sábado, 18 de junho de 2016

Papa Francisco: “A porta de entrada da Igreja é o batismo e não a ordenação sacerdotal ou episcopal”


Discurso do Papa Francisco aos 85 participantes na Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano
“O Pontifício Conselho para os Leigos nasceu por expressa vontade do Concílio Vaticano II” recordou o Santo Padre Francisco, hoje, em seu discurso aos 85 participantes na Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano. Trata-se “de um dos melhores frutos do Concílio Vaticano II”.
“Podemos dizer – disse Francisco – que o mandamento que recebestes do Concílio foi precisamente o de “motivar” os fieis leigos a envolver-se sempre mais e melhor na missão evangelizadora da Igreja, não por “delegação” da hierarquia, mas porque o seu apostolado “é participação à missão salvífica da Igreja, à qual são todos membros do Senhor por meio do batismo e da crisma”.
Nesse contexto, a porta de entrada da Igreja é o batismo. “E esta é a porta de entrada! À Igreja se entra pelo Batismo, não pela ordenação sacerdotal ou episcopal, se entra pelo Batismo! E todos entramos por meio da mesma porta. É o Batismo que faz de cada fiel leigo um discípulo missionário do Senhor, sal da terra, luz do mundo, fermento que transforma a realidade a partir de dentro”, afirmou.
Agradecendo por estes anos, em concreto, o Santo Padre mencionou o surgimento dos movimentos, dos novos ministério laicos, bem como o crescente papel da mulher na Igreja ou as Jornadas Mundiais da Juventude.
Referindo-se à atual junção do Dicastério, o Papa disse que “À luz deste caminho percorrido, é tempo de olhar novamente com esperança para o futuro. Falta muito ainda por percorrer aumentando os horizontes e reunindo os novos desafios que a realidade nos apresenta. Daqui nasce o projeto de reforma da Cúria, especialmente da junção do vosso Dicastério com o Pontifício Conselho para a Família em conexão com a Academia pela Vida”.
Portanto, o pontífice convidou todos a “acolher esta reforma, que vos corresponde, como sinal de valorização e de estima pelo trabalho que vocês realizam e como sinal de renovada confiança na vocação e missão dos leigos na Igreja de hoje”.
Por conseguinte, Francisco explicou que o “novo Dicastério que vai nascer terá como “timão” para continuar na sua navegação, por um lado a Christifideles laici e por outro aEvangelii gaudium e a Amoris laetitia, tendo como campos privilegiados de trabalho a família e a defesa da vida”.
Finalmente, o Santo Padre sublinhou que “necessitamos de leigos bem formados”, “que não tenham medo a errar, que sigam adiante”. Necessitamos leigos – disse – com visão de futuro, não fechados nas misérias da vida.
Fonte: Zenit.

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