O cardeal norte-americano Theodore McCarrick enfatizou o valor da liberdade religiosa para todas as confissões religiosas, defendendo em particular os direitos dos muçulmanos.
O arcebispo emérito de Washington testemunhou esta semana, em nome da Conferência de Bispos Católicos dos EUA, no Comitê Judicial do Senado sobre a Constituição, Direitos Civis e Direitos Humanos, instância que discutia o tema da defesa dos direitos civis dos muçulmanos norte-americanos.
“A liberdade religiosa é um fundamento essencial de nossa convivência na nação e no mundo”, disse. Segundo o cardeal, a liberdade “é destruída pelos ataques às pessoas em alguns países por causa da religião e de sua horrível utilização para incitar ao ódio ou inclusive justificar a violência”.
“Não se pode permitir que uma preocupação justificada pela segurança e o fato de perseguir de maneira apropriada os que desvirtuam a religião para atacar os demais converta-se em uma nova forma de discriminação e de intolerância religiosa”, afirmou.
Reciprocidade
“Por isso, não deixemos de lado nossos irmãos e irmãs muçulmanos na defesa de sua dignidade e de seus direitos e, ao mesmo tempo, esperamos reciprocidade e solidariedade conosco, quando os direitos dos cristãos ou de outros grupos forem violados no mundo.”
Para o cardeal McCarrick, "é essencial sublinhar que a liberdade religiosa começa com o direito de culto em virtude da própria consciência, mas não termina aí”.
“A liberdade religiosa inclui outras atividades fundamentais que expressam nossa fé, entre as quais a liberdade de consciência para oferecer assistência de saúde e outros serviços, o direito a instituir e manter escolas que reflitam autenticamente nossos valores e o direito a participar e oferecer nossa contribuição nos assuntos públicos e comunitários”.
A partir dessa perspectiva, “atos de discriminação contra os católicos e nossas convicções são manifestados com frequência de maneira sumamente pública”.
"Estamos firmemente comprometidos na defesa da liberdade religiosa de todos – não só dos católicos –, porque nosso compromisso se baseia em nossa preocupação com a dignidade de cada pessoa humana”, afirmou.
Fonte: Zenit.
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