quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Papa fala de Santa Catarina de Bolonha

Bento XVI acolheu na manhã desta quarta-feira, dia da habitual Audiência Geral, vários fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Na catequese de hoje, o Papa falou sobre Santa Catarina de Bolonha, que nasceu nessa cidade italiana, em 8 de setembro de 1413, numa família nobre. Aos dez anos mudou-se para Ferrara, onde recebeu uma boa educação e uma vasta cultura literária e artística. Quatro anos mais tarde, decidiu deixar a corte para se dedicar a Deus numa comunidade de mulheres consagradas.

Dois anos depois, a responsável do grupo funda um mosteiro de agostinianas. Catarina e outras, no entanto, preferem seguir a espiritualidade franciscana, transformando a comunidade num mosteiro de Clarissas. Teve freqüentes visões e êxtases, mas também tentações e dúvidas. Por obediência, aceitou o cargo de Mestra de Noviças, exercendo essa função com sabedoria.

"Anos mais tarde, frisou o Papa, Catarina foi transferida para Bolonha como abadessa de um novo mosteiro, edificando suas irmãs por seu espírito de oração e serviço". A única obra escrita que resta de Catarina intitula-se "As sete armas espirituais".

Santa Catarina de Bolonha faleceu em 1463 e foi canonizada pelo Papa Clemente XI, em 1712.

Bento XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Queridos irmãos e irmãs,

O século XV conheceu uma mulher de vasta cultura, mas muito humilde: Santa Catarina de Bolonha, cidade onde nasceu e onde voltou na fase final da vida, para fundar um mosteiro da sua Família Religiosa, inspirada na regra de Santa Clara de Assis. Catarina deixou-nos um belo programa de vida espiritual, na sua obra As Sete Armas Espirituais, que são: procurar solicitamente cumprir o bem; acreditar que, sozinhos, não poderemos jamais fazer algo de verdadeiramente bom; confiar em Deus e, por amor d’Ele, nunca temer a batalha contra o mal, tanto fora como dentro de nós mesmos; meditar muitas vezes nos factos e nas palavras da vida de Jesus, sobretudo na sua paixão e morte; recordar-nos que temos de morrer; manter viva na mente a lembrança dos bens do Paraíso; ter familiaridade com a Sagrada Escritura, trazendo-a sempre no coração, para que oriente todos os nossos pensamentos e acções.

Amados peregrinos de língua portuguesa, que viestes junto do túmulo de São Pedro renovar a vossa profissão de fé: a minha saudação de boas vindas para todos vós, em particular para o grupo de Escuteiros de Penedono, desejando-vos abundantes dons de graça e paz do Deus Menino, que imploro para vós e vossas famílias com a minha Bênção Apostólica. (

Fonte: Rádio Vaticano

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