As comunidades cristãs estão chamadas a “acompanhar os migrantes nos processos de deportação e expulsão, dado que atualmente não existe uma atenção como essa por parte de organizações sociais”.
Dom Antonio Maria Veglió, presidente do Pontifício Conselho para a pastoral dos Migrantes e Itinerantes, fez esse convite no último sábado, durante a homilia de encerramento do Encontro continental latino-americano sobre migrações. O evento se celebrou em Bogotá, de 17 a 20 de novembro.
O prelado destacou a conveniência de que “as comunidades cristãs aproveitem a oportunidade de trabalhar em equipes nas fronteiras, construindo pontes sólidas para o benefício dos migrantes”.
Dom Veglió também indicou outras sugestões e desafios levantados pelo “aumento constante das migrações entre os países latino-americanos e para outros países do mundo”.
Convidou a comunidade cristã a apoiar as iniciativas que favoreçam a organização dos grupos de migrantes e contribuam para sua capacitação e consolidação da integração dos trabalhadores migrantes entre as organizações trabalhistas existentes.
O presidente do Conselho para os Migrantes destacou também a necessidade de “aumentar a colaboração com organizações governamentais e não governamentais e de consolidar os programas de prevenção ao tráfico de migrantes”.
Em nome dos representantes de 19 países participantes no encontro, pediu aos governos que revisassem suas políticas e leis que comprometam a tutela dos direitos fundamentais do homem assim como promovam as que combatam os abusos sobre o trabalho e a exploração sexual.
Recomendou que “se faça todo o possível para que se adotem os mecanismos internacionais de proteção aos direitos de todos os migrantes e de seus familiares”.
Dom Vegliò sugeriu às igrejas locais “assistir espiritualmente as comunidades da diáspora com o envio de sacerdotes missionários qualificados, em comum acordo com as Conferências Episcopais das Igrejas de acolhida”.
O prelado qualificou a pastoral dos migrantes como “uma fronteira significativa de evangelização no mundo atual”.
Sobre o fenômeno migratório hoje, Dom Vegliò destacou que “os países não devem consagrar seus esforços exclusivamente no controle dos fluxos migratórios, mas também na proteção do migrante e na luta contra o crime organizado”.
Ele denunciou que “as vítima do tráfico de pessoas se sentem presas e perdidas entre as ameaças dos que as exploram e sua condição irregular no país de acolhida”, lembrando também “as dívidas que os agentes de máfias impõem tanto às vítimas quanto às famílias no país de origem”.
Fonte: Zenit.
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