O bispo de Caacupé, Dom Claudio Giménez, convidou todos os fiéis que peregrinam a este santuário mariano a virem com um coração aberto para receber muitas graças”.
“Não creio que Deus e a Virgem se fechem a esses pedidos, porque sabem muito bem das necessidades de cada um, de cada família e do nosso povo”, disse, em declarações a ABC digital.
Este ano, o lema das festas da padroeira, que nestes dias reúnem milhares de peregrinos, é “Uma nova evangelização para um novo Paraguai”.
Jovens
Dentro das celebrações, no sábado passado 10 mil jovens peregrinaram a este santuário mariano.
“Reunimo-nos para debater que tipo de país nós, jovens, estamos construindo, no que estamos contribuindo”, disse María Lezcano.
Já Aldo Álvarez, da diocese de Encarnación, disse que ir a Caacupè “é uma espécie de agradecimento e compromisso dos jovens de diferentes regiões do país”.
Virgem mestiça
Caacupé é uma cidade de quase 50 mil habitantes, localizada a 54 km de Asunción, e considerada a “capital espiritual do Paraguai”.
A tradição desta advocação mariana vem do século XVI, quando um índio guarani convertido corria perigo ao ser perseguido por uma tribo selvagem. Ele prometera à Virgem que se não fosse morto pelos inimigos esculpiria uma imagem dela e veneraria.
Conta-se que a própria Virgem apareceu-lhe em pessoa e lhe disse: Caaguý cupe-pé, que significa “detrás dos arbustos de erva mate”, onde o índio se escondeu. Como ele sobreviveu, depois teria talhado nessa madeira a imagem da Virgem.
Missionários jesuítas asseguraram que no local das aparições brotou uma fonte de água, que durante os verões ajudou os índios guarani a sobreviver. Ali apareceu a imagem da Virgem boiando, e desde então o povo a chamou de Nossa Senhora dos Milagres.
Um traço particular da padroeira dos paraguaios é seu rosto moreno, que representa a mestiçagem entre os guaranis e os europeus.
Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)
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