“Não Matarás” é o título de um comunicado dos bispos da Guatemala relembrando a doutrina social da Igreja sobre a pena de morte.
Os prelados constatam – no texto difundido na semana passada – que “a aplicação da pena de morte tem sido parte da legislação nos países cristãos até o século passado”, mas “nunca foi esquecido o respeito devido à vida, o papel que tem a misericórdia de Deus – disposto a perdoar inclusive quem tenha cometido crimes horríveis –, nem o risco que se corre na justiça humana de aplicar tal castigo de maneira injusta”.A tradição da Igreja Católica sobre o tema “se fundamenta no modo de agir de Jesus, Filho de Deus, que foi vítima de sua aplicação injusta, manipulada e perversa por parte das autoridades corruptas daquela época”, afirma o comunicado assinado pelo presidente da Conferência Episcopal, Dom Pablo Vizcaíno Prado.Os bispos indicam no comunicado que “o desenvolvimento dos sistemas penitenciários modernos permite criar mecanismos que preservem a integridade da sociedade frente a agressões criminais”.“Não se trata de renunciar à defesa legítima da sociedade diante dos crimes, mas recorrer a meios não cruentos para realizar esta defesa. A oposição à pena de morte não significa um sim à impunidade”, acrescentam.Por isso, afirmam: “censuramos como moralmente irresponsável a promoção da pena de morte como propaganda política, pois o desespero cidadão pela ineficiência do sistema judicial se combate melhorando o sistema judicial e penitenciário e não aplicando a pena capital”.
Fonte: Zenit.
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