Pelo segundo ano consecutivo, Bento XVI escolheu descansar em Castel Gandolfo. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, explicou, em uma entrevista à Rádio Vaticano, por que acha que o Papa fez esta escolha.
Pouco tempo após sua chegada a Castel Gandolfo, o Pontífice saudou a multidão que havia se reunido para dar-lhe as boas-vindas.
“Começo minhas férias – disse ele. Aqui encontro tudo: a montanha, o lago, o mar, uma bela igreja, com uma fachada renovada, e boas pessoas.”
“Estou contente por estar aqui – acrescentou. Espero que o Senhor nos permita passar umas boas férias.”
O Pe. Lombardi explicou que Castel Gandolfo tem “certamente a vantagem de um lugar conhecido”, de ser um lugar “acondicionado para a presença normal do Santo Padre”, tranquilo, mais fresco que Roma, com jardins nos quais se pode passear, lugares adaptados ao trabalho intelectual e à oração.
“Sabemos muito bem que o Papa não é, em absoluto, uma pessoa que perde seu tempo: é uma pessoa que aproveita intensamente seu tempo, inclusive quando descansa”, destacou.
O Pe. Lombardi contou que um dia se surpreendeu com as palavras do secretário do Papa, que disse que maneira muito espontânea: “É estudando e escrevendo sobre teologia e Sagrada Escritura que o Papa descansa melhor, porque são os temas pelos quais ele se apaixona”.
“Penso que o Papa também é conscientes do fato de que, do ponto de vista da organização, logística e segurança, sua estância em Castel Gandolfo é a solução mais simples também para outras pessoas”, afirmou.
O Pe. Lombardi recordou que a escolha de Castel Gandolfo está motivada também, sem dúvida alguma, pelos deslocamentos previstos para este verão: a Madri, para a Jornada Mundial da Juventude em agosto, a Ancona em setembro, para o final do congresso eucarístico italiano, e à Alemanha, no final de setembro.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé também destacou que o Papa deve acabar “sua grande obra sobre Jesus de Nazaré”.
“Ele nos disse que deseja completá-la com um terceiro volume, certamente mais breve, sobre a infância, sobre os Evangelhos da infância.”
“Já começou a trabalhar em suas horas vagas, nestes últimos meses, mas será provavelmente o momento de completar esta obra ou pelo menos de fazê-la avançar de maneira decisiva”, comentou.
O Pe. Lombardi recordou, finalmente, que a oração dominial do Ângelus continuará de Castel Gandolfo, um lugar mais recolhido, onde as pessoas se sentem mais perto do Santo Padre, o que confere a esse encontro um ambiente “familiar”.
Também explicou que as audiências gerais serão retomadas no mês de agosto, provavelmente também em Castel Gandolfo, a menos que a multidão seja grande demais, em cujo caso se realizarão no Vaticano.
O Papa retomará a atividade com maior intensidade em setembro, mas voltará a instalar-se no Vaticano somente no final desse mês.
Fonte: Zenit.
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