Afirmam que só Deus pode saber se ele fez o suficiente para salvar os judeus
Ainda que os católicos de língua hebraica de Israel reconheçam que jamais será “humanamente possível” determinar se o Papa Pio XII fez o suficiente para salvar os judeus durante o Holocausto, afirmam também as muitas virtudes heroicas do pontífice da 2ª Guerra Mundial.
O Vicariato dos Católicos de Língua Hebraica de Israel (http://www.catholic.co.il/) emitiu nesta segunda-feira uma declaração na qual expressa seu apoio à decisão de Bento XVI de aprovar um decreto que testemunha as virtudes heroicas de Pio XII, um gesto que deixa o pontífice defunto mais perto da beatificação.
Para que Pio XII seja declarado beato pela Igreja, deve ser aprovado um decreto que acredite um milagre atribuído à sua intercessão.
A nota, assinada pelo vigário da comunidade, o sacerdote jesuíta David Neuhaus, e pelos sacerdotes do Vicariato, lamenta que a decisão tenha produzido uma nova “tempestade nas relações entre os judeus e os católicos”.
Ronald Lauder, presidente do World Jewish Congress, afirmou em uma declaração que “existem sérias preocupações relativas ao papel político do Papa Pio XII durante a 2ª Guerra Mundial e não deveriam ser ignoradas”.
A declaração da comunidade católica de língua hebraica de Israel, por outro lado, sublinha as muitas conquistas de Pio XII, entre elas os esforços por promover uma investigação bíblica científica, que “une judeus e influencia notavelmente na definição da herança bíblica judaico-cristã”.
“O Papa, cujo pontificado durou de 1939 a 1958, foi ativo em muitos setores e deixou seu selo na Igreja do século XX – afirma a declaração. Os católicos o recordam e honram sua memória em um contexto eclesial muito mais amplo do que o que se refere somente aos anos obscuros da 2ª Guerra Mundial.”
As acusações
Referindo-se aos que criticam a direção da Igreja por parte de Pio XII durante a 2ª Guerra Mundial, a nota afirma que se “rejeita a difamação de Pio XII” e as acusações da sua “covardia e inclusive do seu antissemitismo e da colaboração com o inimigo nazista. Estas acusações são absolutamente infundadas”.
“Compreendemos o grito ‘não fez suficiente’ como um grito de profunda dor que deriva do senso de traição do povo judeu no momento da prova – explica a declaração. O mundo não fez suficiente, dado que é inegável que 6 milhões de membros do povo judeu foram assassinados.”
“Em definitivo, não pode haver nenhum ‘suficiente’ na tentativa de enfrentar uma tragédia das dimensões da Shoá”, declara a nota.
“O Papa teria podido fazer mais? – pergunta o texto. A pergunta é legítima e compreensível, mas talvez não tenha uma resposta humana.”
“Só Deus pode saber se ele fez verdadeiramente tudo o que poderia ter feito.”
O Pe. Neuhaus e os demais sacerdotes do Vicariato, contudo, indicam um amplo corpo de investigações históricas que documentam os esforços diplomáticos de Pio XII no final da 2ª Guerra Mundial e suas instruções a igrejas e mosteiros para que ajudassem os judeus que fugiam das perseguições, até o ponto de proporcionar-lhes documentos falsos e de retirá-los das áreas controladas pelos nazistas.
“Continuamos rezando – conclui a nota – para que, tanto na Igreja como no povo judeu, continuem buscando juntos a verdade histórica para poder educar nossos filhos no respeito recíproco e na fraternidade, e que se levem adiante os esforços para colaborar na ‘cura do mundo’ (tikkum olam).”
O Vicariato dos Católicos de Língua Hebraica de Israel (http://www.catholic.co.il/) emitiu nesta segunda-feira uma declaração na qual expressa seu apoio à decisão de Bento XVI de aprovar um decreto que testemunha as virtudes heroicas de Pio XII, um gesto que deixa o pontífice defunto mais perto da beatificação.
Para que Pio XII seja declarado beato pela Igreja, deve ser aprovado um decreto que acredite um milagre atribuído à sua intercessão.
A nota, assinada pelo vigário da comunidade, o sacerdote jesuíta David Neuhaus, e pelos sacerdotes do Vicariato, lamenta que a decisão tenha produzido uma nova “tempestade nas relações entre os judeus e os católicos”.
Ronald Lauder, presidente do World Jewish Congress, afirmou em uma declaração que “existem sérias preocupações relativas ao papel político do Papa Pio XII durante a 2ª Guerra Mundial e não deveriam ser ignoradas”.
A declaração da comunidade católica de língua hebraica de Israel, por outro lado, sublinha as muitas conquistas de Pio XII, entre elas os esforços por promover uma investigação bíblica científica, que “une judeus e influencia notavelmente na definição da herança bíblica judaico-cristã”.
“O Papa, cujo pontificado durou de 1939 a 1958, foi ativo em muitos setores e deixou seu selo na Igreja do século XX – afirma a declaração. Os católicos o recordam e honram sua memória em um contexto eclesial muito mais amplo do que o que se refere somente aos anos obscuros da 2ª Guerra Mundial.”
As acusações
Referindo-se aos que criticam a direção da Igreja por parte de Pio XII durante a 2ª Guerra Mundial, a nota afirma que se “rejeita a difamação de Pio XII” e as acusações da sua “covardia e inclusive do seu antissemitismo e da colaboração com o inimigo nazista. Estas acusações são absolutamente infundadas”.
“Compreendemos o grito ‘não fez suficiente’ como um grito de profunda dor que deriva do senso de traição do povo judeu no momento da prova – explica a declaração. O mundo não fez suficiente, dado que é inegável que 6 milhões de membros do povo judeu foram assassinados.”
“Em definitivo, não pode haver nenhum ‘suficiente’ na tentativa de enfrentar uma tragédia das dimensões da Shoá”, declara a nota.
“O Papa teria podido fazer mais? – pergunta o texto. A pergunta é legítima e compreensível, mas talvez não tenha uma resposta humana.”
“Só Deus pode saber se ele fez verdadeiramente tudo o que poderia ter feito.”
O Pe. Neuhaus e os demais sacerdotes do Vicariato, contudo, indicam um amplo corpo de investigações históricas que documentam os esforços diplomáticos de Pio XII no final da 2ª Guerra Mundial e suas instruções a igrejas e mosteiros para que ajudassem os judeus que fugiam das perseguições, até o ponto de proporcionar-lhes documentos falsos e de retirá-los das áreas controladas pelos nazistas.
“Continuamos rezando – conclui a nota – para que, tanto na Igreja como no povo judeu, continuem buscando juntos a verdade histórica para poder educar nossos filhos no respeito recíproco e na fraternidade, e que se levem adiante os esforços para colaborar na ‘cura do mundo’ (tikkum olam).”
Fonte: Zenit.
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