O cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, a quem Bento XVI tinha enviado à Costa do Marfim como “mensageiro de paz e de reconciliação”, tentou sem êxito entrar no país.
“Não pude entrar na Costa do Marfim, e o núncio, que iria me acolher, não pôde sair de sua residência, que está muito próxima do palácio presidencial”, disse o cardeal a ‘Rádio Vaticano’. Ele conta que esperou em Gana por uma melhora da situação, mas isso não ocorreu.
“Pedi a assistência da ONU, pois ela organiza voos especiais de Accra à Costa do Marfim, mas nesta situação delicada e perigosa, a ONU não quis correr o risco de levar uma pessoa que não formava parte de sua equipe”, disse.
O cardeal Turkson tinha sido encarregado por Bento XVI de manifestar sua “solidariedade e a da Igreja universal às vítimas do conflito” e de alentar a busca “da reconciliação e da paz”.
“Não pude entregar a mensagem, por isso seu conteúdo permanece confidencial”, afirmou o cardeal.
O prelado afirmou que o papel da Igreja no país é tentar evitar que o conflito se estenda e promover o diálogo entre os partidos. Também levar consolo, assistência e solidariedade à população.
Ele deseja que o diálogo seja retomado. “Minha esperança é que cesse o derramamento de sangue e que se possa chegar ao diálogo”, disse.
Fonte: Zenit - (Marine Soreau)
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