Famílias que compartilham as refeições, que rezam juntas e frequentam regularmente retiros, criam a receita para uma Igreja cheia de verdadeira fé, segundo um bispo da Ucrânia.
Falando com a associação caritativa internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), DomStanislav Shyrokoradiuk, auxiliar da diocese de Kyiv-Zhytomyr, contou sobre o frutífero trabalho com famílias e jovens.
“Vemos que a nossa Igreja é muito jovem – explicou. Quando olhamos dentro da igreja, ela está cheia de jovens e de famílias jovens também. É um sinal para a nossa Igreja.”
O prelado descreveu a maneira como as famílias participam de um programa permanente de formação, afirmando que, “uma vez por mês, seis famílias se reúnem com o sacerdote para rezar e discutir (…) e toda família tem o próprio programa de atividades”.
Os núcleos familiares, acrescentou, participam de algumas iniciativas entre um encontro e outro com o sacerdote, por exemplo, da leitura do Evangelho por um tempo mínimo de cinco minutos por dia, assim como, uma vez por semana, de uma diálogo familiar no qual pais e filhos conversam sobre algum tema escolhido por eles próprios.
Para a formação permanente das famílias, prosseguiu Dom Shyrokoradiuk, são fundamentais os retiros anuais. “Vemos quanta esperança eles oferecem – disse – e colhemos grandes resultados”.
“Todos os anos, temos pelo menos duas semanas programadas para esses retiros familiares e as famílias participam com os filhos. (…) Há um programa para os pais, com a participação de religiosas de várias congregações, para levar adiante o programa para as crianças, que estão sempre com seus pais.”
Para o bispo, estes retiros permitem que os esposos encontrem tempo para estar juntos, algo nem sempre fácil, dado o ritmo frenético da vida de hoje.
“As famílias estão muito ocupadas e têm pouco tempo para estar juntas; no entanto, podem encontrar esse tempo no retiro”, afirmou.
Destacando a importância de apoiar a vida familiar, contou como um homem lhe escreveu para agradecer-lhe depois de um retiro, dizendo: “É a primeira vez que passo tanto tempo com a minha mulher, meus filhos, minha família”.
Estes programas, acrescentou o prelado, promovem também as vocações na Ucrânia, dado que a família é a primeira fonte de vocações.
“É um ótimo método de formação e estas famílias depois geram vocações. (…) Devemos continuar trabalhando na formação e onde este trabalho não acontece, não veremos vocações.”
Destacando o aumento das vocações em sua diocese, referiu à AIS que há mais de 50 congregações femininas e todas têm novas vocações.
“É muito importante, porque suas orações nos ajudam. No mundo de hoje, temos uma necessidade particular da sua ajuda espiritual.”
“A vida espiritual é importante – concluiu Dom Shyrokoradiuk. Obviamente, precisam sempre de ajuda material, mas, graças a Deus, AIS lhes ajuda.”
AIS financia o sustento de 20 religiosas beneditinas e 12 carmelitas na diocese, além de vários projetos fundamentais de construção e reforma de igrejas e conventos.
Fonte: Zenit.
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