A Igreja, consciente da força e do alcance dos meios de comunicação, “os tem como indispensáveis aliados no anúncio da Boa Nova”, afirma o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno.
Dom Damasceno falou na noite dessa terça-feira, na abertura do 1º Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil, que acontece no Centro de Formação Sumaré, no Rio de Janeiro.
O cardeal destacou que já na Conferência de Medellín (1968), a Igreja na América Latina compreendeu o quanto os meios de comunicação eram imprescindíveis na tarefa evangelizadora.
“A Igreja reconhece que nestes meios está a ‘versão moderna e eficaz do púlpito’, como nos asseverou o papa Paulo VI (EN 45), por isso, não mede esforço para se fazer presente em todos eles”, disse.
Dom Damasceno considera que a nova cultura que nasce dos meios de comunicação e suas implicações é uma realidade que desafia a Igreja na sua missão evangelizadora.
“Na Conferência de Aparecida os bispos da América Latina e Caribe nos chamavam a atenção para este fenômeno da revolução tecnológica da comunicação, que marca o fim do Século XX e início do terceiro milênio”, recorda.
Ali os bispos afirmavam que “a utilização dos meios de comunicação de massa está introduzindo na sociedade um sentido estético, uma visão a respeito da felicidade, uma percepção da realidade e até uma linguagem, que querem impor-se como autêntica cultura” (Documento de Aparecida, 45).
Também o Papa Bento XVI – prosseguiu o arcebispo –, em sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações deste ano, recorda que “as novas tecnologias estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que estamos perante uma ampla transformação cultural”.
Entre as iniciativas da Igreja no Brasil para se fortalecer no âmbito comunicativo, o cardeal citou o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, que começa no próximo dia 17, no Rio de Janeiro, e a publicação do documento de estudos da CNBB “A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil”.
Dom Damasceno considera que este Seminário que os bispos realizam traz “uma contribuição ímpar para a Igreja no Brasil”.
“Já posso antever seus abundantes frutos para nossas dioceses, paróquias e comunidades traduzidos no compromisso com uma comunicação que leve as pessoas à plena comunhão umas com as outras, em Jesus Cristo”, disse.
Fonte: Zenit.
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