Finalizada esta semana a visita ad limina
Por Carmen Elena Villa
Antes do fim da Guerra Fria, a Igreja na Bielorrússia não tinha nenhum tipo de hierarquia. Havia sacerdotes, um ou outro templo católico aberto, mas sem dioceses que os reunissem e bispos que as orientassem.
Hoje, esta nação da antiga União Soviética com cerca de 10 milhões de habitantes e de maioria ortodoxa, conta com 14% de católicos. Tem uma arquidiocese, três dioceses e 450 paróquias.
Seus bispos estiveram em visita ad limina em Roma, que terminou nessa segunda. É a terceira visita desde que esta nação que foi reconhecida como tal, em agosto de 1991, e a primeira no pontificado de Bento XVI.
Para o Dom Tadeuz Kondrusiewicz, arcebispo de Minsk-Mohilev, (território que inclui a capital desde país), esta visita que é realizada a cada cinco anos representa “uma espécie de exame de consciência para cada bispo”.
Dom Kondrusiewicz, que também é membro da congregação para o Clero, foi o primeiro bispo deste país nomeado depois de 60 anos, nos quais a Igreja viveu sem hierarquia devido ao regime comunista.
Crescem os católicos
Após a independência deste país a Igreja renasceu, reconhece o bispo. Em 1991 havia 220 paróquias, hoje são mais de 450. Em todo território nacional havia somente 60 sacerdotes nascidos na Bielorrússia, e mais 60 estrangeiros, hoje são 440, dos quais 270 são nascidos no país.
Em 1990 foi aberto o primeiro seminário em Grodno e em 2001 o segundo em Pinsk. Cerca de 90 seminaristas estão se formando e mais 60 integram os seminários religiosos.
Atualmente existe um site na web http://www.catholic.by/ que publica notícias sobre a vida da Igreja Universal e da Bielorrússia em várias línguas como bielorusso, alemão, russo e polonês.
Cerca de 14 mil fiéis visitam diariamente esta página, que “para nós é como uma grande paróquia”, assegura o Dom Kondrusiewicz.
Também se traduziu o Missal para o bielorrusso, os documentos do Concílio Vaticano II, assim como os textos litúrgicos de todos os sacramentos: “hoje temos uma boa equipe de tradutores que preparam muito bem a tradução para o bielorrusso, que também traduziram a última encíclica do Santo Padre”.
Jovens
As novas iniciativas pastorais que são desenvolvidas nessa nação têm atraído uma grande quantidade de jovens. Segundo constata o arcebispo de Minsk-Mohiklev, “organizamos duas jornadas da juventude que tiveram uma grande participação”. O bispo disse também que periodicamente dirige reuniões privadas com estes jovens, nas quais são discutidos os temas com mais profundidade.
Referiu-se ainda ao diálogo que a Igreja realiza com o mundo acadêmico: “nesses últimos dois anos as universidades estaduais e outras universidades me convidaram em diferentes ocasiões para palestrar ou participar de encontros com estudantes e professores”.
Nos meios de comunicação, a Igreja também tem encontrado um canal de participação. Existem quatro estações católicas. A rádio e a televisão transmitem a missa dominical da catedral de Minsk, “algo muito bom, sobretudo para os doentes e as crianças do campo”, completa o monsenhor Kondrusiewicz.
Desafios
Apesar do crescimento do catolicismo e dos agentes pastorais no país, monsenhor Kondrusiewicz comenta que os sacerdotes estrangeiros enfrentam algumas dificuldades como a obtenção de visto para viver no país, para desenvolver seu serviço de evangelização.
Ele garante que às vezes os fiéis também precisam de mais lugares para se reunir. “Até agora, para os 300 mil católicos de Minsk só existem quatro igrejas, ainda que as autoridades locais tenham autorizado a construção de outras seis. O único problema hoje é onde arrecadar dinheiro”, disse o arcebispo.
Quanto ao trabalho social, a Cáritas desenvolve programas que congregam não somente católicos, mas ortodoxos, protestantes, muçulmanos e judeus, mesmo não-crentes.
O trabalho social é focado em programas para idosos, crianças, deficientes físicos e pessoas com câncer, também para a prevenção de AIDS. Com os ortodoxos, são realizadas comissões para defender os valores dos meios de comunicação.
Na Bielorrússia existe também uma pequena comunidade greco-católica, com quem se tem uma ótima relação, segundo diz o arcebispo. Também são muitas as famílias mistas de católicos casados com ortodoxos.
Uma fé em crescimento nesta jovem nação da Europa Oriental, conhecida também como Rússia Branca, composta por homens e mulheres que têm entendido, como disse no ano passado o cardeal Tarcisio Bertone ao visitar este país, que “para ser livre não basta derrubar muros. É necessário ser livre interiormente e isso é possível somente encontrando na pessoa de Jesus a verdade de Deus”.
Hoje, esta nação da antiga União Soviética com cerca de 10 milhões de habitantes e de maioria ortodoxa, conta com 14% de católicos. Tem uma arquidiocese, três dioceses e 450 paróquias.
Seus bispos estiveram em visita ad limina em Roma, que terminou nessa segunda. É a terceira visita desde que esta nação que foi reconhecida como tal, em agosto de 1991, e a primeira no pontificado de Bento XVI.
Para o Dom Tadeuz Kondrusiewicz, arcebispo de Minsk-Mohilev, (território que inclui a capital desde país), esta visita que é realizada a cada cinco anos representa “uma espécie de exame de consciência para cada bispo”.
Dom Kondrusiewicz, que também é membro da congregação para o Clero, foi o primeiro bispo deste país nomeado depois de 60 anos, nos quais a Igreja viveu sem hierarquia devido ao regime comunista.
Crescem os católicos
Após a independência deste país a Igreja renasceu, reconhece o bispo. Em 1991 havia 220 paróquias, hoje são mais de 450. Em todo território nacional havia somente 60 sacerdotes nascidos na Bielorrússia, e mais 60 estrangeiros, hoje são 440, dos quais 270 são nascidos no país.
Em 1990 foi aberto o primeiro seminário em Grodno e em 2001 o segundo em Pinsk. Cerca de 90 seminaristas estão se formando e mais 60 integram os seminários religiosos.
Atualmente existe um site na web http://www.catholic.by/ que publica notícias sobre a vida da Igreja Universal e da Bielorrússia em várias línguas como bielorusso, alemão, russo e polonês.
Cerca de 14 mil fiéis visitam diariamente esta página, que “para nós é como uma grande paróquia”, assegura o Dom Kondrusiewicz.
Também se traduziu o Missal para o bielorrusso, os documentos do Concílio Vaticano II, assim como os textos litúrgicos de todos os sacramentos: “hoje temos uma boa equipe de tradutores que preparam muito bem a tradução para o bielorrusso, que também traduziram a última encíclica do Santo Padre”.
Jovens
As novas iniciativas pastorais que são desenvolvidas nessa nação têm atraído uma grande quantidade de jovens. Segundo constata o arcebispo de Minsk-Mohiklev, “organizamos duas jornadas da juventude que tiveram uma grande participação”. O bispo disse também que periodicamente dirige reuniões privadas com estes jovens, nas quais são discutidos os temas com mais profundidade.
Referiu-se ainda ao diálogo que a Igreja realiza com o mundo acadêmico: “nesses últimos dois anos as universidades estaduais e outras universidades me convidaram em diferentes ocasiões para palestrar ou participar de encontros com estudantes e professores”.
Nos meios de comunicação, a Igreja também tem encontrado um canal de participação. Existem quatro estações católicas. A rádio e a televisão transmitem a missa dominical da catedral de Minsk, “algo muito bom, sobretudo para os doentes e as crianças do campo”, completa o monsenhor Kondrusiewicz.
Desafios
Apesar do crescimento do catolicismo e dos agentes pastorais no país, monsenhor Kondrusiewicz comenta que os sacerdotes estrangeiros enfrentam algumas dificuldades como a obtenção de visto para viver no país, para desenvolver seu serviço de evangelização.
Ele garante que às vezes os fiéis também precisam de mais lugares para se reunir. “Até agora, para os 300 mil católicos de Minsk só existem quatro igrejas, ainda que as autoridades locais tenham autorizado a construção de outras seis. O único problema hoje é onde arrecadar dinheiro”, disse o arcebispo.
Quanto ao trabalho social, a Cáritas desenvolve programas que congregam não somente católicos, mas ortodoxos, protestantes, muçulmanos e judeus, mesmo não-crentes.
O trabalho social é focado em programas para idosos, crianças, deficientes físicos e pessoas com câncer, também para a prevenção de AIDS. Com os ortodoxos, são realizadas comissões para defender os valores dos meios de comunicação.
Na Bielorrússia existe também uma pequena comunidade greco-católica, com quem se tem uma ótima relação, segundo diz o arcebispo. Também são muitas as famílias mistas de católicos casados com ortodoxos.
Uma fé em crescimento nesta jovem nação da Europa Oriental, conhecida também como Rússia Branca, composta por homens e mulheres que têm entendido, como disse no ano passado o cardeal Tarcisio Bertone ao visitar este país, que “para ser livre não basta derrubar muros. É necessário ser livre interiormente e isso é possível somente encontrando na pessoa de Jesus a verdade de Deus”.
Fonte: Zenit.
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