quarta-feira, 21 de maio de 2014

Dialogar com as outras religiões não significa relativizar a fé cristã

É um profundo "obrigado" o que o Papa Francisco endereçou ao cardeal Jean-Louis Tauran pelo trabalho realizado pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso nos últimos 50 anos desde a sua fundação. O Departamento foi instituto 19 de maio de 1964 pelo Servo de Deus Papa Paulo VI, em sua Carta Apostólica Progrediente Concilio, com o nome de “Secretariado para os Não-Cristãos".
Em sua mensagem para a ocasião, o Papa recorda a própria gênese do Pontifício Conselho acontecida na bonita estação do Concílio Vaticano II, “caracterizada por uma grande abertura". Na época - recorda o Santo Padre – “a Igreja sentia-se animada por um sincero desejo de encontro e diálogo com a humanidade toda”. Tal diálogo “é possível somente a partir da própria identidade”, destaca, porque, como demonstrado por João Paulo II, “diálogo e anúncio não se excluem mutuamente, mas têm uma ligação íntima”. Porém eles – destaca o Pontífice – devem ser mantidos “separados” e não devem ser “nem confundidos, nem instrumentalizados, nem considerados idênticos ou intercambiáveis​​".
Neste sentido, a Igreja “deseja estar próxima e ser companheira de estrada de cada homem", como Cristo com os discípulos de Emaús. "Esta disponibilidade de caminhar junto - mostra o Papa – é muito necessária no nosso tempo, marcado por profundas, e nunca antes conhecidas, interações entre povos e culturas diversas”.
De fato, a Igreja "sempre estará mais comprometida a percorrer o caminho do diálogo e a intensificar a cooperação, já frutuosa, com todos aqueles que, pertencentes a diferentes tradições religiosas, compartilham a vontade de construir relações de amizade e participam das diferentes iniciativas de diálogo”.
Um diálogo que, porém – afirma Francisco -  não significa "relativizar a fé cristã". Nesta perspectiva, é apreciado o trabalho realizado pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso no último meio século. A esperança do Bispo de Roma é que esse diálogo possa continuar “com renovado impulso a própria missão, que poderá ajudar bastante a causa da paz e o autêntico progresso dos povos”.

Fonte: Zenit.

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