terça-feira, 16 de setembro de 2014

São Cornélio - Defendeu a Igreja e a fé indo ao martírio por amor a Cristo.



Cornélio, o “Pai dos Pobres” nasceu em Roma por volta do ano 200. A hagiografia não nos oferece dados do início de sua vida e já podemos contemplar no ano 251 a sua eleição à Papa, depois de um tempo vacante da Cátedra de Pedro, sucedendo ao Papa Fabiano que havia sido martirizado pelo Imperador Décio.
Este momento histórico era de grandes perseguições e martírios impostos aos cristãos. Logo no início do pontificado de Cornélio, uma séria tensão originou-se com Novaciano, que aspirando também a função papal, iniciou uma subversão interna que findou com a sua autoproclamação ao papado, tornando-se um antipapa e causando um cisma na Igreja. Nesta situação, Novaciano defendia que aqueles que abandonaram o catolicismo durante as perseguições não poderiam voltar a Igreja senão sob a condição de um rebatismo. Cornélio já defendia a misericórdia de Deus sobre aqueles nesta situação, valendo-se do arrependimento e contrição de coração como pressuposto para seu retorno à Igreja.  Novaciano teve o apoio de alguns sacerdotes e Cornélio contou com o apoio de São Cipriano, São Dionísio e outros bispos. Convocou então o sínodo de Cartago e foi reconhecido como legítimo papa e excomungou Novaciano.
Após a definição, escreveu diversas cartas divulgando a decisão e orientando os fiéis. Um documento de Cornélio mostra o tamanho da Igreja em Roma em seu papado: 46 sacerdotes, 07 diáconos, 07 subdiáconos e cerca de 50.000 cristãos. No entanto, a perseguição voltaria com força, pois com a morte do imperador Décio em 251, Galo tomou posse e empreendeu novamente as perseguições em junho de 252, vindo a prender e exilar o Papa Cornélio para a cidade de Cività-Vecchia, nos arredores de Roma. No exílio, sofreu tormentos e suplícios, vindo a ser julgado e sentenciado à morte por decapitação no dia 14 de setembro de 253. Foi sepultado no Cemitério de São Calixto.

Fonte: Zenit.

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