Tolerância, cooperação e diálogo são os elementos que Bento XVI espera que caracterizem as relações entre os fiéis das diferentes religiões.
O pontífice expressou essa ideia na quinta-feira passada, ao receber em audiência o novo embaixador do Nepal na Santa Sé, Suresh Prasad Pradhan.
No discurso que dirigiu ao diplomata, o Papa recordou que “em contraste com a longa tradição de tolerância do povo nepalês, houve nos últimos anos alguns incidentes lamentáveis de violência contra a vida dos católicos, assim como danos à propriedade da Igreja”.
O Papa expressou sua esperança em que “prevaleça um espírito de tolerância, e que a cooperação para o bem geral e a reconciliação mediante o diálogo se fortaleçam e continuem marcando as relações fraternas entre os católicos do Nepal e seus concidadãos de outras religiões”.
No Nepal – observou o Papa –, os cristãos são mais de 1 milhão, mas os católicos são muito poucos. “No entanto, através de suas instituições, tentam dar uma contribuição significativa para o bem-estar de todos os cidadãos”. Ele assinalou também que a Cáritas “realiza uma variedade de projetos nas áreas mais pobres e se ocupa dos refugiados”.
“Impulsionada pelo amor de Jesus Cristo, a Igreja está sempre preparada e disposta a fazer o que puder para ajudar os necessitados, independente de sua raça, cor ou credo”, disse.
Se bem que as primeiras pegadas da Igreja no Nepal remontem aos séculos XVII e XVIII, durante os últimos setenta anos ela tem sido “particularmente ativa no serviço ao povo, através de seus hospitais, organizações beneficentes e escolas”.
Situação política
Nos últimos anos, houve muitas mudanças no Nepal, cujos responsáveis “tentam traçar um novo rumo político para benefício de seu povo”.
Entre as tarefas mais importantes, segundo o Papa, encontra-se a elaboração de uma nova Constituição. Também assegurar garantias jurídicas dos direitos civis e políticos, assim como garantir os de natureza econômica, social e cultural.
O pontífice expressou sua esperança em que, “uma vez que estejam superadas as atuais dificuldades, a Assembleia Constituinte será capaz de completar seu trabalho e contribuir desta maneira para garantir um futuro estável, harmonioso e próspero”.
A Santa Sé saúda também “as expressões de compromisso com os ideais e normas democráticos que se encontram nos acordos políticos provisórios atualmente em vigor” no país.
Fonte: Zenit.
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