Audiência com ocasião dos 20 anos da queda do Muro de Berlim
A necessidade de uma “renovação espiritual-política” após as dramáticas experiências das ideologias do século passado foi sublinhada nesse sábado na audiência que Bento XVI concedeu ao presidente da República Federal da Alemanha, Horst Köhler.
O presidente do país natal de Joseph Ratzinger veio a Roma para oferecer-lhe na tarde de sexta-feira um concerto na Capela Sistina. A Augsburger Domsingknaben e a Residenz-Kammerorchester München, dirigidas por Reinhard Kammler, interpretaram o Oratório de Natal de Johann Sebastian Bach. No concerto recordaram-se os 60 anos da República Federal da Alemanha e os 20 anos da queda do Muro de Berlim.
No sábado, houve o encontro do Papa com o presidente alemão. Foram cerca de 30 minutos. Depois, Köhler reuniu-se com o secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.
A Sala de Imprensa da Santa Sé informou que nas conversas se analisou a crise econômica e suas consequências, assim como a situação internacional, prestando particular atenção à Europa e ao continente africano.
Ainda na sexta-feira, ao final do concerto, Bento XVI pronunciou um discurso em alemão, em que, ao abordar a queda do Muro de Berlim, definiu-o como “fronteira da morte que durante tantos anos dividiu nossa pátria e separou pela força pessoas, famílias, vizinhos e amigos”.
“Então muitos viram nos acontecimentos de 9 de novembro de 1989 as luzes inesperadas da liberdade, após a longa e dura noite de violência e opressão de um sistema totalitário que, no final, conduzia a um niilismo, a um esvaziamento das almas”, recordou.
“Na ditadura comunista, não tinha ação alguma que fosse considerada má em si mesma ou imoral. Aquilo que obedecia aos objetivos do partido era bom, por mais inumano que fosse”.
O bispo de Roma reconheceu que hoje há quem se pergunta se a ordem social ocidental é melhor e mais humanitária.
“A história da República Federal da Alemanha é uma prova disso”, o que se deve, segundo o Papa, em boa parte, à Constituição, que “chama os homens, assinalando-lhes sua responsabilidade perante Deus, a dar à dignidade humana a prioridade em toda legislação estatal, a respeitar o matrimônio e a família como fundamentos de toda sociedade, assim como a respeitar profundamente tudo o que é sagrado para os demais”.
O Papa concluiu desejando que seus compatriotas cumpram “o dever da renovação espiritual-política, após o nacional-socialismo e após a Segunda Guerra Mundial”, para construir uma “sociedade livre e social”.
O presidente do país natal de Joseph Ratzinger veio a Roma para oferecer-lhe na tarde de sexta-feira um concerto na Capela Sistina. A Augsburger Domsingknaben e a Residenz-Kammerorchester München, dirigidas por Reinhard Kammler, interpretaram o Oratório de Natal de Johann Sebastian Bach. No concerto recordaram-se os 60 anos da República Federal da Alemanha e os 20 anos da queda do Muro de Berlim.
No sábado, houve o encontro do Papa com o presidente alemão. Foram cerca de 30 minutos. Depois, Köhler reuniu-se com o secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.
A Sala de Imprensa da Santa Sé informou que nas conversas se analisou a crise econômica e suas consequências, assim como a situação internacional, prestando particular atenção à Europa e ao continente africano.
Ainda na sexta-feira, ao final do concerto, Bento XVI pronunciou um discurso em alemão, em que, ao abordar a queda do Muro de Berlim, definiu-o como “fronteira da morte que durante tantos anos dividiu nossa pátria e separou pela força pessoas, famílias, vizinhos e amigos”.
“Então muitos viram nos acontecimentos de 9 de novembro de 1989 as luzes inesperadas da liberdade, após a longa e dura noite de violência e opressão de um sistema totalitário que, no final, conduzia a um niilismo, a um esvaziamento das almas”, recordou.
“Na ditadura comunista, não tinha ação alguma que fosse considerada má em si mesma ou imoral. Aquilo que obedecia aos objetivos do partido era bom, por mais inumano que fosse”.
O bispo de Roma reconheceu que hoje há quem se pergunta se a ordem social ocidental é melhor e mais humanitária.
“A história da República Federal da Alemanha é uma prova disso”, o que se deve, segundo o Papa, em boa parte, à Constituição, que “chama os homens, assinalando-lhes sua responsabilidade perante Deus, a dar à dignidade humana a prioridade em toda legislação estatal, a respeitar o matrimônio e a família como fundamentos de toda sociedade, assim como a respeitar profundamente tudo o que é sagrado para os demais”.
O Papa concluiu desejando que seus compatriotas cumpram “o dever da renovação espiritual-política, após o nacional-socialismo e após a Segunda Guerra Mundial”, para construir uma “sociedade livre e social”.
Fonte: Zenit. (Jesús Colina)
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