O Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, reconhece que o pensamento de Bento XVI "é difícil", mas é também "extraordinariamente incisivo” sobre o futuro da humanidade.
Dom José Policarpo falou sobre isso ao programa Ecclesia, à margem da apresentação da obra “Bento XVI. Um pensamento para o nosso tempo”, coletânea de textos do teólogo português Henrique Noronha Galvão.
Dom José Policarpo diz que Joseph Ratzinger ajudou a “reconduzir a eclesiologia à sua dimensão dogmática”, ou seja, “abordar o mistério da Igreja, não a organização da Igreja”, fazendo uma "ponte com as filosofias, marcando a diferença – porque o papel da teologia não é só conhecer o ser de Deus, mas também conhecer o Deus conosco em ação na história”.
Bento XVI chega assim, segundo Dom José Policarpo, a uma abordagem “muito interessante” da história da salvação, através de um estudo sobre São Boaventura, desenvolvendo uma tese “ousada” – “que eu também partilho” – de que a relação da salvação não é só “com uma comunidade concreta”, mas “com a humanidade inteira”.
“A história da humanidade é o lugar onde acontece a salvação”, precisa. Citando a última encíclica de Bento XVI, Caritas in veritate, o Patriarca de Lisboa indica como “grande motor da qualidade ética e da transformação positiva da humanidade só pode ser o amor”.
“Os valores fundamentais que Cristo e o Espírito Santo trazem à história são, fundamentalmente, a verdade e o amor", os dois muito ligados aos grandes movimentos transformadores da história da humanidade.
Fonte: Zenit.
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