Dois bispos católicos da Nicarágua foram vítimas de roubo no país. O bispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, levantou sua suspeita de que as duas ações contra prelados formem parte de um plano de intimidação e espionagem contra líderes eclesiais. Os ladrões levaram um computador e os documentos dos bispos.
Ressurgem os fantasmas da guerrilha sandinista quando, durante a revolução fracassada, as multidões intimidavam sacerdotes e bispos. Outro bispo afetado pela suposta espionagem é de Granada, Jorge Solórzano.
Agora as ameaças são mais sofisticadas e com objetivos muito concretos. Além de comunicar suas suspeitas de que seja um plano de intimidação, Dom Báez denunciou que, em outra ocasião foi objeto de intimidação por três pessoas desconhecidas que o interceptaram em Manágua enquanto viajava com dois seminaristas.
Os desconhecidos impediram que seu carro seguisse e o ameaçaram com uma arma. As declarações de Dom Báez foram feitas inicialmente a um canal de televisão, mas foram amplamente divulgadas pela imprensa nicaraguense a partir do dia 11 de dezembro.
O deputado independente Salvador Talavera denunciou que os roubos de computadores e celulares a pessoas vinculadas ao âmbito político ou da sociedade civil não são “isolados”, porque se registram de maneira regular.
“O que e preocupa disso é que esta foi uma tática, uma estratégia utilizada em anos passados, infelizmente, como intimidação e como espionagem contra a Igreja; e já o fato de que sejamos dois bispos que tenhamos sido furtados, no meu caso, acreditando que minha pasta se tratasse de um computador, creio que é preocupante”, declarou o bispo auxiliar de Manágua ao Canal 12.
“Não gostaria e estou certo que o povo da Nicarágua também não, que voltássemos a essas estratégias tenebrosas e diabólicas contra os pastores da Igreja, que buscam somente anunciar o Evangelho da paz e da justiça, o Evangelho de Cristo a favor do nosso povo”, disse o prelado.
Fonte: Zenit.
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