terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Outros dois cristãos são assassinados no Iraque

Um casal de cristãos idosos foi assassinado a tiros em sua casa em Bagdá, ontem à noite, por homens armados com pistolas com silenciadores.

O assassinato ocorreu no bairro de Baladiyat, da capital iraquiana, uma área predominantemente xiita, segundo informações do Ministério do Interior do país, recolhidas pela agência AsiaNews.

Nesse mesmo dia, o Papa Bento XVI pediu aos fiéis, depois de recitar o Ângelus no Vaticano, que rezassem pelo fim da violência contra os cristãos e muçulmanos no Iraque.

Os assassinatos e a violência estão levando muitos cristãos ao êxodo. Cerca de 500 famílias cristãs fugiram de Mossul e Bagdá para o norte do Iraque, à região semiautônoma do Curdistão.

Os deslocados deixaram suas casas, móveis e lugares de trabalho, bem como paróquias e mosteiros, incluindo alguns dos mais antigos da cristandade.

Desde 2003, o número de cristãos no Iraque, que ascendia a cerca de um milhão de fiéis, foi reduzido quase pela metade.

O governo está empenhado em fornecer subsídios de 400 dólares para cada família que decide deixar sua casa, mas esse valor não é suficiente nem para pagar o aluguel mensal de um apartamento no norte.

Enquanto isso, o clima de insegurança persiste, com assassinatos e ataques a igrejas e propriedades privadas dos cristãos.

Um dos mais graves foi registrado em 31 de outubro, na catedral siro-católica de Bagdá.

Pelas 58 pessoas que morreram no ataque, as Igrejas cristãs no Iraque realizarão nesta quinta-feira, 9 de dezembro, um dia de jejum.

Os líderes cristãos também decidiram ontem, em uma reunião em Arbil, pedir ao governo curdo que garanta escola e trabalho para as famílias cristãs refugiadas no norte do Iraque.

Além disso, tais líderes se reunirão com deputados cristãos para compartilhar suas opiniões sobre as razões dos ataques contra os fiéis.

Os representantes das comunidades cristãs acreditam que o governo não garante suficientemente a segurança dos cristãos.

Por essa razão, no último dia 1º de dezembro, os líderes cristãos se recusaram a participar de uma reunião sobre a coexistência e tolerância sociais, organizada na província de Erbil pelo Ministério iraquiano dos Direitos Humanos.


Fonte: Zenit.

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