Dois bispos de origem cubana, um nos Estados Unidos e outro em Cuba, encontraram-se no sul da Flórida para planejar uma maior colaboração entre a Igreja dos dois países. Os dois imigraram quando crianças desde a ilha de Cuba aos Estados Unidos na operação chamada Peter Pan.
O bispo cubano Arturo González está nos Estados Unidos para celebrar missas e reunir-se com sacerdotes católicos, dentro do processo de aproximação entre as duas presenças da Igreja na América do Norte.
“A meta desta missão é precisamente descobrir e os vínculos que unem os cubanos em qualquer parte do mundo, disse o bispo aos jornalistas.
O arcebispo Thomas Wenski deu as boas-vindas ao clero numa missa na última segunda-feira.
Dom Wenski afirmou, diante de 200 fiéis, que a Igreja Católica sobrevive em Cuba a pesar da “situação difícil” que teve de enfrentar. Ele participou da inauguração das novas instalações do Seminário de Havana, formando parte de uma delegação da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.
Dom Arturo González chegou acompanhado por três sacerdotes e uma religiosa, de acordo com o porta-voz da Arquidiocese de Miami.
Segundo informou o jornal Miami Herald, os encontros no sul da Flórida entre cubanos de um e de outro lado do Caribe, são o objetivo da visita de quatro dias. O encontro pretende melhorar a compreensão e promover a solidariedade.
Os bispos ofereceram uma conferencia de imprensa no Santuário de Nossa Senhora da Caridade, em Coconut Grove.
“O objetivo desta comissão é precisamente descobrir e ajudar a descobrir os laços que unem os cubanos”, disse Dom González.
Com relação à libertação de prisioneiros de Cuba, Dom González afirmou que a Igreja cubana tem feito o que deve, empenhando-se há anos nessa tarefa.Ele rebateu assim as críticas contra a Igreja cubana e o governo da Espanha, que participa no processo de libertação.
“Recebemos uma promessa de que este processo de libertação vai continuar. Já há um grande número de presos libertados. Houve uma oferta de liberdade para prisioneiros que desejavam sair do país e para aqueles que queiram permanecer também”, acrescentou o bispo.
Os bispos González e Estévez, que imigraram a Miami quando crianças na Operação Peter Pan, falaram também de futuros objetivos da Igreja em Cuba e no sul da Flórida. “É um grande desafio para a Igreja cubana depois de cinqüenta anos de vida limitada”, comentou Estévez, titular do santuário de Coconut Grove.
“Os bispos de Cuba desejam que o Papa nos visite”, disse, acrescentando que s prelados de seu país mandaram um convite ao Vaticano, num esforço conjunto com a Igreja da República Dominicana. Seria a primeira visita papal desde a viagem de João Paulo II à Cuba, em 1998.
Estévez confirmou que a Arquidiocese está considerando uma possível peregrinação a Cuba em 2012, pelo 400º aniversario da aparição de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.
Fonte: Zenit.
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