênia, pelo arcebispo Leo Boccardi, núncio no Sudão, e por Dom Javier Herrera.
“Por ocasião da inauguração do novo Estado do Sudão do Sul, o Papa Bento XVI invocou as abundantes bênçãos do Todo-Poderoso sobre o povo e sobre o governo da nova nação e desejou que possa avançar no caminho da paz, da liberdade e do desenvolvimento”, afirmou Dom Chullikatt.
Além disso, sublinhou o compromisso dos católicos no nascimento do novo país africano: “No Sudão do Sul, com uma considerável presença de católicos, a Igreja foi muito ativa no processo de reconciliação nacional, bem como nas atividades para o desenvolvimento”.
A necessidade mais urgente do novo Estado, sublinhou o observador vaticano junto à ONU, é encontrar um lugar para os refugiados e deslocados, cujo número se calcula em cerca de 300 mil.
Organizações eclesiais como Misereor e Cáritas, afirmou, “estão ativamente comprometidas em oferecer assistência humanitária à população”, assim como “a hierarquia local e a conferência episcopal da região (AMECEA), junto a numerosas congregações religiosas”.
Contribuição para a paz
Desde o começo, afirmou o prelado, os líderes eclesiais “foram ativos no processo de paz e, durante sua visita de 1993, o Beato João Paulo II condenou a violência no país, defendendo uma solução constitucional para o conflito. Na assinatura do Acordo de Paz Global (CPA), os representantes da Igreja Católica, junto a outros líderes religiosos, desempenharam um papel vital”.
Entre os desafios enfrentados pelo novo país, destacou o da “segurança para as vidas e propriedades dos cidadãos, as boas relações com os países vizinhos, a melhoria dos padrões sanitários – especialmente no caso de portadores da AIDS –, o reforço das instituições educativas e o planejamento da reconstrução e do desenvolvimento do país”.
“O caminho da guerra civil à paz precisa ordenar-se e basear-se na justiça e na verdade. A longa viagem que custou a vida de muitas pessoas, longos sofrimentos, pobreza e humilhações pode tornar-se um caminho de paz, liberdade e desenvolvimento”, sublinhou.
Neste sentido, concluiu destacando o compromisso da Igreja em “sublinhar a importância do perdão e da reconciliação, essenciais para uma paz duradoura, importante não somente para o novo país, mas também para toda a região”.
Fonte: Zenit.
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