terça-feira, 22 de março de 2016

“Messianismos não servem”, disse o cardeal Braz de Aviz sobre crise política brasileira

O Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz – em entrevista à Rádio Vaticano – indicou uma estrada para o contexto da crise no Brasil. “Messianismos não servem”.
“Eu tenho consciência, como brasileiro, de pertencer a uma nação muito grande. Claro, ela está inserida no contexto de todas as outras nações. Não somos maiores que os outros, mas somos uma grande nação, não só pelo território: é a questão do gênio brasileiro também, da formação do nosso povo que é tão rica de culturas, de história. E, também, de limites enormes que nós ainda estamos aprendendo a caminhar. A democracia, nós já experimentamos um pouco, mas não foi ainda assim muito, então somo jovens na nossa democracia”, afirmou o prelado.
A opinião de Dom Aviz é que “este momento de hoje no Brasil é um dos mais importantes que existe na nossa história”. Sente-se, portanto, “admirado pelo modo como nosso povo está reagindo nas ruas, que é extraordinário. Isto é, sair para a rua, manifestar a sua própria posição e respeitar a posição do outro também e, ao mesmo tempo, manifestar claramente o que a gente pensa nesta atitude da construção da história de um povo. Fico feliz de ver que, finalmente, parece que nós demos uma ‘via livre’, uma entrada mais forte à verdade, à autenticidade, e também nós queremos sair deste inferno verdadeiro que é a corrupção”.
Concluiu dizendo que “A questão da mudança depende de todos, temos que todos nós fazer uma mudança, e ela é possível. Messianismos não servem. ‘Eu sou o salvador’. Não, o povo é o salvador da sua pátria. A atitude de excluir pessoas, dizer: vocês fazem parte de uma outra mentalidade, também não serve. Temos que ir achando as razões que movem cada um nos pontos contrários para poder achar uma história comum. Esta história comum existe! As instituições precisam ser respeitadas, mas nós precisamos também sair da corrupção. Quem sabe esta Semana Santa vai nos dar esta chance”.
Fonte: Zenit.

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