Enquanto as forças militares norte-americanas preparam-se para deixar o Afeganistão, os bispos pedem uma transição responsável que promova a consciência comunitária e a participação dos cidadãos.
Dom Howard Hubbard, bispo de Albany (Nova York), presidente do Comitê ‘Justiça e Paz’ da Conferência episcopal dos EUA, fez esse apelo em uma carta enviada no dia 6 de abril ao conselheiro de Segurança Nacional Thomas Donilon.
Em nome dos bispos, o prelado sublinhou que “uma transição responsável deveria permitir a retirada das forças militares norte-americanas na primeira oportunidade compatível com os objetivos de negar ambientes seguros às organizações terroristas, minimizar posteriores perdas de vidas humanas, auxiliar os refugiados e deslocados internos e ajudar os afegãos no caminho da recuperação depois de décadas de guerra”.
“O êxito e a sustentação da retirada militar se basearão em uma transição de êxito para uma liderança afegã, grande parte da qual se deve exercer no âmbito local, dada a natureza descentralizada da sociedade afegã”, afirma o prelado.
“Animo a sublinhar a importância da participação dos cidadãos, das capacidades da sociedade civil, das responsabilidades e da boa administração”, acrescenta.
“Promover a capacidade local ajuda a estabelecer uma base para a segurança futura, a estabilidade política e a prosperidade econômica.”
Desenvolvimento
Dom Hubbard reconheceu que “se bem que a retirada militar reduzirá significativamente os gastos norte-americanos no Afeganistão e Paquistão, um compromisso consistente por um desenvolvimento contínuo é fundamental para o êxito no longo prazo”.
Por isso, “uma transição responsável requer que o financiamento para o desenvolvimento e a reconstrução, atualmente assinalado ao Departamento de Defesa, seja transferido ao Departamento de Estado/Agência para o Desenvolvimento Internacional”.
“Esse financiamento deveria ser dirigido segundo as necessidades, com uma opção particular pelos pobres e os marginalizados”, afirmou.
O prelado acrescenta que os bispos estão “profundamente preocupados com a liberdade religiosa no Paquistão e pedem que esta seja uma prioridade política dos EUA”.
“O fracasso em defender a liberdade religiosa de todos, sobretudo das minorias, e em construir uma sociedade pluralista e tolerante, animará os grupos terroristas funtamentalistas”, destaca.
Fonte: Zenit.
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