- Na América Latina, "hoje, mais que nunca, a pastoral familiar deve incluir o desenvolvimento de estratégias no âmbito nacional, regional e internacional para enfrentar o desafio cultural, político e social, com as próprias famílias como os principais protagonistas", considera um representante da Santa Sé.
Dom Jean Laffitte, secretário do Conselho Pontifício para a Família, recolheu, em uma conferência, apresentada no encontro de bispos responsáveis das comissões episcopais da família e da vida na América Latina e no Caribe, os desafios enfrentados pela célula fundamental da sociedade no subcontinente.
Protagonista da nova evangelização
Em sua intervenção, pronunciada na cidade de Bogotá, em 29 de março, o prelado francês reconheceu que o desafio da Igreja hoje consiste em ajudar as famílias a serem protagonistas da nova evangelização.
"A família pode evangelizar em sua própria casa por meio do amor mútuo, através da escuta da Palavra de Deus e da oração, através da catequese em família e da edificação mútua", ilustrou o bispo.
"Pode evangelizar no seu próprio ambiente através das suas relações com seus vizinhos, parentes, amigos, colegas de trabalho, de esportes e entretenimento, escola etc. Pode evangelizar na paróquia, mediante a fiel participação na Missa dominical, a colaboração no caminho catequético dos filhos, a participação em encontros familiares, movimentos e associações, a proximidade com as famílias em dificuldade, o incentivo de itinerários de preparação para o Matrimônio e de preparação dos pais para o Batismo dos seus filhos."
"Pode evangelizar na sociedade civil, dando-lhe novos cidadãos, aumentando as virtudes sociais, ajudando pessoas carentes, aderindo a associações civis de inspiração cristã para promover uma cultura e políticas favoráveis à família e aos seus direitos", disse ele.
Protagonistas da justiça e da caridade
Assim, as famílias também devem ser protagonistas da justiça e da caridade na América Latina, indicou.
"Particularmente urgente, na América Latina e no Caribe, é o trabalho de promoção da mulher - afirmou o prelado. Este trabalho tem de assumir tanto o desafio da sua subestimação, da sua marginalização e abuso, como o da influência da ideologia, especialmente o de certo feminismo radical de gênero".
Ao mesmo tempo, disse ele, "hoje é necessário mostrar que a família favorece o desenvolvimento e a paz da sociedade, através da proteção, promoção, acolhimento, integração e das respostas que ela dá para as necessidades dos seus membros".
Por estas razões, o bispo convidou a "trabalhar para que a identidade da família seja respeitada frente a decisões políticas e legislativas de grande importância ética, que podem comportar uma grave injustiça para seu bem-estar e para a sua missão".
Fonte: Zenit.
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