sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cresce número de sacerdotes diocesanos e diminui o de religiosos



Segundo a última edição do Anuário Estatístico da Igreja

Por Patricia Navas

O número de sacerdotes diocesanos evoluiu de maneira divergente ao de sacerdotes religiosos nos últimos anos, crescendo o primeiro e diminuindo o segundo. Este é um dos dados que se desprende do Annuarium Statisticum Ecclesiae, publicado nestes dias, segundo informa nesta quinta-feira a edição diária italiana de L'Osservatore Romano.
O Anuário, preparado pelo Escritório Central de Estatística da Santa Sé e editado pela Livraria Editora Vaticana, oferece dados estatísticos e gráficos que mostram os principais indicadores sobre a ação da Igreja nos cinco continentes no período 2000-2007.
O total de sacerdotes diocesanos no mundo cresceu 2,5% – passando de 265.781, em 2000, a 272.431, em 2007 – e o de sacerdotes religiosos diminuiu 2,73%, chegando a algo mais de 135 mil em 2007.
Com relação à diminuição de sacerdotes religiosos, o informe destaca a diminuição, além da Europa e na Oceania, no continente americano, onde passaram, de 45 mil em 2000, a menos de 42 mil em 2007.
Em termos percentuais, os sacerdotes só estão claramente em declive na Europa, onde em sete anos passaram de representar 51% do total mundial a menos de 48%.
Não obstante, existe um forte impulso em alguns países da Europa do Leste, sobretudo na Polônia.
Itália, França e Espanha representam ainda, apesar da diminuição, quase a metade dos sacerdotes europeus; e destes, quase a metade é só da Itália.
Continua aumentando o número de sacerdotes na Ásia e na África. Na África, quase a metade provém de quatro países: República Democrática do Congo (que em 2007 acolhia 16% dos sacerdotes africanos), Nigéria, Tanzânia e Uganda.
América e Oceania tendem a manter estável sua cota de sacerdotes. Os da América representam pouco menos de 30% de sacerdotes de todo o mundo e os da Oceania, pouco mais de 1%.
O Anuário Estatístico da Igreja 2007 mostra uma «significativa e esperançosa dinâmica evolutiva» do número de diáconos permanentes que, segundo o jornal vaticano, de 2000 a 2007, aumentou em 29% e subiu para 35.942.
Com relação aos religiosos professos não-sacerdotes, o estudo reflete uma diminuição de 55.057, em 2000, a 54.956, em 2007.
Por continentes, diminuiu o número de religiosos na Europa (13,82% em 7 anos) e na Oceania (15,8%), manteve-se na América e aumentou na Ásia (31,1%) e na África (9,16%).
De qualquer forma, os religiosos da Europa representam ainda 34% dos de todo o mundo. Concretamente, o estudo destaca uma tendência positiva na Ucrânia, Romênia, Hungria e Áustria.
O número de religiosas diminuiu de 800 mil a 750 mil em oito anos. Quase 42% delas residem na Europa e 60% destas, na França, Espanha e Itália.
Contudo, em termos evolutivos, é na Ásia e na África onde mais aumentou o número de religiosas de 2000 a 2007
Com relação aos seminaristas, o aumento de 4,83% de 2000 a 2007, passando de 110.583 a 116 mil, é atribuível também à África e à Ásia, com um ritmo de crescimento de 21,32% e 20,35%, respectivamente.
Destaca-se o número de seminaristas na Nigéria, República do Congo, Índia e Filipinas.
Pelo contrário, o número de candidatos ao sacerdócio na Europa diminuiu 17% de 2000 a 2007. Destaca-se a diminuição de seminaristas na Espanha e na Bélgica, mas também na Europa Oriental (Hungria, Lituânia, Romênia e Eslovênia).
Por isso, os sacerdotes europeus passaram de representar 24% de sacerdotes do mundo, em 2000, a pouco mais de 19%, em 2007.
O número de católicos batizados se mantém estável no mundo, em torno de 17,3% da população. Em 2007, havia 1.147 bilhão de católicos, frente a 1.045 bilhão de 2000.
A Europa acolhe quase 25% da comunidade católica mundial, mas aparece como a área menos dinâmica, com um crescimento do número de fiéis levemente superior a 1%; 40% da população da Europa é católica batizada, ainda que em alguns países como Itália, Malta, Polônia e Espanha, os batizados superem 93% da população residente.
De 2000 a 2007, os fiéis batizados na América e na Oceania cresceram menos que a população (9,5% e 10,1%, respectivamente), mas não é assim na Ásia e menos na África.

Fonte: Zenit.

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