Bispos e sacerdotes chineses afirmaram que as iniciativas da Igreja Católica para um diálogo com a China "encorajaram" os religiosos locais, embora as relações ainda estejam em um patamar difícil. Em uma nota endereçada à agência vaticana Fides, os devotos comentaram que a carta enviada à Igreja Católica chinesa no mês passado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, teve grande peso nesse processo de encorajamento, pois pede para que o futuro seja visto "com confiança". "A carta do cardeal Bertone não critica e não fala das intermináveis disputas do passado e dos novos contrastes de hoje. Ele nem sequer menciona alguns incidentes que ocorreram recentemente. Todavia, a sua mensagem encorajou e inspirou os sacerdotes", destaca o documento. Os bispos e sacerdotes também defenderam que a correspondência do cardeal "reitera o princípio e a direção do diálogo e da reconciliação segundo as atuais circunstâncias e a evolução das relações entre China e Vaticano". De acordo com a nota dos devotos, "a atmosfera de contraposição e de tensão foi, em parte, amortecida" e tais relações estão "melhores que no passado, sobretudo a partir da carta do papa Bento XVI em 2007". Naquela ocasião, o Pontífice convidou os fiéis da Igreja clandestina que são seguidores da Igreja Católica dialogarem com os da Igreja Patriótica. Mas, de acordo com os religiosos chineses, "ainda é preciso tempo para chegar a uma completa reunião e comunhão para que as relações China entre Vaticano sejam normalizadas".
(ANSA)
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