quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Iraque: Novos atentados contra cristãos em Bagdá

No último domingo, dia 7 de novembro, celebrou-se a primeira missa na catedral católica síria de Bagdá, uma semana depois do massacre que matou 58 pessoas. Neste mesmo dia mais dois cristãos foram assassinados a tiros.
Louay Daniel Yacoub, de 49 anos, foi morto diante da porta de seu apartamento por desconhecidos; assim como outro cristão ainda não identificado.
Na sexta-feira, durante a oração, em todas as mesquitas de Kirkuk, no norte do país, condenou-se o “bárbaro atentado” conta a catedral católica de Bagdá.
Os líderes religiosos e o arcebispo de Kirkuk, Dom Louis Sako, condenaram o massacre do dia 31 de outubro. As autoridades muçulmanas pediram que se respeite o “mosaico” de etnias e religiões iraquianas.
Os próprios imames pediram aos muçulmanos que protegessem os cristãos, a quem qualificaram como “modelos de lealdade”.
Os cristãos de Bagdá afirmaram, no domingo, a força de sua fé, pouco depois do assassinato de mais de 50 fiéis e três sacerdotes. As ameaças da organização terrorista Al-Qaeda não fizeram efeito nas “pedras vivas” da fé cristã naquele país martirizado pelo terrorismo e pela violência.
Centenas de velas – informava a agencia France Presse (AFP) – formavam uma cruz gigante e no centro era possível ler os nomes das vítimas do massacre do domingo anterior.
Depois de atribuir a autoria do atentado, o grupo auto-denominado Estado Islâmico no Iraque, organização que abriga insurgentes que atuam sob o comando da Al-Qaeda, decretou que os cristãos eram já “objetivos legítimos”.
Traumatizados pelo terrível atentado, numerosos fiéis, num primeiro momento, manifestaram seu desejo de fugir do Iraque, como fizeram antes 300.000 dos 450.000 cristãos que viviam em Bagdá em 2003, antes da invasão liderada pelos Estados Unidos.
O arcebispo ortodoxo iraquiano Athanasios Dawood, em Londres, pediu aos cristãos, num pronunciamento à BBC, neste domingo, que abandonem o Iraque depois do atentado do dia 31 de outubro.
Trinta e sete fiéis da paróquia atacada foram levados a Paris, para serem hospitalizados.

Fonte: Zenit.

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