Bento XVI agradeceu o ministro de Assuntos Exteriores da Itália, Franco Frattini, pela acolhida ao grupo de católicos feridos no atentado do dia 31 de outubro contra a catedral católica síria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Bagdá.
“Expresso minha profunda gratidão por ter trabalhado para que vários católicos, feridos recentemente em Bagdá, fossem recebidos na Itália”, disse o Papa.
Bento XVI pronunciou estas palavras no início do discurso na audiência a um grupo de representantes italianos dos “Mestres do esqui”. Os esportistas estavam acompanhados pelo ministro Franco Frattini.
Os vinte e seis católicos iraquianos acolhidos e atendidos na Policlínica Gemelli, de Roma, viajaram de avião desde Bagdá acompanhados por vinte e um familiares. O grupo conseguiu escapar do massacre na catedral, quando do ataque por terroristas armados.
O balanço do atentado até agora: 58 pessoas mortas e mais de cem feridos depois que as forças iraquianas tentaram libertar parte dos fiéis seqüestrados durante cinco horas
O Ministério dos Assuntos Exteriores da Itália organizou a assistência aos feridos no país, em colaboração com a Policlínica, após o pedido do secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.
Outros 72 feridos seguiram de Bagdá para Paris para serem atendidos em hospitais da capital francesa.
De acordo com boletim médico, quase todos os feridos estão em boas condições.
Os familiares estão alojados no hospital, em instalações cedidas pela Universidade Católica do Sagrado Coração, onde se localiza o centro médico, em Roma.
A página web Baghdadhope postou declarações de um membro do grupo de sacerdotes e seminaristas que visitou os feridos, o padre Ameer Gammo.
“São pessoas feridas no corpo e na alma que ainda não sabem como expressar sua dor. A tragédia ocorreu há pouco tempo e a verdadeira dor, aquela que desgarra a alma, só será sentida talvez em alguns meses”.
“Entretanto - continuou o sacerdote – ainda que pareça impossível, eles animaram a todos os sacerdotes e seminaristas que os visitaram hoje. Todas as histórias que estas pessoas contam são trágicas; cada uma delas perdeu alguém que amava”.
No último domingo, dia 14, um grupo de cristãos iraquianos se reuniu na Praça de São Pedro para rezar o Angelus com o Papa. O grupo levava bandeiras do Iraque e fotos de algumas das vítimas do atentado à catedral de Nossa senhora do Perpétuo Socorro.
Bento XVI dirigiu-se a eles em italiano, depois da oração mariana, dizendo: “saúdo também os iraquianos aqui presentes e invoco o dom da paz para seu país”.
Fonte: Zenit.
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