quarta-feira, 4 de junho de 2014

Os missionários salesianos atendem mais de 400 mil refugiados

"Em uma noite, tivemos que sair correndo de casa porque chovia balas e uns homens armados entravam nas casas para roubá-las”. Este é o testemunho de Joseph, uma criança de 11 anos que, há alguns meses, mora no acampamento para refugiados da missão salesiana de Juba (Sudão do Sul).
A história de José é apenas uma das mais de 35 milhões de pessoas que veem as suas vidas destruídas em todo o mundo. Delas, o 85% são mulheres e menores. Confrontos armados, perseguições ou desastres naturais, como secas, terremotos ou inundações, são algumas das razões pelas quais são forçados a deixar suas casas. E por isso, em muitos casos, seu destino são os campos de refugiados que são instalados por uma emergência e que, às vezes, permanecem durante anos.
"Há pessoas que só conhecem o campo como sua casa. Nasceram e cresceram em um campo de refugiados”, explica Ana Muñoz, porta-voz das Missões Salesianas. "A vida passa lentamente nesses lugares. Não há muito a fazer e os refugiados não podem trabalhar ou estudar", observaram os missionários salesianos que trabalham no campo de refugiados de Kakuma (Quénia).
Atualmente, os missionários salesianos atendem mais de 400 mil refugiados e deslocados em todo o mundo. "Dar a conhecer a realidade em que vivem e arrecadar fundos para continuar atendendo aqueles que abandonam os seus lares são os objetivos da campanha ‘Não olhes para trás’”, que lançam desde as Missões Salesianas.
O porta-voz da organização afirmou que "no Sudão do Sul, a missão salesiana atende mais de 500 mulheres e crianças refugiadas e na África Central ainda milhares de pessoas vivem nas nossas paróquias e centros educativos”. Por outro lado, na Turquia e Líbano os missionários salesianos atendem famílias Sírias. Assim como no Paquistão, onde mais de 2.200 meninos e meninas afegãos vão à escola graças à iniciativa dos missionários salesianos. Na Índia, mais de 22.000 pessoas que moram em campos de refugiados perto de Nova Deli são atendidas “para que possam ter acesso à educação e à saúde, lhes ajudamos na busca de emprego e realizamos atividades para os menores”, explica George Menamparampil, salesiano da Índia.
Ana Muñoz afirma que "para nós, a educação das crianças e jovens refugiados é essencial. Não só para o conhecimento e preparação para o mercado de trabalho. Também porque ajuda a estabelecer rotinas, dar a sensação de normalidade e manter viva a esperança”.
Em 1875, nasceu Missões Salesianas, quando São João Bosco enviou um grupo de dez missionários para a Patagônia Argentina. Nestes 138 anos mais de 10.000 salesianos foram enviados a países de missão. Atualmente, estão presentes em 135 países, onde desenvolvem projetos a favor da infância e da juventude mais desfavorecida.

Fonte: Zenit.

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