Bento XVI espera que o bicentenário da República da Colômbia seja uma oportunidade para aprender do passado, consolidar a segurança e a paz e contemplar o futuro com entusiasmo.
Assim manifestou hoje, ao receber, no Vaticano, o novo embaixador da Colômbia na Santa Sé, César Mauricio Velásquez Ossa, por ocasião da apresentação das suas cartas credenciais.
Em seu discurso ao novo embaixador, Bento XVI recordou que neste ano se comemora o bicentenário do início do processo que levou à independência e à constituição da República e afirmou que se trata de "um momento de particular transcendência para a Colômbia".
"Tenho certeza de que este significativo aniversário será uma oportunidade para acolher as lições que a história proporciona, intensificar as iniciativas e medidas que consolidem a segurança, a paz, a concórdia e o desenvolvimento integral de todos os seus cidadãos, além de contemplar com serenidade e entusiasmo o futuro que se aproxima", disse.
"Neste caminho - acrescentou -, é de fundamental importância a participação de todos, de forma que os mais profundos anseios e projetos do povo colombiano vão se tornando cada vez mais uma feliz e esperançosa realidade."
Bento XVI destacou a presença da Igreja Católica na Colômbia "desde os albores da chegada dos espanhóis à América", assim como seu "papel primordial e decisivo" até hoje.
Neste sentido, convidou a proteger e potenciar o "patrimônio espiritual que germinou ao longo dos anos" com os "esforços, não isentos de sacrifícios e adversidades" de tantos bispos, presbíteros, religiosos e leigos.
"Nesta apaixonante tarefa, a Igreja na Colômbia não exige privilégio algum - afirmou. Somente deseja poder servir os fiéis e todos aqueles que lhe abram as portas do coração, com a mão estendida e sempre disposta a fortalecer tudo o que promove a educação das novas gerações, o cuidado dos doentes e idosos, o respeito aos povos indígenas e às suas legítimas tradições, a erradicação da pobreza, do narcotráfico e da corrupção, a atenção aos presos, desabrigados, migrantes e trabalhadores, assim como a assistência às famílias necessitadas."
"Neste marco de mútua cooperação e de cordiais relações entre a Santa Sé e a República da Colômbia - prosseguiu -, desejo manifestar novamente o interesse que a Igreja tem por proteger e fomentar a inviolável dignidade da pessoa humana."
Para isso, declarou, "é essencial que o ordenamento jurídico respeite a lei natural em áreas tão essenciais como a proteção da vida humana, da concepção até seu término natural; o direito de nascer e viver em uma família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher; o direito dos pais a que seus filhos recebam uma educação de acordo com seus próprios critérios morais ou crenças".
"Todos estes aspectos são pilares insubstituíveis na construção de uma sociedade verdadeiramente digna do homem e dos valores que lhe são consubstanciais", afirmou.
O Papa também manifestou sua proximidade espiritual e assegurou suas "orações por aqueles que foram injusta e cruelmente privados de liberdade da Colômbia".
"Rezo também pelos seus familiares e, em geral, pelas vítimas da violência em todas as suas formas, suplicando a Deus que se acabe, de uma vez por todas, com tanto sofrimento e que todos os colombianos possam viver reconciliados e em paz nesta terra abençoada", acrescentou.
Fonte: Zenit.
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