Dom Tomasi fala na Conferência da Organização Mundial do Comércio
Frente a uma situação econômica e financeira que vitima principalmente as frações mais pobres da população, faz-se necessário um sistema de comércio baseado no princípio da justiça social.
É que disse Dom Silvano Maria Tomasi, arcebispo e observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas, por ocasião da conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada em 30 de novembro em Genebra.
“A crise econômica atual exerce seu maior peso sobre os mais pobres”, provocando o agravamento de problemas como o desemprego e, por isso, a Santa Sé cobra “atenção dos Estados e das organizações comerciais” sobre o assunto.
Nesse contexto, o prelado destacou que a conferência, da qual participaram representantes de 139 países, representa uma oportunidade para exortar a comunidade internacional a “coordenar esforços em direção à retomada do crescimento”, tanto nos países em desenvolvimento com naqueles desenvolvidos.
O prelado lembrou a encíclica de Bento XVI Caritas in Veritate, observando que “cada país tem o direito de definir seu próprio modelo econômico”, mas deve fazê-lo “no âmbito de uma globalização inclusiva e igualitária” na qual “solidariedade, investimentos, transferência de tecnologia, capacidade construtiva e compartilhamento de saberes estejam a serviço de um desenvolvimento centrado na pessoa “.
Nesse sentido, exortou a reconhecer que cada ser humano tem sua própria dignidade, desejo de liberdade e de ter seus anseios atendidos também nos processos econômicos.
Por isso, o mercado deve estar voltado ao “bem comum”, respondendo também e acima de tudo, às necessidades dos miseráveis, cujo número já chega a um bilhão em todo o mundo.
Para que tal objetivo seja atingido, concluiu, é necessário “dar um passo decisivo em direção a um sistema econômico baseado no princípio da justiça social”.
Fonte: Zenit.
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