O sangue que Jesus derramou não é contra ninguém, mas para todos, e o que está sendo derramado neste momento em muitos lugares ao redor do mundo o evoca constantemente.
Esta é a reflexão do diretor da Sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, em seu editorial de ontem no "Octava Dies", o informativo semanal do ‘Centro Televisivo Vaticano'.
Refletindo sobre o recente livro do Papa, "Jesus de Nazaré 2", Lombardi recordou a afirmação de Bento XVI de que "o sangue de Jesus não foi derramado contra ninguém, mas por muitos, por todos (...). Nós todos precisamos da força purificadora do amor, e essa força é o seu sangue. Não é maldição, mas salvação".
Esta, disse o porta-voz vaticano, "é uma das afirmações do livro que mais atraiu a atenção e rendeu muitos consensos, porque elimina resolutamente pela raiz as interpretações de uma passagem do Evangelho que parecia ser uma condenação do povo judeu".
"Hoje, estas palavras vêm à mente quando olhamos de novo para todo o sangue derramado na Costa do Marfim, na Líbia, em tantos outros lugares no mundo", observou.
"Quando veem o sangue derramado, os cristãos não podem deixar de lembrar espontaneamente do sangue de Jesus", acrescentou.
Acima de tudo, lamentou o "sangue derramado pelas guerras civis, por conflitos internos nos países que, por mais variados que sejam, deveriam tentar crescer como comunidade humana e civil, onde, no entanto, são escavados abismos de ódio não só para hoje, mas também para o futuro".
Deus, acrescentou, "está perto, presente e partilhando o sofrimento causado pela violência homicida, com a qual só pode se alegrar quem é inimigo da humanidade".
Deus, porém, "continua amando a todos e desejando a salvação de todos, em todos os lugares, pagando o preço da credibilidade deste amor".
Esse amor é uma "arma impotente" ou é, no final, "mais forte que as outras?", perguntou Lombardi, concluindo que "o caminho da cruz e da ressurreição sustenta o difícil compromisso de todos os construtores da paz".
Fonte: Zenit.
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