quinta-feira, 11 de setembro de 2014

As três religiosas assassinadas em Burundi serão enterradas naquele mesmo país

A ex-superiora religiosa regional da congregação das missionárias xaverianas na República Democrática do Congo e em Burundi, irmã Delia Guardagnini, em declarações feitas hoje à agência Fides, disse que as três religiosas assassinadas em Burundi no último domingo, 7 de setembro, tinham pedido para ficar no país apesar de sofrerem problemas de saúde. Seu motivo? Elas “queriam entregar a vida até o fim”.
As irmãs xaverianas Lucia Pulici, Olga Raschietti e Bernadetta Boggian foram assassinadas nas instalações da paróquia dedicada a São Guido Maria Conforti.
“Os corpos não serão repatriados”, disse a ex-superiora, “por vontade expressa das nossas irmãs missionárias e porque as pessoas a quem elas amaram e serviram desejam ficar com elas. É um sinal de amor até o fim”.
A irmã Delia recorda que as três freiras, já idosas, tinham ficado em Burundi “aceitando realizar pequenos serviços, porque as suas forças não permitiam mais que elas fizessem trabalhos pesados. Eram serviços simples, como acompanhar as pessoas, fazer visitas domiciliares, ajudar os pobres. Elas eram muito queridas pela população. Em Burundi, nunca tivemos problemas com ninguém. Não conseguimos entender quem é que pôde nos causar essa violência, de uma forma tão malvada”.
Irmã Delia informou que “os funerais se realizarão nesta quarta-feira em Bujumbura [a capital do país]. Depois, começaremos a longa viagem para levar os corpos das irmãs até o cemitério xaveriano de Bukavu, onde será celebrada a missa na catedral, na quinta-feira de manhã”.
Segundo a mídia italiana, o assassino que apunhalou duas freiras e atingiu a terceira com uma pedra seria um empregado da paróquia, com quem foi achado um celular das religiosas. Ele possuía as chaves da casa paroquial, mas ainda há muitas dúvidas em torno do homicídio.
A ministra de Assuntos Exteriores da Itália, Federica Mogherini, recordou no Senado italiano o caso das três religiosas assassinadas dizendo: "Não podemos ficar de braços cruzados diante de um assunto gravíssimo, o dos ataques contra os cristãos, que está se tornando um fenômeno dramático em muitas partes do mundo".

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