Hoje, Bento XVI visitou Palermo, a capital da Sicília, ilha mediterrânea tristemente famosa devido à máfia, para manifestar sua proximidade àqueles que sofrem por causa do crime organizado.
Cerca de 200 mil pessoas (e não 30 mil, como algumas agências informaram) participaram da Santa Missa que o Pontífice presidiu nesta manhã, no Fórum Itálico, por ocasião do encontro eclesial regional das famílias e jovens.
O Papa fez referência às enormes dificuldades sociais vividas na Sicília; saudou em particular aqueles que "vivem concretamente sua existência em condições de precariedade, devido à falta de trabalho, à incerteza pelo futuro, ao sofrimento físico e moral e por causa do crime organizado".
"Hoje estou no meio de vós para dar testemunho da minha proximidade e da minha lembrança na oração - acrescentou. Estou aqui para incentivar-vos fortemente a não ter medo de testemunhar com clareza os valores humanos e cristãos."
Dirigindo-se especialmente aos leigos, o Bispo de Roma exortou: "Não tenhais temor de viver e testemunhar a fé nos diversos ambientes da sociedade, nas múltiplas situações da existência humana, sobretudo nas mais difíceis!".
"A fé vos dá a força de Deus para ter sempre confiança e ânimo, para continuar adiante com novas decisões, para empreender as iniciativas necessárias para dar um rosto sempre mais belo à vossa terra."
E aos que experimentam oposição por viverem coerentemente como cristãos, o Papa repetiu as palavras do apóstolo Paulo: "Não te envergonhes de testemunhar a favor de nosso Senhor".
"É preciso envergonhar-se do mal, do que ofende Deus, do que ofende o homem; é preciso envergonhar-se do mal que se produz à comunidade civil e religiosa, com ações que buscam ficar ocultas!"
"A tentação do desânimo, da resignação, afeta quem é fraco na fé, quem confunde o mal com o bem, quem pensa que diante do mal - frequentemente profundo - não há nada a fazer."
No entanto, quem está solidamente fundado na fé, quem tem plena confiança em Deus e vive na Igreja, sublinhou o Papa, "é capaz de transmitir a força surpreendente do Evangelho".
E deu como exemplo o Pe. Pino Puglisi (1937-1993), sacerdote italiano assassinado aos 56 anos pela máfia, que se encontra em processo de beatificação.
Fonte: Zenit.
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