Os bispos da Conferência Episcopal da Costa Rica manifestaram sua preocupação diante da tensão na fronteira com a Nicarágua.
Em mensagem emitida nessa semana, os prelados informam que, nas últimas semanas, têm acompanhado “o surgimento de uma tensão crescente nas relações entre as duas nações devido à drenagem do rio São João e a presença de tropas militares nicaragüenses na Ilha Calero”.
De acordo com os bispos costarriquenhos, o conflito “motivou o governo da Costa Rica a recorrer a instâncias internacionais para procurar uma solução, mediante a via diplomática”.
“Nossos povos, vizinhos e irmãos, compartilham, além da fronteira, toda uma história; de fato, são muitos os vínculos e desejos comuns que unem a estas duas nações”, assinala a mensagem da Conferência Episcopal
Como é público, lembram os prelados, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução, por maioria, na qual pede a ambos governos “retomar imediatamente as conversações sobre aspectos relacionados com a demarcação da linha fronteiriça, conforme os tratados e laudos existentes até agora” e, ao mesmo tempo, “para gerar um clima propício ao diálogo entre ambas nações, evitar a presença das forças armadas ou de segurança na área onde sua presença poderia priduzir tensão”.
Diante desta difícil situação, os bispos chamam fortemente o governo da Costa Rica a “seguir o caminho marcado por nossa tradição civil: a busca incessante da resolução dos conflitos pelas vias diplomáticas, do diálogo e d respeito ao direito internacional que supõe o reconhecimento dos direitos mútuos e o cumprimento dos respectivos deveres dos Estados envolvidos”.
Por outro lado, apelam ao povo costarriquenho que se una em torno aos valores mais profundos do país como “a paz, a civilidade, a fraternidade e o respeito à vida”.
Aos milhares de irmãos nicaragüenses, acolhidos à hospitalidade costarriquenha, os bispos pedem colaboração fraterna “na consecução do bem comum” para os habitantes da Costa Rica.
Fonte: Zenit.
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