A Conferência Episcopal dos Estados Unidos aprovou um acordo no qual reconhece como válido o batismo de quatro comunidades cristãs reformadas.
A Conferência votou, na última terça-feira, o Common Agreement on Mutual Recognition of Baptism (Acordo Comum de reconhecimento Mútuo do Batismo) durante a realização da Assembleia plenária que se realiza em Baltimore.
O acordo foi resultado de seis anos de estudo e debates entre os representantes da Conferência Episcopal norte-americana, a Igreja Presbiteriana dos EUA, a Igreja Reformada da América, a Igreja Reformada Cristã e a Igreja Unida de Cristo.
Dom Wilton Gregory, arcebispo de Atlanta e presidente do USCCB Committee for Ecumenical and Interreligious Affairs, afirmo una última terça-feira num comunicado que essa decisão pode ser considerada "um marco no caminho ecumênico".
"Junto com nossos irmãos e irmãs da Reforma" destas quatro igrejas, afirmou, "os bispos católicos podemos afirmar, mais uma vez, que o Batismo é a base da real, ainda que incompleta, unidade que temos".
"Nossa Conferência espera agora que os quatro organismos competentes das comunidades reformadas aprovem o acordo comum que fizemos", disse o arcebispo.
O prelado explicou que, assim que for aprovado pelas outras quatro denominações, o acordo "permitirá que os ministros católicos aceitem que o batismo realizado nestas comunidades seja ‘verdadeiro batismo', como se entende na doutrina e na lei católicas".
Comunhão
"A apresentação de um certificado de Batismo por parte dos cristãos reformados que desejem entrar em plena comunhão com a Igreja Católica ou casar-se com um católico assegura aos ministros que o Batismo, realizado por um ministro da Reforma, utilizou água corrente e a invocação bíblica de Deus como Pai, Filho e Espírito Santo", argumentou o bispo.
A Conferência expressou, num comunicado de imprensa, que o acordo comum afirma que o Batismo é "o vínculo sacramental de unidade para o Corpo de Cristo, que se realiza uma só vez por um ministro autorizado, mas com água corrente, utilizando a fórmula trinitária das Escrituras ‘Pai, Filho e Espírito Santo'".
A mensagem declarou que outras conferências episcopais do mundo assinaram acordos semelhantes com as comunidades protestantes locais, mas este documento "não tem precedentes" na Igreja Católica nos Estados Unidos.
A Igreja Católica geralmente tem reconhecido a validez da maioria das principais comunhões cristãs, desde o Concílio Vaticano II. Entretanto, em 2002, O Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, incentivou as conferências episcopais a reunir-se com as comunidades cristãs locais para estudar, esclarecer dúvidas e perguntas sobre a reciprocidade das práticas nas diversas igrejas.
Fonte: Zenit.
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