Urbano Navarrete faleceu após "uma longa e fecunda peregrinação terrena", disse o Papa, com emoção e gratidão, falando sobre o perfil do cardeal.
Bento XVI desejou que a fé do purpurado jesuíta, considerado um dos maiores especialistas em Direito Canônico do século XX, "se converta em visão, encontro face a face com Deus, em cujo amor ele soube reconhecer e buscar o cumprimento de toda lei".
"O estudo meticuloso e o ensino apaixonado do Direito Canônico representaram elementos centrais na sua vida. Educar especialmente as jovens gerações na verdadeira justiça, a de Cristo, a do Evangelho: eis o ministério que o cardeal Navarrete desempenhou ao longo de toda a sua vida", disse o Santo Padre.
"Ele pertence, assim queremos crer, ao grupo daqueles que gastaram sem reserva a sua existência pelo Reino de Deus e, por isso, confiamos que seu nome está agora escrito no ‘livro da vida'", acrescentou o Papa, que criou o Pe. Navarrete cardeal no dia 24 de novembro de 2007.
Urbano Navarrete Cortés nasceu Camarena de la Sierra, Teruel, a 25 de maio de 1920. Foi ordenado sacerdote em 31 de maio de 1952, no Congresso Eucarístico Internacional de Barcelona.
"Especialista em direito matrimonial - recordou o Papa -, decano da Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Gregoriana, depois reitor da mesma universidade, contribuiu na revisão do Código de Direito Canônico e foi consultor de vários organismos da Cúria Romana, além de testemunha de acontecimentos históricos, como o Sínodo Diocesano de Roma e o Concílio Vaticano II."
Em maio de 1994, foi investido doutor Honoris Causa pela Faculdade de Direito Canônico da Universidade Pontifícia de Salamanca.
No final da exortação, Bento XVI revelou que "três princípios básicos sempre inspiraram a sua vida como estudioso: muito amor pelo passado, sensibilidade diante dos problemas, exigências e desafios do presente, e capacidade de abrir-se ao futuro sem medo, mas com esperança, a que provém da fé", concluiu o Papa.
Fonte: Zenit.
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