“Este último ataque terrorista fez aumentar o medo e contribuiu para destruir a esperança”. Foi o que disse Dom Jean Sleiman, arcebispo latino de Bagdá, ao comentar o massacre de 31 de outubro.
Em uma entrevista a AIS (Ajuda à Igreja que Sofre), o prelado reconheceu o terrível impacto que o ataque teve nos cristãos iraquianos.
“Os cristãos estão profundamente assustados. Mas tentam superar essa horrível experiência”, disse.
No domingo 31 de outubro, um grupo de nove terroristas do “Estado Islâmico do Iraque” protagonizou o massacre na igreja católica síria de Nossa Senhora do Socorro, em Bagdá, com um balanço final de 58 mortos, entre eles três sacerdotes e várias crianças.
Nos dias seguintes, uma série de atentados indiscriminados contra a população civil deixou 64 mortos e 200 feridos.
Proteção
Segundo informa hoje L'Osservatore Romano, uma delegação de bispos cristãos manteve nesse domingo um encontro com o primeiro ministro iraquiano, Nuri al-Maliki.
A delegação católica estava liderada pelo cardeal Emmanuel III Delly, patriarca de Babilônia dos Caldeus, e pelo arcebispo católico sírio de Bagdá, Athanase Matti Shaba Matoka.
Durante a reunião, o primeiro ministro pediu aos representantes cristãos que vigiem suas próprias igrejas em parceria com as forças de segurança nacionais.
Em declarações a Rádio Vaticano, Dom Shaba Matoka pediu ajuda urgente à Europa. “Pedimos que a Europa se ocupe dos cristãos no Oriente Médio. Nós queremos manter nossa presença no Iraque”.
Esse ataque “destruiu todas as nossas esperanças. Agora é muito difícil que as pessoas fiquem”, disse.
O arcebispo latino de Bagdá, Dom Sleiman, disse que os atentados evidenciam que os cristãos estão em uma situação muito perigosa.
Fonte: Zenit.
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