quinta-feira, 25 de abril de 2013

Papa Francisco: a vida nos foi dada para que a entreguemos

“A fé no retorno de Cristo e no juízo final – disse Papa Francisco na catequese dessa quarta-feira – não é assim tão clara e forte no coração dos cristãos”. Portanto, para iluminar mais essa verdade do nosso Credo o Papa refletiu hoje em três textos evangélicos: “o das dez virgens, o dos talentos e o do juízo final”. Vigilância: Fazendo uma leitura da primeira parábola, o Papa disse que a parábola das dez virgens coloca-se no contexto do “tempo imediato” que estamos vivendo, o tempo que está entre a primeira e a última vinda de Cristo. “O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da sua chegada é o tempo que Ele nos presenteia, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes da sua vinda final”, afirmou o Papa. Agora é o tempo de vigilância: de manter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade e “de ter aberto o coração para o bem, para a beleza e para a verdade; tempo de viver segundo Deus”. Temos que fazer de tudo para não dormirmos, porque “a vida dos cristãos adormecidos é uma vida triste”. Dons recebidos: Tendo diante dos olhos a segunda parábola, a dos talentos, o pontífice afirmou que agora estamos no tempo da ação, e não podemos enterrar os nossos talentos, os nossos dons, como o fez o servo preguiçoso da parábola. Enterrar o próprio dom, é “fechar-se em si mesmo”, disse o Papa e “um cristão que se fecha em si mesmo, que esconde tudo o que o Senhor lhe deu não é cristão!” Portanto, agora é o tempo da espera, o tempo “da ação – nós estamos no tempo da ação -, o tempo de frutificar os dons de Deus não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo de fazer sempre crescer o bem no mundo”, comentou o Papa. Vendo também que a Praça de São Pedro estava repleta de jovens, lançou-lhes este questionamento: “A vocês, que estão no início do caminho da vida, pergunto: pensaram nos talentos que Deus lhes deu? Pensaram em como colocá-los ao serviço dos outros? Não enterrem os talentos!”. “Apostem em grandes ideais” -exortou o Papa, porque “A vida não nos foi dada para a conservarmos cuidadosamente para nós mesmos, mas nos foi dada para que a entreguemos" Juízo final: Por fim, trazendo à tona a passagem narrada em Mt 25, do grande juízo final, o pontífice, também recordou Jesus como estrangeiro, como os estrangeiros que estão em Roma: “penso em tantos estrangeiros que estão aqui na diocese de Roma: o que fazemos por eles?”. Porque a matéria do juízo final será, o amor. “Isso nos diz que seremos julgados por Deus sobre a caridade, sobre como o amamos nos nossos irmãos, especialmente nos mais frágeis e necessitados”, sabendo que só a Graça de Deus que nos salva, e que o único que nos é pedido é correspondermos a Ele. Que olhar para o juízo final não seja motivo de medo, mas de viver melhor o presente, pois "Deus nos oferece com misericórdia e paciência este tempo para que aprendamos a reconhecê-lo a cada dia nos pobres e nos pequenos, nos comprometamos pelo bem e sejamos vigilantes na oração e no amor", disse ao final o Papa. Fonte: Zenit.

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