Ignorada por muitas agências de viagem, que erroneamente não a consideram parte da Terra Santa e a excluem das peregrinações, a Jordânia, junto de Israel, Palestina e Chipre, um dos países sobre os quais têm jurisdição o Patriarcado latino de Jerusalém.
Assim recordou seu Patriarca, Dom Fouad Twal, de nacionalidade jordaniana, no encontro “Olhando para os cristãos do Oriente Médio”, organizado em em Roma com ocasião do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio.
“No reino jordaniano encontra-se a porção mais consistente de nossa comunidade cristã local, que cresceu numericamente em 1948 e em 1967, com a vinda de fugitivos palestinos”, explicou Dom Tawal.
O resultado é que hoje o país conta com 65 paróquias e 77 mil fiéis. 80% dos seminaristas do Patriarcado vêm da Jordânia.
Para o Patriarca, o tema dos cristãos na Terra Santa deve ser um centro de atenção para a Igreja universal: trata-se “dos descendentes da primeira comunidade formada pelo próprio Jesus Cristo”, e é mais do que nunca a “Igreja do Calvário”, até o ponto de que a presença dos cristãos deve ser vista como “uma missão”, a de “levar esta luz”.
Exemplo de diálogo e de convivência religiosa, a estabilidade pela qual a Jordânia passa pode ser vista em termos políticos, como também nas muitas obras sociais postas em prática pela minoria cristã (3-4%) nesta região do mundo. Trata-se de um país que acolhe e auxilia atualmente quase meio milhão de refugiados, sobretudo iraquianos.
A Jordânia aspira a ser um modelo para toda região. Dali, por exemplo, partiu a reação de maior abertura para com o Papa após as polêmicas surgidas do discurso de Ratisbona, uma abertura que culminou na visita de Bento XVI à mesquita de Amã, na qual foi acolhido explicitamente como sucessor de Pedro.
O papel decisivo dos cristãos na sociedade civil da Jordânia encontra-se no que Bento XVI definiu como “diálogo dos fatos”.
Fonte: Zenit.
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