Ao proceder à recolocação de mais de 50 padres na arquidiocese de Braga, Dom Jorge Ortiga afirmou que “não é fácil harmonizar os reais interesses das paróquias e dos sacerdotes” com as possibilidades de que a Igreja dispõe neste território.
“Não podemos continuar a exigir multiplicações de eucaristias. As comunidades devem estar disponíveis para sacrifícios onde a alteração de horários e lugares de culto assim o exigirem”, afirma o arcebispo, no documento em que se anuncia o “movimento eclesiástico” de 2011, publicado esta semana, segundo informa Agência Ecclesia.
Braga dispõe de 410 padres para mais de 500 paróquias. A média etária dos sacerdotes residentes é de 62,4 anos.
Na sua mensagem, Dom Jorge Ortiga admite que “a reorganização territorial da arquidiocese tem concentrado muitas energias”, numa aposta “na formação sólida capaz de garantir a variedade ministerial na transmissão, celebração e vivência da fé cristã. Isto não é tarefa de alguns ou sempre dos mesmos”.
“Aos sacerdotes pede-se que se concentrem no essencial e específico do seu ministério, criando e preparando espaços de corresponsabilidade laical em ordem a uma confiança plena. Aos leigos pede-se que sintam a Igreja como espaço de comunhão e de participação ministerial sem qualquer espírito de protagonismo”, escreve.
O arcebispo de Braga reforça a intenção de criar “Unidades Pastorais”, agrupando várias comunidades. Ele afirma a necessidade de descobrir “ministérios que não servem exclusivamente o âmbito restrito da paróquia, mas que estão ao serviço de uma determinada zona pastoral”.
“Diante de nós temos um desafio que deve comprometer sacerdotes e leigos: tomar consciência de um novo modo de ser Igreja para crescermos na comunhão corresponsável”, afirma.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário