O Papa Bento XVI sublinhou a importância da liturgia na vida espiritual cristã, como foi para Santa Matilde de Hackeborn, a quem apresentou hoje durante a audiência geral.
Seguindo seu ciclo de escritores cristãos, que, com Hildegarda de Bingen no final de agosto inaugurou uma série de catequeses sobre mulheres insignes, o Papa quis hoje falar sobre uma das grandes figuras do monaquismo alemão.
Santa Matilde de Hackeborn, de família nobre, nasceu e morreu no século XIII, em Turíngia (Alemanha) e viveu quase toda a sua vida no convento de Helfta, na mesma congregação em que estava sua irmã mais velha, Gertrudes.
Naquela época - e graças a Gertrudes -, o mosteiro de Rodersdorf e o de Helfta se converteram, afirmou o Papa, em um importante "centro de mística e de cultura, escola de formação científica e teológica".
Matilde "pela humildade, fervor, amabilidade, limpeza e inocência de vida, familiaridade e intensidade na relação com Deus, com Nossa Senhora e com os santos. Estava dotada de elevadas qualidades naturais e espirituais".
Entre outras, tinha uma voz de extraordinária suavidade. Foi professora do coral do convento, além de mestra de noviças.
Matilde era chamada com o apelido de "rouxinol de Deus".
"A oração e a contemplação foram o adubo vital da sua existência: as revelações, seus ensinamentos, seu serviço ao próximo, seu caminho na fé e no amor têm aqui sua raiz e seu contexto", explicou o Papa.
"É impressionante a capacidade que esta santa tinha de viver a Liturgia em seus vários componentes, inclusive os mais simples, levando-a à vida monástica cotidiana", acrescentou o Pontífice
"Suas visões, seus ensinamentos, as circunstâncias da sua existência são descritas com expressões que evocam a linguagem litúrgica e bíblica", explicou.
A santa tinha, segundo destacou o Papa, um "profundo conhecimento da Sagrada Escritura, seja tomando símbolos, termos, paisagens, imagens ou personagens".
De Matilde, Bento XVI convidou os fiéis a imitarem a importância que ela dava à Liturgia das Horas e à Santa Missa.
"A oração pessoal e litúrgica, especialmente a Liturgia das Horas e a Santa Missa, são a raiz da experiência espiritual de Santa Matilde de Hackeborn."
"Isso é também para nós um forte convite a intensificar nossa amizade com o Senhor, sobretudo através da oração cotidiana e da participação atenta, fiel e ativa da Santa Missa. A Liturgia é uma grande escola de espiritualidade", acrescentou.
Matilde sentia grande predileção pelo Evangelho, que o próprio Jesus, em uma visão, lhe recomendou ler, para compreender "seu imenso amor", que "em nenhum lugar se encontra expresso mais claramente que no Evangelho".
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Dom Zimowski: ciência e fé unidas para o bem do homem
A ciência e a fé podem instaurar uma "relação fecunda e respeitosa", porque ambas podem ser consideradas complementares "para o bem do homem".
Assim disse na segunda-feira passada Dom Zygmunt Zimowski, presidente do Pontifício Conselho para a Saúde, durante a abertura do Congresso nacional da AFAR (Asociazione Fatebenefratelli per la ricerca - Associação de Ordem Hospitalar de São João de Deus para a Pesquisa).
No Congresso, que está sendo realizado na localidade de Bréscia, no norte da Itália, reúnem-se cerca de 300 agentes das estruturas sanitárias associadas à Ordem Hospitalar de São João de Deus provenientes da Itália e diversos países da Europa, com a finalidade de refletir sobre o tema "Ciência e fé, opção de vida".
"Naturalmente - destacou o prelado, segundo indicou a Rádio Vaticano - no transcorrer do tempo as relações entre ciência e fé nem sempre foram muito harmônicas." Apesar disso, estas são "irmãs", porque "têm origem no Pai Celeste, ainda que estejam dotadas, cada uma de sua própria originalidade, de própria missão e método".
Por outro lado, fé e ciência podem ser amigas, porque a primeira "se entende e se vive direcionalmente, não dissolve a sede de conhecimento do mundo, mas aumenta e leva a olhar perenemente as maravilhas que as muitas ciências se comprometem a descobrir no decorrer do tempo".
E contudo, ciência e fé "podem e devem transformar-se em aliadas" porque estão "ao serviço do homem, da verdade, da vida, uma com a outra".
Explica também que ciência e fé devem fazer entender que o êxito profissional não é sinônimo de que a pessoa seja "prisioneira do próprio egoísmo, mas aquela que cultiva o sentido da própria dignidade, da própria transcendência".
A ciência e a fé estão ao serviço da vida porque "estão chamadas a anunciar e a cultivar o Evangelho da vida e proteger a grandeza e a preciosidade da vida humana, rejeitando qualquer ameaça e violência, professando o valor inviolável de cada pessoa, denunciando cada cultura de morte".
Por isso, o prelado insistiu em que a ciência e fé são "aliadas a ajudar" porque a primeira "convida o crente a cultivar a inteligência", enquanto que a segunda convida o cientista "a não se desanimar pelo fracasso, a permanecer sempre na medida do homem, olhar além, para Deus, esperança que não se oculta".
Disse também que tudo isso encontra sua aplicação no cuidado dos doentes, porque ciência e fé "só unidas levantam o homem" e são como "dois binários diversos e inconfundíveis", que levam juntos "para o futuro do bem e da solidariedade".
Fonte: Zenit.
Assim disse na segunda-feira passada Dom Zygmunt Zimowski, presidente do Pontifício Conselho para a Saúde, durante a abertura do Congresso nacional da AFAR (Asociazione Fatebenefratelli per la ricerca - Associação de Ordem Hospitalar de São João de Deus para a Pesquisa).
No Congresso, que está sendo realizado na localidade de Bréscia, no norte da Itália, reúnem-se cerca de 300 agentes das estruturas sanitárias associadas à Ordem Hospitalar de São João de Deus provenientes da Itália e diversos países da Europa, com a finalidade de refletir sobre o tema "Ciência e fé, opção de vida".
"Naturalmente - destacou o prelado, segundo indicou a Rádio Vaticano - no transcorrer do tempo as relações entre ciência e fé nem sempre foram muito harmônicas." Apesar disso, estas são "irmãs", porque "têm origem no Pai Celeste, ainda que estejam dotadas, cada uma de sua própria originalidade, de própria missão e método".
Por outro lado, fé e ciência podem ser amigas, porque a primeira "se entende e se vive direcionalmente, não dissolve a sede de conhecimento do mundo, mas aumenta e leva a olhar perenemente as maravilhas que as muitas ciências se comprometem a descobrir no decorrer do tempo".
E contudo, ciência e fé "podem e devem transformar-se em aliadas" porque estão "ao serviço do homem, da verdade, da vida, uma com a outra".
Explica também que ciência e fé devem fazer entender que o êxito profissional não é sinônimo de que a pessoa seja "prisioneira do próprio egoísmo, mas aquela que cultiva o sentido da própria dignidade, da própria transcendência".
A ciência e a fé estão ao serviço da vida porque "estão chamadas a anunciar e a cultivar o Evangelho da vida e proteger a grandeza e a preciosidade da vida humana, rejeitando qualquer ameaça e violência, professando o valor inviolável de cada pessoa, denunciando cada cultura de morte".
Por isso, o prelado insistiu em que a ciência e fé são "aliadas a ajudar" porque a primeira "convida o crente a cultivar a inteligência", enquanto que a segunda convida o cientista "a não se desanimar pelo fracasso, a permanecer sempre na medida do homem, olhar além, para Deus, esperança que não se oculta".
Disse também que tudo isso encontra sua aplicação no cuidado dos doentes, porque ciência e fé "só unidas levantam o homem" e são como "dois binários diversos e inconfundíveis", que levam juntos "para o futuro do bem e da solidariedade".
Fonte: Zenit.
México: livro recupera o papel da Igreja na Independência
Como parte da comemoração pelo bicentenário da independência do México, foi apresentado na semana passada, no arcebispado do México, o livro "A independência traída", do jornalista e comunicador católico Carlos Villa Roiz.
O livro de Villa Roiz, subdiretor de informação do Departamento de Comunicação Social do Arcebispado do México, foi apresentado pelo Cardeal Rivera Carrera, pelo sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón e também pelo diretor de texto, que narra o papel dos sacerdotes durante o processo de independência (1810-1821), Carlos Trillas.
Durante sua palestra, o Cardeal Rivera Carrera expressou uma revisão justa e equilibrada da história que poderá gerar um autêntico projeto de nação: "Hoje se sente - destacou - que o México necessita de um projeto de nação, mas para que esse seja autêntico é necessário conhecer nossa história, conhecer as raízes, não pode ser feito um projeto de nação negando nossa história, sem levar em conta os valores e as deficiências de nossa cultura mexicana. O narrar dos dados históricos não basta, é indispensável contar as causas".
A historiografia oficial mexicana tende a "esquecer" da participação dos sacerdotes e dos leigos católicos nos movimentos de independência e revolução que iniciaram-se em 1810 e 1910, respectivamente. E quando se "lembram" que os pais da pátria eram sacerdotes (Higaldo, Morelos, Matamoros) tendem a ignorar estes assuntos, acusando a Igreja de ser parte da "reação".
O arcebispo primaz do México explicou que o clero mexicano teve uma atitude importante durante o processo de independência, mas lamentou que esta participação muitas vezes tenha sido negada ou silenciada: "Eu acredito - disse Rivera Carrera - que necessitamos conhecer a história na íntegra. O autor se esforça em mostrar-nos estes personagens com suas virtudes e com seus defeitos humanos".
Por sua vez, o sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón, diretor do Arquivo Histórico da Arquidiocese do México, reconheceu que "A independência traída" tem como objetivo "fazer com que não nos esqueçamos dos sacerdotes que tomaram as armas para buscar uma pátria livre para todos os nascidos nestas terras, e que muitos deles deram suas vidas por esta causa".
Carlos Villa Roiz, precisou que seu livro pretende fazer justiça história ao maior número possível de clérigos, dado que foram mais de 400 deles os que participaram na independência mexicana.
"Cada líder, com sua personalidade, organizou batalhões para levar ao feliz término este gesto histórico. As ideias políticas duvidia; em contrapartida, a religião unia. Nada colocava em discussão o valor do cristianismo no meio de uma sociedade dividida e irreconciliável", disse Villa Roiz.
Na opinião do autor do livro "A independência traída" isso pode "ajudar a refrescar a memória sobre a importância do clero durante o processo de independência do México; e ainda mais, durante a revolução mexicana, que abriu um longo caminho de mártires que começaram a ser beatificados durante o pontificado de João Paulo II e continuaram no presente, com o Papa Bento XVI".
Fonte: Zenit.
O livro de Villa Roiz, subdiretor de informação do Departamento de Comunicação Social do Arcebispado do México, foi apresentado pelo Cardeal Rivera Carrera, pelo sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón e também pelo diretor de texto, que narra o papel dos sacerdotes durante o processo de independência (1810-1821), Carlos Trillas.
Durante sua palestra, o Cardeal Rivera Carrera expressou uma revisão justa e equilibrada da história que poderá gerar um autêntico projeto de nação: "Hoje se sente - destacou - que o México necessita de um projeto de nação, mas para que esse seja autêntico é necessário conhecer nossa história, conhecer as raízes, não pode ser feito um projeto de nação negando nossa história, sem levar em conta os valores e as deficiências de nossa cultura mexicana. O narrar dos dados históricos não basta, é indispensável contar as causas".
A historiografia oficial mexicana tende a "esquecer" da participação dos sacerdotes e dos leigos católicos nos movimentos de independência e revolução que iniciaram-se em 1810 e 1910, respectivamente. E quando se "lembram" que os pais da pátria eram sacerdotes (Higaldo, Morelos, Matamoros) tendem a ignorar estes assuntos, acusando a Igreja de ser parte da "reação".
O arcebispo primaz do México explicou que o clero mexicano teve uma atitude importante durante o processo de independência, mas lamentou que esta participação muitas vezes tenha sido negada ou silenciada: "Eu acredito - disse Rivera Carrera - que necessitamos conhecer a história na íntegra. O autor se esforça em mostrar-nos estes personagens com suas virtudes e com seus defeitos humanos".
Por sua vez, o sacerdote e historiador Gustavo Watson Marrón, diretor do Arquivo Histórico da Arquidiocese do México, reconheceu que "A independência traída" tem como objetivo "fazer com que não nos esqueçamos dos sacerdotes que tomaram as armas para buscar uma pátria livre para todos os nascidos nestas terras, e que muitos deles deram suas vidas por esta causa".
Carlos Villa Roiz, precisou que seu livro pretende fazer justiça história ao maior número possível de clérigos, dado que foram mais de 400 deles os que participaram na independência mexicana.
"Cada líder, com sua personalidade, organizou batalhões para levar ao feliz término este gesto histórico. As ideias políticas duvidia; em contrapartida, a religião unia. Nada colocava em discussão o valor do cristianismo no meio de uma sociedade dividida e irreconciliável", disse Villa Roiz.
Na opinião do autor do livro "A independência traída" isso pode "ajudar a refrescar a memória sobre a importância do clero durante o processo de independência do México; e ainda mais, durante a revolução mexicana, que abriu um longo caminho de mártires que começaram a ser beatificados durante o pontificado de João Paulo II e continuaram no presente, com o Papa Bento XVI".
Fonte: Zenit.
China: é necessária uma assembleia nacional de representantes católicos?
O último relatório anual sobre religiões na China, publicado pela Academia Chinesa de Ciências Sociais, questiona a necessidade de manter a Assembleia Nacional de representantes católicos e apela para uma explicação das funções da conferência episcopal e da Associação Patriótica.
O estudo, publicado no dia 11 de agosto em Pequim, está sendo realizado por Wang Meixiu, o único pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais dedicado ao estudo do catolicismo contemporâneo na China, infirmou Eglises d'Asia, agência de notícias de missões estrangeiras de Paris.
O pesquisador recorda que a Assembleia Nacional de representantes católicos, convocada pelas autoridades a cada cinco anos, talvez seja a maior autoridade da Igreja na medida em que seus membros elegem os dirigentes, tanto da conferência episcopal como da Associação Patriótica.
Contudo, constata que a celebração da 8ª assembleia, que deveria ter acontecido em 2009, foi adiada várias vezes, apesar das vagas, desde o falecimento, em 2005 e em 2007, dos presidentes da conferência episcopal da Associação Patriótica.
"Quanto mais adiar a escolha dos futuros dirigentes, mais importância terá a 8ª assembleia", indica Wang Meixiu.
Além disso, acrescenta, é preciso esperar a clausura da exposição universal de Xangai, em outubro de 2010, para que possa ser convocada a assembleia, na qual participam bispos, religiosos e leigos.
As autoridades dedicaram importantes recursos à exposição e não desejam que, em questão de imagem, seu desenvolvimento seja atrapalhado pela celebração de uma "assembleia católica possivelmente sujeita a críticas", explica.
Pode pensar-se que Wang Meixiu se refere a dois tipos de críticas. Na China, as autoridades encontram dificuldades crescentes para que os bispos "oficiais" e reconhecidos por Roma avaliem as medidas que elas tomam.
Por outro lado, parece provável que a eleição de Dom Joseph Ma Yinglin, bispo "oficial" de Kunming não reconhecido pelo Papa, como chefe da conferência episcopal ou da Associação Patriótica, suscite oposições no episcopado.
As autoridades chinesas sabem também que a escolha de um bispo não reconhecido por Roma não seria bem acolhida pela Santa Sé.
Para contrapor estas oposições, as autoridades multiplicam as pressões e as reuniões, como a "sessão de estudo" que cinquenta responsáveis da parte "oficial" da Igreja celebraram no último mês de julho em Pequim.
Em sua carta aos católicos chineses de 2007, o Papa Bento XVI indicou claramente que não era possível que as agências estatais se coloquem sobre os bispos e ditem qual deve ser a conduta de suas Igrejas locais.
Além disso, na declaração conclusiva da terceira reunião da Comissão do Vaticano para a Igreja na China, celebrada em Roma de 22 a 24 de março, a Santa Sé pediu aos bispos da China o compromisso pela unidade eclesial.
Entre outras coisas, foi pedido que evitassem "realizar gestos (como por exemplo, celebrações sacramentais, ordenações episcopais, participações em reuniões) que contradizem a comunhão com o Papa, que os nomeou pastores, e que podem criar dificuldades, às vezes angustiosas, dentro das respectivas comunidades eclesiásticas".
Isso inclui, entre outras coisas, a participação na Assembleia Nacional de representantes católicos.
Divisão de funções
Por outro lado, o relatório de Wang Meixiu defende uma visão mais clara das funções reservadas pela conferência dos bispos e a tarefa de conduzir a Igreja, e a Associação Patriótica de servir de vínculo, de "ponte", entre a Igreja e o Estado.
Uma organização assim permitiria um desenvolvimento melhor da Igreja, ao mesmo tempo em que melhoraria sua imagem, afirma.
Além disso, uma diferenciação clara das funções entre os dois organismos permitiria uma melhor aplicação da política religiosa do Estado, destaca.
O pesquisador, membro do instituto de estudos das religiões da Academia Chinesa de Ciências Sociais, destaca que durante a última década, a Igreja Católica na China multiplicou seus contatos com a igreja universal.
Também constata que a conferência episcopal, que reúne bispos "oficiais" - nos quais a qualidade episcopal é reconhecida tanto por Roma como por Pequim - e a Associação Patriótica de católicos chineses, apesar de serem entidades diferentes, dotadas cada uma de sua própria constituição, agiram de forma cada vez mais estreita nos últimos anos, exceto em algumas situações concretas.
Desta forma, em sua opinião, "foi debilitada a função, a eficácia e a influência de cada um destes organismos".
O relatório de Wang Meixiu, que não foi publicado na internet, oferece informação detalhada das cinco religiões oficialmente reconhecidas pelo regime chinês.
É o terceiro relatório deste tipo que foi realizado na China. Após duas edições anteriores, a deste ano coloca em destaque especialmente o estudo do protestantismo, como uma análise de um amplo estudo sobre o tema - o primeiro deste tipo - realizado com 200 mil crentes.
Fonte: Zenit.
O estudo, publicado no dia 11 de agosto em Pequim, está sendo realizado por Wang Meixiu, o único pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais dedicado ao estudo do catolicismo contemporâneo na China, infirmou Eglises d'Asia, agência de notícias de missões estrangeiras de Paris.
O pesquisador recorda que a Assembleia Nacional de representantes católicos, convocada pelas autoridades a cada cinco anos, talvez seja a maior autoridade da Igreja na medida em que seus membros elegem os dirigentes, tanto da conferência episcopal como da Associação Patriótica.
Contudo, constata que a celebração da 8ª assembleia, que deveria ter acontecido em 2009, foi adiada várias vezes, apesar das vagas, desde o falecimento, em 2005 e em 2007, dos presidentes da conferência episcopal da Associação Patriótica.
"Quanto mais adiar a escolha dos futuros dirigentes, mais importância terá a 8ª assembleia", indica Wang Meixiu.
Além disso, acrescenta, é preciso esperar a clausura da exposição universal de Xangai, em outubro de 2010, para que possa ser convocada a assembleia, na qual participam bispos, religiosos e leigos.
As autoridades dedicaram importantes recursos à exposição e não desejam que, em questão de imagem, seu desenvolvimento seja atrapalhado pela celebração de uma "assembleia católica possivelmente sujeita a críticas", explica.
Pode pensar-se que Wang Meixiu se refere a dois tipos de críticas. Na China, as autoridades encontram dificuldades crescentes para que os bispos "oficiais" e reconhecidos por Roma avaliem as medidas que elas tomam.
Por outro lado, parece provável que a eleição de Dom Joseph Ma Yinglin, bispo "oficial" de Kunming não reconhecido pelo Papa, como chefe da conferência episcopal ou da Associação Patriótica, suscite oposições no episcopado.
As autoridades chinesas sabem também que a escolha de um bispo não reconhecido por Roma não seria bem acolhida pela Santa Sé.
Para contrapor estas oposições, as autoridades multiplicam as pressões e as reuniões, como a "sessão de estudo" que cinquenta responsáveis da parte "oficial" da Igreja celebraram no último mês de julho em Pequim.
Em sua carta aos católicos chineses de 2007, o Papa Bento XVI indicou claramente que não era possível que as agências estatais se coloquem sobre os bispos e ditem qual deve ser a conduta de suas Igrejas locais.
Além disso, na declaração conclusiva da terceira reunião da Comissão do Vaticano para a Igreja na China, celebrada em Roma de 22 a 24 de março, a Santa Sé pediu aos bispos da China o compromisso pela unidade eclesial.
Entre outras coisas, foi pedido que evitassem "realizar gestos (como por exemplo, celebrações sacramentais, ordenações episcopais, participações em reuniões) que contradizem a comunhão com o Papa, que os nomeou pastores, e que podem criar dificuldades, às vezes angustiosas, dentro das respectivas comunidades eclesiásticas".
Isso inclui, entre outras coisas, a participação na Assembleia Nacional de representantes católicos.
Divisão de funções
Por outro lado, o relatório de Wang Meixiu defende uma visão mais clara das funções reservadas pela conferência dos bispos e a tarefa de conduzir a Igreja, e a Associação Patriótica de servir de vínculo, de "ponte", entre a Igreja e o Estado.
Uma organização assim permitiria um desenvolvimento melhor da Igreja, ao mesmo tempo em que melhoraria sua imagem, afirma.
Além disso, uma diferenciação clara das funções entre os dois organismos permitiria uma melhor aplicação da política religiosa do Estado, destaca.
O pesquisador, membro do instituto de estudos das religiões da Academia Chinesa de Ciências Sociais, destaca que durante a última década, a Igreja Católica na China multiplicou seus contatos com a igreja universal.
Também constata que a conferência episcopal, que reúne bispos "oficiais" - nos quais a qualidade episcopal é reconhecida tanto por Roma como por Pequim - e a Associação Patriótica de católicos chineses, apesar de serem entidades diferentes, dotadas cada uma de sua própria constituição, agiram de forma cada vez mais estreita nos últimos anos, exceto em algumas situações concretas.
Desta forma, em sua opinião, "foi debilitada a função, a eficácia e a influência de cada um destes organismos".
O relatório de Wang Meixiu, que não foi publicado na internet, oferece informação detalhada das cinco religiões oficialmente reconhecidas pelo regime chinês.
É o terceiro relatório deste tipo que foi realizado na China. Após duas edições anteriores, a deste ano coloca em destaque especialmente o estudo do protestantismo, como uma análise de um amplo estudo sobre o tema - o primeiro deste tipo - realizado com 200 mil crentes.
Fonte: Zenit.
Filipinas: bispo denuncia máfia do jogo
Membros da administração superior da província de Pangasinan, no norte das Filipinas, atacaram fortemente ao arcebispo emérito de Lingayen-Dagupan, Dom Óscar Cruz.
Trata-se de uma reação às recentes revelações do prelado em uma audiência no Senado que envolve no jogo ilegal o governador da província, informou em 24 de setembro a agência Eglises d'Asie (EDA) de Paris.
Expressando sua "indignação" num manifesto publicado no Philippine Star na quinta-feira, 23 de setembro, qualificaram as acusações do prelado como "totalmente infundadas e notavelmente tendenciosas".
"Decidimos que qualquer pessoa que quiser atentar de forma mal-intencionada contra a credibilidade do governador e tentar desviar a atenção de seu excelente trabalho de gestão da província em matéria de progresso e desenvolvimento, deveria ser declarada uma pessoa ‘não bem-vinda' na província de Pangasinan."
A declaração, assinada por dezesseis membros do governo provincial, afirma também: "Consideramos indigna a introdução do nome do governador Amado Espino na lista dos organizadores de jueteng, realizada pelo ex-arcebispo Cruz".
Em 21 de setembro, o prelado apresentou ao Comitê Blue Ribbon do Senado - encarregado de investigar e punir as fraudes dos funcionários - uma lista de mais de trinta políticos, funcionários do Estado e oficiais de polícia que receberam subornos da máfia que controla os jogos ilegais de dinheiro.
A lista foi elaborada pela People's Crusade Against jueteng (KBLJ), um grupo do qual o arcebispo é cofundador.
O prelado já falou anteriormente diante da Câmara de representantes, indicando que se tratava da "última oportunidade" que dava ao governo, mas sua intervenção não teve efeito.
"É um exame para o novo governo de Aquino", declarou. "Se não se faz nada (...), a eleição de alguém sob a bandeira da integridade não terá sido mais que uma grande farsa".
O jueteng é uma loteria ilegal especialmente estendida em Luzon, maior ilha da parte norte do arquipélago.
Dom Cruz é conhecido por seu compromisso na luta anticorrupção e especialmente no universo dos jogos.
Em várias ocasiões tentou atacar esta poderosa máfia do jueteng, à qual acusa de arruinar os pobres e favorecer a corrupção.
Desde a chegada à presidência de Noynoy Aquino III, filho da conhecida Coração Aquino, o prelado, apoiado por outros bispos das Filipinas, não deixou de exigir do vencedor das eleições que cumpra suas promessas de erradicar a corrupção no interior da máquina do Estado.
O prelado "anticorrupção" afirmou também que alguns eclesiásticos, dos quais ao menos 8 bispos, também estão envolvidos nos benefícios do jueteng.
A lista entregue por Dom Cruz incluía cargos altos dos funcionários do Estado, dentre os quais alguns estão muito próximos do presidente Aquino, como Rico Escalona Puno, subsecretário no ministério do Interior, ou Jesus Verzosa, ex-chefe da polícia nacional.
O arcebispo é consciente do grande risco que corre. No último mês de fevereiro, uma das testemunhas que o prelado havia convencido a falar diante da comissão de investigação do Senado foi assassinada.
O ex-presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, que hoje tem 75 anos, confirmou ter recebido ameaças de morte nos últimos dias.
Apesar de admitir que teme por sua vida, o arcebispo rejeita momentaneamente a proteção oferecida pelo Senado e pela Conferência de Superiores Maiores das Filipinas.
Fonte: Zenit.
Trata-se de uma reação às recentes revelações do prelado em uma audiência no Senado que envolve no jogo ilegal o governador da província, informou em 24 de setembro a agência Eglises d'Asie (EDA) de Paris.
Expressando sua "indignação" num manifesto publicado no Philippine Star na quinta-feira, 23 de setembro, qualificaram as acusações do prelado como "totalmente infundadas e notavelmente tendenciosas".
"Decidimos que qualquer pessoa que quiser atentar de forma mal-intencionada contra a credibilidade do governador e tentar desviar a atenção de seu excelente trabalho de gestão da província em matéria de progresso e desenvolvimento, deveria ser declarada uma pessoa ‘não bem-vinda' na província de Pangasinan."
A declaração, assinada por dezesseis membros do governo provincial, afirma também: "Consideramos indigna a introdução do nome do governador Amado Espino na lista dos organizadores de jueteng, realizada pelo ex-arcebispo Cruz".
Em 21 de setembro, o prelado apresentou ao Comitê Blue Ribbon do Senado - encarregado de investigar e punir as fraudes dos funcionários - uma lista de mais de trinta políticos, funcionários do Estado e oficiais de polícia que receberam subornos da máfia que controla os jogos ilegais de dinheiro.
A lista foi elaborada pela People's Crusade Against jueteng (KBLJ), um grupo do qual o arcebispo é cofundador.
O prelado já falou anteriormente diante da Câmara de representantes, indicando que se tratava da "última oportunidade" que dava ao governo, mas sua intervenção não teve efeito.
"É um exame para o novo governo de Aquino", declarou. "Se não se faz nada (...), a eleição de alguém sob a bandeira da integridade não terá sido mais que uma grande farsa".
O jueteng é uma loteria ilegal especialmente estendida em Luzon, maior ilha da parte norte do arquipélago.
Dom Cruz é conhecido por seu compromisso na luta anticorrupção e especialmente no universo dos jogos.
Em várias ocasiões tentou atacar esta poderosa máfia do jueteng, à qual acusa de arruinar os pobres e favorecer a corrupção.
Desde a chegada à presidência de Noynoy Aquino III, filho da conhecida Coração Aquino, o prelado, apoiado por outros bispos das Filipinas, não deixou de exigir do vencedor das eleições que cumpra suas promessas de erradicar a corrupção no interior da máquina do Estado.
O prelado "anticorrupção" afirmou também que alguns eclesiásticos, dos quais ao menos 8 bispos, também estão envolvidos nos benefícios do jueteng.
A lista entregue por Dom Cruz incluía cargos altos dos funcionários do Estado, dentre os quais alguns estão muito próximos do presidente Aquino, como Rico Escalona Puno, subsecretário no ministério do Interior, ou Jesus Verzosa, ex-chefe da polícia nacional.
O arcebispo é consciente do grande risco que corre. No último mês de fevereiro, uma das testemunhas que o prelado havia convencido a falar diante da comissão de investigação do Senado foi assassinada.
O ex-presidente da Conferência Episcopal das Filipinas, que hoje tem 75 anos, confirmou ter recebido ameaças de morte nos últimos dias.
Apesar de admitir que teme por sua vida, o arcebispo rejeita momentaneamente a proteção oferecida pelo Senado e pela Conferência de Superiores Maiores das Filipinas.
Fonte: Zenit.
Bispos irlandeses se dirigem a Roma para preparar a visita apostólica
A Congregação para os Bispos convidou 4 bispos da Irlanda a Roma, para preparar a visita apostólica que Bento XVI anunciou em sua carta aos católicos da Irlanda, em referência aos abusos sexuais cometidos pelos sacerdotes.
O arcebispo de Armagh, cardeal Seán Brady, o arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, o arcebispo de Cashel e Emly, Dom Dermot Clifford, e o arcebispo de Tuam, Dom Michael Neary, irão a Roma na semana que vem para os encontros preparatórios.
Lá, eles se encontrarão com os 4 visitadores apostólicos que irão às suas arquidioceses, segundo informou ontem a Conferência de Bispos da Irlanda, por meio de um comunicado.
O cardeal Cormac Murphy-O'Connor, arcebispo emérito de Westminster, dirigirá a visita a Armagh; o cardeal Sean O'Malley, de Boston, visitará Dublin; o arcebispo Christopher Collins, de Toronto, visitará Cashel; e o arcebispo Terrence Prendergast, de Ottawa, visitará Tuam.
O episcopado irlandês explicou que a visita apostólica busca "oferecer assistência e contribuir para a renovação espiritual e moral da Igreja na Irlanda" e "facilitará a reflexão, avaliação e revisão da vida da Igreja".
Fonte - Zenit.
O arcebispo de Armagh, cardeal Seán Brady, o arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin, o arcebispo de Cashel e Emly, Dom Dermot Clifford, e o arcebispo de Tuam, Dom Michael Neary, irão a Roma na semana que vem para os encontros preparatórios.
Lá, eles se encontrarão com os 4 visitadores apostólicos que irão às suas arquidioceses, segundo informou ontem a Conferência de Bispos da Irlanda, por meio de um comunicado.
O cardeal Cormac Murphy-O'Connor, arcebispo emérito de Westminster, dirigirá a visita a Armagh; o cardeal Sean O'Malley, de Boston, visitará Dublin; o arcebispo Christopher Collins, de Toronto, visitará Cashel; e o arcebispo Terrence Prendergast, de Ottawa, visitará Tuam.
O episcopado irlandês explicou que a visita apostólica busca "oferecer assistência e contribuir para a renovação espiritual e moral da Igreja na Irlanda" e "facilitará a reflexão, avaliação e revisão da vida da Igreja".
Fonte - Zenit.
Apelo do Papa a favor da Nigéria
Ao término da audiência geral de hoje, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI lançou um apelo à comunidade internacional a favor da Nigéria.
O Pontífice, em inglês, mostrou sua preocupação "pela grave crise humanitária que afetou recentemente o norte da Nigéria".
Nesse país africano, "cerca de 2 milhões de pessoas se viram obrigadas a deixar suas casas devido às grandes inundações", afirmou.
O Santo Padre ofereceu aos afetados sua "proximidade espiritual" e sua "lembrança na oração".
As inundações se produziram no norte da Nigéria no último final de semana, quando várias represas transbordaram depois das intensas chuvas. Cerca de 40 pessoas perderam a vida e as perdas agrícolas, segundo a ONU, são incalculáveis.
Fonte: Zenit.
O Pontífice, em inglês, mostrou sua preocupação "pela grave crise humanitária que afetou recentemente o norte da Nigéria".
Nesse país africano, "cerca de 2 milhões de pessoas se viram obrigadas a deixar suas casas devido às grandes inundações", afirmou.
O Santo Padre ofereceu aos afetados sua "proximidade espiritual" e sua "lembrança na oração".
As inundações se produziram no norte da Nigéria no último final de semana, quando várias represas transbordaram depois das intensas chuvas. Cerca de 40 pessoas perderam a vida e as perdas agrícolas, segundo a ONU, são incalculáveis.
Fonte: Zenit.
Confirmados os conselheiros do delegado pontifício dos Legionários de Cristo
O arcebispo Velasio De Paolis, delegado pontifício para a Legião de Cristo, confirmou a ZENIT os nomes dos conselheiros que o assistirão no cumprimento da missão que lhe foi confiada por Bento XVI.
Trata-se do Pe. Agostino Montan (religioso josefino de Murialdo), vigário episcopal para a vida religiosa da diocese de Roma; Dom Mario Marchesi, vigário geral da diocese de Cremona; Pe. Gianfranco Ghirlanda SJ, antigo reitor da Universidade Gregoriana de Roma; Dom Brian Farrell LC, secretário do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.
Seguindo as disposições do comunicado emitido pela Santa Sé no último dia 1º de maio, Dom De Paolis também confirmou a ZENIT a nomeação de Dom Ricardo Blázquez, arcebispo de Valladolid (Espanha), como visitador para o Regnum Christi.
Dom Blázquez prestará especial atenção aos consagrados desse movimento de apostolado, nascido dos Legionários de Cristo.
Segundo especificou o decreto enviado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, assinado em 9 de julho, os "conselheiros pessoais" de Dom De Paolis "o assistirão no cumprimento da sua tarefa" e "podem ser encarregados de tarefas específicas, em particular para as visitas ad referendum".
Segundo o decreto, o delegado pontifício recebeu a "tarefa de governar", em nome do Papa, a congregação religiosa "durante o tempo que for necessário para realizar o caminho de renovação e levá-la à realização de um capítulo geral extraordinário, que terá como principal objetivo terminar a revisão das Constituições".
Por este motivo, o delegado pontifício deve "empreender, acompanhar e fazer a revisão das Constituições" da congregação, motivo pelo qual será preciso instituir "uma comissão para a revisão das Constituições, nos diferentes níveis do instituto, com a participação sobretudo dos membros do próprio instituto, que devem se sentir responsáveis pela revisão e reelaboração do próprio projeto de vida evangélica, sempre em harmonia com o ensinamento da Igreja".
Fonte: Zenit. - (Por Jesus Colina)
Trata-se do Pe. Agostino Montan (religioso josefino de Murialdo), vigário episcopal para a vida religiosa da diocese de Roma; Dom Mario Marchesi, vigário geral da diocese de Cremona; Pe. Gianfranco Ghirlanda SJ, antigo reitor da Universidade Gregoriana de Roma; Dom Brian Farrell LC, secretário do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.
Seguindo as disposições do comunicado emitido pela Santa Sé no último dia 1º de maio, Dom De Paolis também confirmou a ZENIT a nomeação de Dom Ricardo Blázquez, arcebispo de Valladolid (Espanha), como visitador para o Regnum Christi.
Dom Blázquez prestará especial atenção aos consagrados desse movimento de apostolado, nascido dos Legionários de Cristo.
Segundo especificou o decreto enviado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, assinado em 9 de julho, os "conselheiros pessoais" de Dom De Paolis "o assistirão no cumprimento da sua tarefa" e "podem ser encarregados de tarefas específicas, em particular para as visitas ad referendum".
Segundo o decreto, o delegado pontifício recebeu a "tarefa de governar", em nome do Papa, a congregação religiosa "durante o tempo que for necessário para realizar o caminho de renovação e levá-la à realização de um capítulo geral extraordinário, que terá como principal objetivo terminar a revisão das Constituições".
Por este motivo, o delegado pontifício deve "empreender, acompanhar e fazer a revisão das Constituições" da congregação, motivo pelo qual será preciso instituir "uma comissão para a revisão das Constituições, nos diferentes níveis do instituto, com a participação sobretudo dos membros do próprio instituto, que devem se sentir responsáveis pela revisão e reelaboração do próprio projeto de vida evangélica, sempre em harmonia com o ensinamento da Igreja".
Fonte: Zenit. - (Por Jesus Colina)
Presidente da Conferência Episcopal recorda “lucidez” de Dom Armindo Lopes Coelho
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom Jorge Ortiga, destaca a "lucidez, perspicácia e pertinência" de Dom Armindo Lopes Coelho, falecido hoje, 29 de setembro.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o arcebispo de Braga fala de uma "grande perda para a Igreja", afirmando que Dom Armindo Lopes Coelho era "um homem de grande intelectualidade e com grande visão dos problemas".
O bispo emérito do Porto, diocese que dirigiu entre 1997 e 2007, morreu em Ermesinde, na "Casa da Mão Poderosa".
Seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde, sendo celebrada Missa Exequial amanhã, quinta-feira, às 16h.
Dom Jorge Ortiga recorda o papel desempenhado por Dom Armindo Lopes Coelho, tanto nas dioceses por onde passou como na Conferência Episcopal Portuguesa.
Possuidor de "grande sensibilidade", o bispo emérito do Porto era "amigo dos seus pares", sublinha, frisando ainda o seu senso de "humor apurado".
Para o presidente da CEP, Dom Armindo Lopes Coelho sabia "ver o lado positivo de muitas situações" e "no meio duma discussão mais calorosa surgia a sua opinião, que dava outro sentido e ajudava a solucionar alguns problemas".
Fonte - (Com Agência Ecclesia)
Em declarações à Agência ECCLESIA, o arcebispo de Braga fala de uma "grande perda para a Igreja", afirmando que Dom Armindo Lopes Coelho era "um homem de grande intelectualidade e com grande visão dos problemas".
O bispo emérito do Porto, diocese que dirigiu entre 1997 e 2007, morreu em Ermesinde, na "Casa da Mão Poderosa".
Seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde, sendo celebrada Missa Exequial amanhã, quinta-feira, às 16h.
Dom Jorge Ortiga recorda o papel desempenhado por Dom Armindo Lopes Coelho, tanto nas dioceses por onde passou como na Conferência Episcopal Portuguesa.
Possuidor de "grande sensibilidade", o bispo emérito do Porto era "amigo dos seus pares", sublinha, frisando ainda o seu senso de "humor apurado".
Para o presidente da CEP, Dom Armindo Lopes Coelho sabia "ver o lado positivo de muitas situações" e "no meio duma discussão mais calorosa surgia a sua opinião, que dava outro sentido e ajudava a solucionar alguns problemas".
Fonte - (Com Agência Ecclesia)
Portugal: falece Dom Armindo Lopes Coelho
Faleceu nesta quarta-feira, 29 de setembro, Dom Armindo Lopes Coelho, bispo emérito do Porto, com 79 anos de idade.
Os seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde, sendo celebrada Missa Exequial amanhã, quinta-feira, às 16h.
Em comunicado oficial enviado à Agência ECCLESIA, o atual bispo do Porto, Dom Manuel Clemente, refere que "Dom Armindo foi um fiel e generoso pastor da Igreja, com abnegada dedicação à causa do Evangelho em todos os importantes cargos que lhe foram confiados".
"A todos nos deixa um grande exemplo de serviço eclesial, que nos cabe agradecer e continuar", acrescenta, pedindo a Deus "a feliz recompensa dos seus muitos méritos".
Dom Armindo Lopes Coelho residia na "Casa da Mão Poderosa", em Ermesinde, pertencente à diocese do Porto, onde faleceu nesta manhã.
No dia 18 de outubro de 2006, o falecido bispo sofreu um acidente vascular cerebral, o que viria a levar à nomeação de Dom João Miranda Teixeira como administrador apostólico da diocese.
A resignação ao cargo foi aceita por Bento XVI em 22 de fevereiro de 2007, data em que Dom Manuel Clemente foi nomeado como novo bispo do Porto.
Dom Armindo Lopes Coelho nasceu em 16 de fevereiro de 1931, em Regilde (Felgueiras), distrito do Porto. Foi ordenado presbítero na Sé Catedral do Porto em 1º de Agosto de 1954. Frequentou a Universidade Gregoriana, em Roma, até 1959, tendo-se licenciado em Filosofia e Teologia.
Em 1959, foi nomeado professor e prefeito no Seminário Maior do Porto, onde leccionou até 1974. Em 10 de julho de 1970, foi nomeado vice-reitor do Seminário Maior do Porto com exercício pleno da Reitoria, num período de certa agitação e expectativa sobre aquilo que ia ser o Vaticano II.
Foi também durante alguns anos professor de Religião e Moral no Liceu Rodrigues de Freitas, professor de Moral no Instituto de Serviço Social do Porto e professor de Teologia Dogmática no Centro de Cultura Católica.
Em 21 de julho de 1962, foi nomeado assistente diocesano da JUC, tendo exercido o cargo até 1965. Dedicou-se também à Pastoral Familiar, aos Grupos de Casais de Nossa Senhora e à Escola de Pais Nacional, de que foi cofundador em Portugal.
No dia 11 de abril de 1971, foi nomeado cônego capitular da Sé Catedral do Porto. Em 19 de fevereiro de 1975, foi nomeado reitor do Seminário de Nossa Senhora da Conceição (Seminário Maior) do Porto.
Em 19 de Abril de 1975, foi nomeado vigário episcopal para o clero e Renovação do Ministério Eclesiástico e, em março de 1976, tornou-se pró-vigário geral da diocese.
Em 5 de janeiro de 1979, foi nomeado bispo titular de Elvas e auxiliar do Porto, sendo a ordenação episcopal realizada na Sé Catedral do Porto em 25 de Março de 1979 e presidida por Dom Antônio Ferreira Gomes.
Desde 27 de outubro de 1982 até 1997, foi bispo de Viana do Castelo. Em 13 de junho de 1997, foi nomeado bispo do Porto, tendo tomado posse da diocese em 29 de julho desse mesmo ano.
Ocupou esse cargo até fevereiro de 2007, numa tarefa que Dom Armindo Lopes Coelho considerava como "uma honra".
Entre os seus pares era admirado pela sua inteligência, capacidade de diálogo e senso de humor. Tinha como lema ser "servo de todos para exercer o ministério episcopal".
Fonte - (Com Agência Ecclesia)
Os seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde, sendo celebrada Missa Exequial amanhã, quinta-feira, às 16h.
Em comunicado oficial enviado à Agência ECCLESIA, o atual bispo do Porto, Dom Manuel Clemente, refere que "Dom Armindo foi um fiel e generoso pastor da Igreja, com abnegada dedicação à causa do Evangelho em todos os importantes cargos que lhe foram confiados".
"A todos nos deixa um grande exemplo de serviço eclesial, que nos cabe agradecer e continuar", acrescenta, pedindo a Deus "a feliz recompensa dos seus muitos méritos".
Dom Armindo Lopes Coelho residia na "Casa da Mão Poderosa", em Ermesinde, pertencente à diocese do Porto, onde faleceu nesta manhã.
No dia 18 de outubro de 2006, o falecido bispo sofreu um acidente vascular cerebral, o que viria a levar à nomeação de Dom João Miranda Teixeira como administrador apostólico da diocese.
A resignação ao cargo foi aceita por Bento XVI em 22 de fevereiro de 2007, data em que Dom Manuel Clemente foi nomeado como novo bispo do Porto.
Dom Armindo Lopes Coelho nasceu em 16 de fevereiro de 1931, em Regilde (Felgueiras), distrito do Porto. Foi ordenado presbítero na Sé Catedral do Porto em 1º de Agosto de 1954. Frequentou a Universidade Gregoriana, em Roma, até 1959, tendo-se licenciado em Filosofia e Teologia.
Em 1959, foi nomeado professor e prefeito no Seminário Maior do Porto, onde leccionou até 1974. Em 10 de julho de 1970, foi nomeado vice-reitor do Seminário Maior do Porto com exercício pleno da Reitoria, num período de certa agitação e expectativa sobre aquilo que ia ser o Vaticano II.
Foi também durante alguns anos professor de Religião e Moral no Liceu Rodrigues de Freitas, professor de Moral no Instituto de Serviço Social do Porto e professor de Teologia Dogmática no Centro de Cultura Católica.
Em 21 de julho de 1962, foi nomeado assistente diocesano da JUC, tendo exercido o cargo até 1965. Dedicou-se também à Pastoral Familiar, aos Grupos de Casais de Nossa Senhora e à Escola de Pais Nacional, de que foi cofundador em Portugal.
No dia 11 de abril de 1971, foi nomeado cônego capitular da Sé Catedral do Porto. Em 19 de fevereiro de 1975, foi nomeado reitor do Seminário de Nossa Senhora da Conceição (Seminário Maior) do Porto.
Em 19 de Abril de 1975, foi nomeado vigário episcopal para o clero e Renovação do Ministério Eclesiástico e, em março de 1976, tornou-se pró-vigário geral da diocese.
Em 5 de janeiro de 1979, foi nomeado bispo titular de Elvas e auxiliar do Porto, sendo a ordenação episcopal realizada na Sé Catedral do Porto em 25 de Março de 1979 e presidida por Dom Antônio Ferreira Gomes.
Desde 27 de outubro de 1982 até 1997, foi bispo de Viana do Castelo. Em 13 de junho de 1997, foi nomeado bispo do Porto, tendo tomado posse da diocese em 29 de julho desse mesmo ano.
Ocupou esse cargo até fevereiro de 2007, numa tarefa que Dom Armindo Lopes Coelho considerava como "uma honra".
Entre os seus pares era admirado pela sua inteligência, capacidade de diálogo e senso de humor. Tinha como lema ser "servo de todos para exercer o ministério episcopal".
Fonte - (Com Agência Ecclesia)
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Vaticano organiza fórum para desenvolvimento na África
O Conselho Pontifício para a Cultura, em colaboração com a Congregação para a Evangelização dos Povos, organiza um fórum para promover o desenvolvimento na África, "fazendo da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, o coração de toda consideração e iniciativa".
Segundo um comunicado do dicastério, divulgado pela Rádio Vaticano, o fórum acontecerá em março de 2011, reunirá diversas organizações eclesiásticas internacionais e não-governamentais e terá como tema "Culturas, identidade dos povos e desenvolvimento na África e na diáspora negra".
Este Fórum pretende também ser um lugar de reflexão permanente para mostrar propostas concretas, permitir um compromisso no âmbito da cultura e da educação e ser um "trampolim" para o desenvolvimento da África.
Os dois dicastérios consideram que a reflexão comum dos pastores e teólogos da África e da diáspora têm uma importância decisiva.
A cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, em particular o Centro Pastoral e Missionário RECOWA/CERAO (Conferência Episcopal Regional da África Ocidental), acolhe desde ontem até 1° de outubro um encontro de preparação para este evento.
Fonte: Zenit.
Segundo um comunicado do dicastério, divulgado pela Rádio Vaticano, o fórum acontecerá em março de 2011, reunirá diversas organizações eclesiásticas internacionais e não-governamentais e terá como tema "Culturas, identidade dos povos e desenvolvimento na África e na diáspora negra".
Este Fórum pretende também ser um lugar de reflexão permanente para mostrar propostas concretas, permitir um compromisso no âmbito da cultura e da educação e ser um "trampolim" para o desenvolvimento da África.
Os dois dicastérios consideram que a reflexão comum dos pastores e teólogos da África e da diáspora têm uma importância decisiva.
A cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, em particular o Centro Pastoral e Missionário RECOWA/CERAO (Conferência Episcopal Regional da África Ocidental), acolhe desde ontem até 1° de outubro um encontro de preparação para este evento.
Fonte: Zenit.
Papua-Nova Guiné: Catecismo da Igreja Católica é traduzido ao pidgin
Os bispos de Papua-Nova Guiné aprovaram com alegria a tradução do Catecismo da Igreja Católica ao pidgin, idioma mais comum no país.
Um grupo de religiosos e teólogos liderados pelo bispo de Goroka, Dom Francesco Sarego, SVD, concluiu a obra, que está sendo publicada e impressa, informou a agência Fides.
Cada diocese de Papua recebeu 5 mil cópias, disponíveis para vender ao público pelo preço de 3 euros.
Os missionários e os fiéis também acolheram com alegria esta publicação, especialmente os catequistas, que estão muito contentes por ter este novo instrumento.
Além disso, é esperado que se realize, o mais rápido possível, uma tradução da Bíblia para o idioma pidgin, assim como de filmes didáticos e bíblicos, vidas de santos e documentários para as escolas.
Diante de um grande predomínio das denominações protestantes nos meios de comunicação, a comunidade católica recebe diversas petições para que se invista mais em evangelização por meio da imprensa, rádio, televisão, filmes, DVD e CD, assim como na formação de equipes profissional e espiritualmente preparadas para este tipo de apostolado.
Papua-Nova Guiné é um país da Oceania formado por um grupo de ilhas, incluindo a metade da ilha de Nova Guiné, entre o Mar de Coral e o leste da Indonésia.
Em 2008, tinha quase 6 milhões de habitantes, dos quais os católicos, a mais numerosa confissão do país, representavam 27% da população.
Na proporção, também são diversas as denominações surgidas da Reforma protestante e os anglicanos, assim como os seguidores de crenças indígenas.
Fonte: Zenit.
Um grupo de religiosos e teólogos liderados pelo bispo de Goroka, Dom Francesco Sarego, SVD, concluiu a obra, que está sendo publicada e impressa, informou a agência Fides.
Cada diocese de Papua recebeu 5 mil cópias, disponíveis para vender ao público pelo preço de 3 euros.
Os missionários e os fiéis também acolheram com alegria esta publicação, especialmente os catequistas, que estão muito contentes por ter este novo instrumento.
Além disso, é esperado que se realize, o mais rápido possível, uma tradução da Bíblia para o idioma pidgin, assim como de filmes didáticos e bíblicos, vidas de santos e documentários para as escolas.
Diante de um grande predomínio das denominações protestantes nos meios de comunicação, a comunidade católica recebe diversas petições para que se invista mais em evangelização por meio da imprensa, rádio, televisão, filmes, DVD e CD, assim como na formação de equipes profissional e espiritualmente preparadas para este tipo de apostolado.
Papua-Nova Guiné é um país da Oceania formado por um grupo de ilhas, incluindo a metade da ilha de Nova Guiné, entre o Mar de Coral e o leste da Indonésia.
Em 2008, tinha quase 6 milhões de habitantes, dos quais os católicos, a mais numerosa confissão do país, representavam 27% da população.
Na proporção, também são diversas as denominações surgidas da Reforma protestante e os anglicanos, assim como os seguidores de crenças indígenas.
Fonte: Zenit.
Ortodoxos e Papa se despedem de Dom Fortino, pioneiro do ecumenismo
Bento XVI prestou homenagem a Dom Eleuterio Fortino, subsecretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, falecido no último dia 22, aos 72 anos, depois de uma vida dedicada à causa ecumênica, particularmente à unidade com as igrejas ortodoxas.
O prelado também foi recordado pelos participantes - católicos e ortodoxos - da reunião plenária da Comissão Mista para o Diálogo Teológico, realizada em Viena na semana passada, que rezaram juntos por ele e expressaram as lembranças pessoais que os uniam a ele.
Um telegrama do Papa, assinado pelo cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado, foi lido pelo bispo Brian Farrell, LC, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, durante a celebração do trisaghion, segundo a tradição oriental, na tarde do sábado, 25, na igreja romana de São Atanásio dos Gregos, em Roma.
Segundo Bento XVI, Dom Fortino desempenhou com sua vida um "generoso compromisso, com inteligência e paixão, ao serviço da unidade".
Nascido em San Benedetto Ullano, na Calábria, sul da Itália, em 1938, Eleuterio Francesco Fortino entrou como seminarista no Colégio Pontifício Grego em 1958, onde estudou teologia e filosofia, que completou na Universidade Pontifícia Gregoriana. Ordenado sacerdote em 1963, participou da última sessão do Concílio Vaticano II, com a missão de ser assistente dos observadores ecumênicos. Desde então, colaborou com a Santa Sé no diálogo com as igrejas ortodoxas.
O trisaghion foi presidido pelo reitor do Colégio Pontifício Grego, Pe. Manuel Nin, que, na homilia, recordou o serviço apaixonado e "sorridente" de Dom Fortino à Igreja, à liturgia e à unidade dos cristãos.
A celebração, segundo Dom Juan Fernando Usma Gómez, chefe de escritório no Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, "foi um testemunho de afeto imponente e comovente, que nos faz recordar como Dom Fortino foi não somente uma alma do ecumenismo e um homem de cultura, mas também um sacerdote que era verdadeiramente pároco da sua comunidade ítalo-albanesa".
Depois da homilia, o cardeal Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, comovido, expressou "profunda gratidão por tudo o que Dom Fortino fez. Digo isso não somente em meu nome, mas em nome de todos os colaboradores e colaboradoras, de todos os que o estimaram nestes longos anos".
"Em Dom Fortino, conhecemos a profunda humanidade; ele foi um amigo fiel. Todos nós admiramos como, apesar da esgotadora doença, ele sempre conservou o bom humor e continuou com o trabalho que carregava no coração. Perdemos um amigo."
Dom Farrell recordou o último encontro de Dom Fortino com Bento XVI, no último dia 28 de junho, por ocasião da audiência à delegação enviada para a solenidade dos santos Pedro e Paulo pelo patriarca ecumênico de Constantinopla. E o próprio patriarca Bartolomeu expressou seus pêsames em uma mensagem.
Por último, o bispo Farrell sublinhou o carinho e a estima por Dom Fortino, manifestada pelo arcebispo ortodoxo de Tirana e de toda Albânia, Anastásio.
Fonte: Zenit.
O prelado também foi recordado pelos participantes - católicos e ortodoxos - da reunião plenária da Comissão Mista para o Diálogo Teológico, realizada em Viena na semana passada, que rezaram juntos por ele e expressaram as lembranças pessoais que os uniam a ele.
Um telegrama do Papa, assinado pelo cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado, foi lido pelo bispo Brian Farrell, LC, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, durante a celebração do trisaghion, segundo a tradição oriental, na tarde do sábado, 25, na igreja romana de São Atanásio dos Gregos, em Roma.
Segundo Bento XVI, Dom Fortino desempenhou com sua vida um "generoso compromisso, com inteligência e paixão, ao serviço da unidade".
Nascido em San Benedetto Ullano, na Calábria, sul da Itália, em 1938, Eleuterio Francesco Fortino entrou como seminarista no Colégio Pontifício Grego em 1958, onde estudou teologia e filosofia, que completou na Universidade Pontifícia Gregoriana. Ordenado sacerdote em 1963, participou da última sessão do Concílio Vaticano II, com a missão de ser assistente dos observadores ecumênicos. Desde então, colaborou com a Santa Sé no diálogo com as igrejas ortodoxas.
O trisaghion foi presidido pelo reitor do Colégio Pontifício Grego, Pe. Manuel Nin, que, na homilia, recordou o serviço apaixonado e "sorridente" de Dom Fortino à Igreja, à liturgia e à unidade dos cristãos.
A celebração, segundo Dom Juan Fernando Usma Gómez, chefe de escritório no Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, "foi um testemunho de afeto imponente e comovente, que nos faz recordar como Dom Fortino foi não somente uma alma do ecumenismo e um homem de cultura, mas também um sacerdote que era verdadeiramente pároco da sua comunidade ítalo-albanesa".
Depois da homilia, o cardeal Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, comovido, expressou "profunda gratidão por tudo o que Dom Fortino fez. Digo isso não somente em meu nome, mas em nome de todos os colaboradores e colaboradoras, de todos os que o estimaram nestes longos anos".
"Em Dom Fortino, conhecemos a profunda humanidade; ele foi um amigo fiel. Todos nós admiramos como, apesar da esgotadora doença, ele sempre conservou o bom humor e continuou com o trabalho que carregava no coração. Perdemos um amigo."
Dom Farrell recordou o último encontro de Dom Fortino com Bento XVI, no último dia 28 de junho, por ocasião da audiência à delegação enviada para a solenidade dos santos Pedro e Paulo pelo patriarca ecumênico de Constantinopla. E o próprio patriarca Bartolomeu expressou seus pêsames em uma mensagem.
Por último, o bispo Farrell sublinhou o carinho e a estima por Dom Fortino, manifestada pelo arcebispo ortodoxo de Tirana e de toda Albânia, Anastásio.
Fonte: Zenit.
Papa se despede da comunidade de Castel Gandolfo
O Papa Bento XVI dirigiu ontem um discurso de despedida às autoridades civis, religiosas e militares que o acompanharam durante sua estadia no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo nestes meses do verão boreal.
Na despedida, esteve presente uma delegação da prefeitura de Castel Gandolfo, encabeçada pelo prefeito, Maurizio Colacchi; também esteve presente o bispo de Albano, Dom Marcello Semerano, e os representantes da aeronáutica italiana, encarregados dos trajetos do Papa a Roma.
Como é tradição, na audiência também estiveram os responsáveis pelos diversos serviços internos da residência papal (médicos, guardas suíços etc.), que acompanharam o Papa durante sua residência na pequena cidade do Lácio.
Bento XVI quis agradecer especialmente às autoridades civis locais por sua colaboração no acolhimento dos peregrinos, assim como "pela bem conhecida cortesia e atenção solícita com que me cercam e acompanham minhas atividades ao serviço da Igreja universal".
Ele agradeceu também pelo trabalho das forças da ordem e dos aviadores que se encarregam das suas viagens de helicóptero a Roma, assim como dos serviços vaticanos.
"Ao despedir-me de vós, quero confiar à vossa consideração a figura de São Vicente de Paulo, cuja memória celebramos hoje", disse-lhes o Papa.
"Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido especialmente através das Irmãs fundadas por ele, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘padroeiro universal de todas as obras de caridade espalhadas pelo mundo'."
"Com sua incessante ação apostólica, fez que o Evangelho se convertesse cada vez mais no farol luminoso de esperança e de amor para o homem da sua época, particularmente para os mais pobres no corpo e no espírito", recordou.
O Papa lhes desejou que o exemplo do santo "suscite em vossas comunidades e em cada um de vós um renovado compromisso de solidariedade, para que os esforços de cada um cooperem na construção do bem comum".
Fonte: Zenit.
Na despedida, esteve presente uma delegação da prefeitura de Castel Gandolfo, encabeçada pelo prefeito, Maurizio Colacchi; também esteve presente o bispo de Albano, Dom Marcello Semerano, e os representantes da aeronáutica italiana, encarregados dos trajetos do Papa a Roma.
Como é tradição, na audiência também estiveram os responsáveis pelos diversos serviços internos da residência papal (médicos, guardas suíços etc.), que acompanharam o Papa durante sua residência na pequena cidade do Lácio.
Bento XVI quis agradecer especialmente às autoridades civis locais por sua colaboração no acolhimento dos peregrinos, assim como "pela bem conhecida cortesia e atenção solícita com que me cercam e acompanham minhas atividades ao serviço da Igreja universal".
Ele agradeceu também pelo trabalho das forças da ordem e dos aviadores que se encarregam das suas viagens de helicóptero a Roma, assim como dos serviços vaticanos.
"Ao despedir-me de vós, quero confiar à vossa consideração a figura de São Vicente de Paulo, cuja memória celebramos hoje", disse-lhes o Papa.
"Este apóstolo da caridade, tão querido pelo povo cristão e conhecido especialmente através das Irmãs fundadas por ele, foi proclamado pelo Papa Leão XIII ‘padroeiro universal de todas as obras de caridade espalhadas pelo mundo'."
"Com sua incessante ação apostólica, fez que o Evangelho se convertesse cada vez mais no farol luminoso de esperança e de amor para o homem da sua época, particularmente para os mais pobres no corpo e no espírito", recordou.
O Papa lhes desejou que o exemplo do santo "suscite em vossas comunidades e em cada um de vós um renovado compromisso de solidariedade, para que os esforços de cada um cooperem na construção do bem comum".
Fonte: Zenit.
Bento XVI: vivo meu pontificado “com os sentimentos do peregrino”
"Neste momento histórico, em que, com força porventura ainda maior, estamos chamados a evangelizar o nosso mundo, há que sublinhar a riqueza que provém da peregrinação aos santuários."
Assim destaca o Papa em sua mensagem ao 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que se realiza em Santiago de Compostela desde ontem até a próxima quinta-feira, 30 de setembro, com o lema "E entrou para ficar com eles", tirado da passagem evangélica dos discípulos de Emaús.
Bento XVI destaca, em primeiro lugar, a "extraordinária capacidade de atração" dos santuários, que reúnem "um crescente número de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em situações humanas e espirituais complexas, um tanto distantes da vivência da fé e com uma débil pertença eclesial".
"A todos eles Cristo se dirige com amor e esperança. A aspiração à felicidade presente no espírito encontra n'Ele a sua resposta, e é junto d'Ele que o sofrimento humano encontra um sentido."
Orientações
O Papa afirma que, "como o velho Simeão encontrou Jesus no Templo (cf. Lc 2, 25-35), assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
Para que se dê essa descoberta, o Pontífice oferece diversas orientações. "É preciso fazer com que os peregrinos não percam de vista que os santuários são lugares sagrados, comportando-se, portanto, neles com devoção, respeito e decoro", pede.
"Desse modo - explica -, a Palavra de Cristo, o Filho do Deus vivo, poderá ressoar com clareza e proclamar-se-á em toda a sua integridade o acontecimento da sua morte e ressurreição, fundamento da nossa fé".
Por outro lado, Bento XVI indica que é preciso "cuidar, com grande esmero, o acolhimento dos peregrinos, dando o justo destaque, nomeadamente, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘tenda de Deus com os homens' (Ap 21, 3)".
Também destaca a importância de cuidar "dos momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; e da atenção às práticas de piedade".
"Ao mesmo tempo - acrescenta -, nunca se insistirá demasiado no fato de que os santuários hão de ser faróis de caridade, incessantemente dedicados aos mais desfavorecidos mediante obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade para escutar."
O Papa sublinha a importância de fomentar nos santuários também "o acesso dos fiéis ao sacramento da Reconciliação, consentindo-lhes participar dignamente da Celebração Eucarística, de tal modo que esta possa ser o centro e o cume de toda a ação pastoral dos santuários".
Assim, "tornar-se-á manifesto que a Eucaristia é, sem dúvida alguma, o alimento do peregrino, o ‘sacramento de Deus, que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direção'", como recordou na homilia da solenidade de Corpus Christi de 2008.
O Bispo de Roma indica que "a celebração da Eucaristia deve ser considerada o ponto culminante da peregrinação".
Exorta também aos que se dedicam a esta belíssima missão a que favoreçam nos peregrinos, "o conhecimento e a imitação de Cristo, que continua caminhando conosco, iluminando com a sua Palavra a nossa vida e partilhando conosco, na Eucaristia, o Pão da Vida".
Dessa forma, "a peregrinação ao santuário será assim ocasião propícia para revigorar naqueles que o visitam o desejo de partilhar com outros a maravilhosa experiência de saber que somos amados por Deus e enviados ao mundo para testemunhar este amor".
O Papa, peregrino
Em sua mensagem, Bento XVI revela que, "desde o início do meu pontificado, quis viver o ministério de Sucessor de Pedro com os sentimentos do peregrino que percorre os caminhos do mundo com esperança e simplicidade, levando nos lábios e no coração a mensagem salvadora de Cristo Ressuscitado e confirmando na fé os seus irmãos".
"É como sinal explícito desta missão que figura no meu escudo, entre outros elementos, a concha de peregrino", explica.
Também recorda: "Eu próprio me deslocarei dentro em pouco como peregrino ao túmulo do Apóstolo São Tiago, o ‘amigo do Senhor', do mesmo modo como tenho dirigido os meus passos a outros lugares do mundo, para onde convergem numerosos fiéis com fervorosa devoção".
A mensagem está dirigida ao presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, e ao arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio, representantes da organização do 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários.
Nela, Bento XVI faz chegar aos congressistas sua "proximidade espiritual, que os alente e acompanhe no exercício de um trabalho pastoral de tanta relevância na vida eclesial".
Alto nível
Participam do congresso cerca de 300 pessoas dos cinco continentes, comprometidas no âmbito da atenção pastoral às peregrinações e santuários, com o objetivo de aprofundar na importância das peregrinações aos santuários enquanto manifestações da vida cristã e espaços de evangelização.
A última edição foi realizada há 18 anos, em Roma. Entre os numerosos expoentes, encontram-se os subsecretários das congregações pontifícias para o clero e para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, o reitor dos santuários de Lourdes e o presidente de Ajuda à Igreja que Sofre.
O Papa confia "à intercessão de Maria Santíssima e do Apóstolo São Tiago os frutos deste Congresso, ao mesmo tempo em que dirijo a minha oração a Jesus, ‘Caminho, Verdade e Vida' (Jo 14, 6), ao qual apresento todos os que, peregrinando ao longo da vida, andam à procura do seu rosto".
Sua mensagem, datada de 8 de setembro, termina com uma oração ao "Senhor Jesus, peregrino de Emaús, que caminhas ao nosso lado, por amor, mesmo se tantas vezes o desalento e a tristeza não nos deixam descobrir a tua presença".
Fonte: Zenit.
Assim destaca o Papa em sua mensagem ao 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários, que se realiza em Santiago de Compostela desde ontem até a próxima quinta-feira, 30 de setembro, com o lema "E entrou para ficar com eles", tirado da passagem evangélica dos discípulos de Emaús.
Bento XVI destaca, em primeiro lugar, a "extraordinária capacidade de atração" dos santuários, que reúnem "um crescente número de peregrinos e turistas religiosos, alguns dos quais se encontram em situações humanas e espirituais complexas, um tanto distantes da vivência da fé e com uma débil pertença eclesial".
"A todos eles Cristo se dirige com amor e esperança. A aspiração à felicidade presente no espírito encontra n'Ele a sua resposta, e é junto d'Ele que o sofrimento humano encontra um sentido."
Orientações
O Papa afirma que, "como o velho Simeão encontrou Jesus no Templo (cf. Lc 2, 25-35), assim também o peregrino deve ter a oportunidade de descobrir o Senhor no santuário".
Para que se dê essa descoberta, o Pontífice oferece diversas orientações. "É preciso fazer com que os peregrinos não percam de vista que os santuários são lugares sagrados, comportando-se, portanto, neles com devoção, respeito e decoro", pede.
"Desse modo - explica -, a Palavra de Cristo, o Filho do Deus vivo, poderá ressoar com clareza e proclamar-se-á em toda a sua integridade o acontecimento da sua morte e ressurreição, fundamento da nossa fé".
Por outro lado, Bento XVI indica que é preciso "cuidar, com grande esmero, o acolhimento dos peregrinos, dando o justo destaque, nomeadamente, à dignidade e beleza do santuário, imagem da ‘tenda de Deus com os homens' (Ap 21, 3)".
Também destaca a importância de cuidar "dos momentos e espaços de oração, tanto pessoais como comunitários; e da atenção às práticas de piedade".
"Ao mesmo tempo - acrescenta -, nunca se insistirá demasiado no fato de que os santuários hão de ser faróis de caridade, incessantemente dedicados aos mais desfavorecidos mediante obras concretas de solidariedade e misericórdia e uma constante disponibilidade para escutar."
O Papa sublinha a importância de fomentar nos santuários também "o acesso dos fiéis ao sacramento da Reconciliação, consentindo-lhes participar dignamente da Celebração Eucarística, de tal modo que esta possa ser o centro e o cume de toda a ação pastoral dos santuários".
Assim, "tornar-se-á manifesto que a Eucaristia é, sem dúvida alguma, o alimento do peregrino, o ‘sacramento de Deus, que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao nosso lado e nos indica a direção'", como recordou na homilia da solenidade de Corpus Christi de 2008.
O Bispo de Roma indica que "a celebração da Eucaristia deve ser considerada o ponto culminante da peregrinação".
Exorta também aos que se dedicam a esta belíssima missão a que favoreçam nos peregrinos, "o conhecimento e a imitação de Cristo, que continua caminhando conosco, iluminando com a sua Palavra a nossa vida e partilhando conosco, na Eucaristia, o Pão da Vida".
Dessa forma, "a peregrinação ao santuário será assim ocasião propícia para revigorar naqueles que o visitam o desejo de partilhar com outros a maravilhosa experiência de saber que somos amados por Deus e enviados ao mundo para testemunhar este amor".
O Papa, peregrino
Em sua mensagem, Bento XVI revela que, "desde o início do meu pontificado, quis viver o ministério de Sucessor de Pedro com os sentimentos do peregrino que percorre os caminhos do mundo com esperança e simplicidade, levando nos lábios e no coração a mensagem salvadora de Cristo Ressuscitado e confirmando na fé os seus irmãos".
"É como sinal explícito desta missão que figura no meu escudo, entre outros elementos, a concha de peregrino", explica.
Também recorda: "Eu próprio me deslocarei dentro em pouco como peregrino ao túmulo do Apóstolo São Tiago, o ‘amigo do Senhor', do mesmo modo como tenho dirigido os meus passos a outros lugares do mundo, para onde convergem numerosos fiéis com fervorosa devoção".
A mensagem está dirigida ao presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, e ao arcebispo de Santiago de Compostela, Dom Julián Barrio, representantes da organização do 2º Congresso Mundial de Pastoral de Peregrinações e Santuários.
Nela, Bento XVI faz chegar aos congressistas sua "proximidade espiritual, que os alente e acompanhe no exercício de um trabalho pastoral de tanta relevância na vida eclesial".
Alto nível
Participam do congresso cerca de 300 pessoas dos cinco continentes, comprometidas no âmbito da atenção pastoral às peregrinações e santuários, com o objetivo de aprofundar na importância das peregrinações aos santuários enquanto manifestações da vida cristã e espaços de evangelização.
A última edição foi realizada há 18 anos, em Roma. Entre os numerosos expoentes, encontram-se os subsecretários das congregações pontifícias para o clero e para o culto divino e a disciplina dos sacramentos, o reitor dos santuários de Lourdes e o presidente de Ajuda à Igreja que Sofre.
O Papa confia "à intercessão de Maria Santíssima e do Apóstolo São Tiago os frutos deste Congresso, ao mesmo tempo em que dirijo a minha oração a Jesus, ‘Caminho, Verdade e Vida' (Jo 14, 6), ao qual apresento todos os que, peregrinando ao longo da vida, andam à procura do seu rosto".
Sua mensagem, datada de 8 de setembro, termina com uma oração ao "Senhor Jesus, peregrino de Emaús, que caminhas ao nosso lado, por amor, mesmo se tantas vezes o desalento e a tristeza não nos deixam descobrir a tua presença".
Fonte: Zenit.
Papa é valente, segundo seu secretário particular
Bento XVI não teme as confrontações nem os debates, afirma seu secretário particular, Pe. Georg Gänswein, destacando a "valentia" do Papa.
O Pe. Gänswein aproveitou a entrega do prêmio italiano Capri San Michele - pelo seu livro "Bento XVI urbi et orbi. Com o Papa em Roma e pelos caminhos do mundo" (Livraria Editora Vaticana, 2010) - para fazer um balanço dos 5 primeiros anos do pontificado de Bento XVI.
Na intervenção, publicada pelo L'Osservatore Romano, o Pe. Gänswein destaca o lado "cálido" e a "simplicidade" daquele que foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Sublinha também a "valentia" que marca seu pontificado: "Ele não hesita ao falar dos defeitos e erros do Ocidente; critica essa violência que pretende ter uma justificativa religiosa", afirma.
Bento XVI "nunca deixa de recordar que, com o relativismo, o hedonismo e a imposição da religião por ameaça e violência, dá-se as costas para Deus".
O secretário particular de Bento XVI lembra que este Papa, a quem qualifica como "o Papa da palavra", tem muito interesse em reafirmar "o núcleo da fé cristã: o amor de Deus ao homem, que encontra na morte de Jesus na cruz e em sua ressurreição uma expressão insuperável".
Fé e razão no centro
No centro do pensamento do Papa, encontra-se a questão da relação entre fé e razão, entre religião e renúncia à violência.
Para Bento XVI - destaca seu secretário - "a reevangelização da Europa e do mundo será possível quando os homens entenderem que a fé e a razão não se opõem, mas se complementam".
"A mensagem do Sucessor de Pedro é simples e profunda ao mesmo tempo: a fé não é um problema por resolver, mas um dom por descobrir, dia a dia - explica. A fé dá alegria e plenitude."
O secretário de Bento XVI afirma finalmente que, "se todos os olhares e todas as câmeras se dirigem ao Papa, não é por ele (...); o Santo Padre não se coloca no centro, não anuncia a si mesmo", mas sim Jesus Cristo, "o único redentor do mundo".
"A fé ajuda a viver, a fé oferece alegria, a fé é um grande dom: eis aqui a convicção mais profunda do Papa Bento", acrescenta.
Um estilo próprio
Cada Papa responde ao chamado de Jesus com "sua personalidade" e "sua sensibilidade" - explica também o secretário particular do Pontífice.
"Bento XVI não é João Paulo II (...). Deus não gosta de repetições nem de fotocópias", recorda.
Por isso - continua -, "aqui há algo verdadeiramente singular e edificante: o Papa Bento se apresentou ao mundo como o primeiro devoto do seu predecessor; este é um ato de grande humildade, que surpreende e suscita admiração".
O Papa Bento XVI deu à Igreja e ao mundo uma maravilhosa lição de estilo pastoral: "Quem começa um serviço pastoral - eis aqui sua lição - não deve apagar as pegadas de quem trabalhou antes, mas sim colocar humildemente seus pés nas pegadas de quem caminhou e se cansou antes dele".
Assim, Bento XVI "acolheu esta herança e construiu a partir dela, com seu estilo humilde e reservado, com suas palavras tranquilas e profundas, com seus gestos discretos, mas incisivos".
E conclui: "João Paulo II foi o Papa das grandes imagens; Bento XVI é o Papa da palavra, da força das palavras: é um teólogo, mais que um homem de grandes gestos; um homem que ‘fala' de Deus".
Fonte: Zenit.
O Pe. Gänswein aproveitou a entrega do prêmio italiano Capri San Michele - pelo seu livro "Bento XVI urbi et orbi. Com o Papa em Roma e pelos caminhos do mundo" (Livraria Editora Vaticana, 2010) - para fazer um balanço dos 5 primeiros anos do pontificado de Bento XVI.
Na intervenção, publicada pelo L'Osservatore Romano, o Pe. Gänswein destaca o lado "cálido" e a "simplicidade" daquele que foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Sublinha também a "valentia" que marca seu pontificado: "Ele não hesita ao falar dos defeitos e erros do Ocidente; critica essa violência que pretende ter uma justificativa religiosa", afirma.
Bento XVI "nunca deixa de recordar que, com o relativismo, o hedonismo e a imposição da religião por ameaça e violência, dá-se as costas para Deus".
O secretário particular de Bento XVI lembra que este Papa, a quem qualifica como "o Papa da palavra", tem muito interesse em reafirmar "o núcleo da fé cristã: o amor de Deus ao homem, que encontra na morte de Jesus na cruz e em sua ressurreição uma expressão insuperável".
Fé e razão no centro
No centro do pensamento do Papa, encontra-se a questão da relação entre fé e razão, entre religião e renúncia à violência.
Para Bento XVI - destaca seu secretário - "a reevangelização da Europa e do mundo será possível quando os homens entenderem que a fé e a razão não se opõem, mas se complementam".
"A mensagem do Sucessor de Pedro é simples e profunda ao mesmo tempo: a fé não é um problema por resolver, mas um dom por descobrir, dia a dia - explica. A fé dá alegria e plenitude."
O secretário de Bento XVI afirma finalmente que, "se todos os olhares e todas as câmeras se dirigem ao Papa, não é por ele (...); o Santo Padre não se coloca no centro, não anuncia a si mesmo", mas sim Jesus Cristo, "o único redentor do mundo".
"A fé ajuda a viver, a fé oferece alegria, a fé é um grande dom: eis aqui a convicção mais profunda do Papa Bento", acrescenta.
Um estilo próprio
Cada Papa responde ao chamado de Jesus com "sua personalidade" e "sua sensibilidade" - explica também o secretário particular do Pontífice.
"Bento XVI não é João Paulo II (...). Deus não gosta de repetições nem de fotocópias", recorda.
Por isso - continua -, "aqui há algo verdadeiramente singular e edificante: o Papa Bento se apresentou ao mundo como o primeiro devoto do seu predecessor; este é um ato de grande humildade, que surpreende e suscita admiração".
O Papa Bento XVI deu à Igreja e ao mundo uma maravilhosa lição de estilo pastoral: "Quem começa um serviço pastoral - eis aqui sua lição - não deve apagar as pegadas de quem trabalhou antes, mas sim colocar humildemente seus pés nas pegadas de quem caminhou e se cansou antes dele".
Assim, Bento XVI "acolheu esta herança e construiu a partir dela, com seu estilo humilde e reservado, com suas palavras tranquilas e profundas, com seus gestos discretos, mas incisivos".
E conclui: "João Paulo II foi o Papa das grandes imagens; Bento XVI é o Papa da palavra, da força das palavras: é um teólogo, mais que um homem de grandes gestos; um homem que ‘fala' de Deus".
Fonte: Zenit.
Lord Patten: “A visita do Papa ao Reino Unido foi um grande êxito”
"É opinião unânime que a visita do Papa Bento XVI à Grã-Bretanha foi um grande êxito", confessou a ZENIT Lord Christopher Patten, encarregado do primeiro-ministro britânico para a visita do Papa ao Reino Unido.
"Seus quatro dias conosco foram um triunfo para Sua Santidade, para a Igreja Católica, para as denominações cristãs, para outros grupos de fé no país e para todos aqueles que ajudaram a organizar sua visita", acrescentou.
O Pontífice foi saudado por multidões, tanto de católicos como de não-católicos.
"Recordarei durante muito tempo as pessoas em Edimburgo quando ele chegou, a multidão ao longo do Mall em Londres, enquanto ele se dirigia à vigília de oração no Hyde Park, e tantos fiéis - jovens, idosos, de toda etnia e classe - em todos os eventos pastorais."
"A visita nos recordou, caso tivéssemos esquecido, o papel que os grupos de fé têm em nossa vida", sublinhou Lord Patten.
O Papa, acrescentou, "ficou claramente impressionado pela prova de que a herança cristã é (são palavras dele) ‘ainda forte e inclusive ativa em cada estrato da vida social' na Grã-Bretanha. Temos uma tradição de tolerância e moderação que reconhece o papel da religião na vida pública".
Lord Patten sublinhou, além disso, que, "em uma série de notáveis discursos e homilias, o Papa Bento XVI nos desafiou a considerar a relação entre razão e religião, e a importância de estabelecer uma base ética para a ação política".
Em sua opinião, "o discurso do Papa na Westminster Hall, cenário de tanta história inglesa, terá um impacto substancial no debate público durante muitos anos".
"A visita do Papa Bento entre nós foi, no sentido mais profundo do termo, uma visita para ser recordada - concluiu. Algumas de suas mensagens e lições ressoarão no tempo."
Fonte: Zenit.
"Seus quatro dias conosco foram um triunfo para Sua Santidade, para a Igreja Católica, para as denominações cristãs, para outros grupos de fé no país e para todos aqueles que ajudaram a organizar sua visita", acrescentou.
O Pontífice foi saudado por multidões, tanto de católicos como de não-católicos.
"Recordarei durante muito tempo as pessoas em Edimburgo quando ele chegou, a multidão ao longo do Mall em Londres, enquanto ele se dirigia à vigília de oração no Hyde Park, e tantos fiéis - jovens, idosos, de toda etnia e classe - em todos os eventos pastorais."
"A visita nos recordou, caso tivéssemos esquecido, o papel que os grupos de fé têm em nossa vida", sublinhou Lord Patten.
O Papa, acrescentou, "ficou claramente impressionado pela prova de que a herança cristã é (são palavras dele) ‘ainda forte e inclusive ativa em cada estrato da vida social' na Grã-Bretanha. Temos uma tradição de tolerância e moderação que reconhece o papel da religião na vida pública".
Lord Patten sublinhou, além disso, que, "em uma série de notáveis discursos e homilias, o Papa Bento XVI nos desafiou a considerar a relação entre razão e religião, e a importância de estabelecer uma base ética para a ação política".
Em sua opinião, "o discurso do Papa na Westminster Hall, cenário de tanta história inglesa, terá um impacto substancial no debate público durante muitos anos".
"A visita do Papa Bento entre nós foi, no sentido mais profundo do termo, uma visita para ser recordada - concluiu. Algumas de suas mensagens e lições ressoarão no tempo."
Fonte: Zenit.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Que o trabalho e a festa não separem a família
Bento XVI considera que a organização do trabalho - como mera busca do lucro - e a concepção atual da festa - como oportunidade de consumo - contribuem, infelizmente, para separar a família.
O Papa dirigiu uma carta, publicada no dia 24 de setembro, ao presidente do Conselho Pontifício para a Família, cardeal Ennio Antonelli, como preparação para o 7º Encontro Mundial das Famílias (EMF), que se realizará em Milão, de 30 de maio a 3 de junho de 2012, sobre o tema "Família: o trabalho e a festa".
Nesta carta, Bento XVI insta a "promover uma reflexão e um compromisso dirigidos a conciliar as exigências e os momentos do trabalho com os da família, e a recuperar o verdadeiro sentido da festa, especialmente da dominical, páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade".
"Em nossos dias, infelizmente, a organização do trabalho, pensada e realizada em função da concorrência do mercado e do lucro máximo, e a concepção da festa como oportunidade de evasão e de consumo, contribuem para separar a família e a comunidade, e a difundir um estilo de vida individualista", lamenta.
O Papa explica que "o trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as decisões, influenciam as relações entre os cônjuges e entre os pais e filhos, e incidem na relação da família com a sociedade e com a Igreja".
Citando o livro do Gênesis, recorda que "família, trabalho e dia festivo são dons e bênçãos de Deus para ajudar-nos a viver uma existência plenamente humana".
Segundo o Pontífice, "o desenvolvimento autêntico da pessoa inclui tanto a dimensão individual, familiar e comunitária, como as atividades e as relações funcionais, assim como a abertura à esperança e ao Bem sem limites".
Bento XVI destaca que o próximo EMF "constitui uma ocasião privilegiada para reapresentar o trabalho e a festa a partir da perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem integrada na sociedade e na Igreja, atenta à qualidade das relações, além da economia do próprio núcleo familiar".
Também expressa sua confiança em que as famílias se coloquem em marcha rumo ao encontro "Milão 2012" e aproveitem, em 2011, o 30º aniversário da exortação apostólica Familiaris consortio, "‘carta magna' da pastoral familiar", para organizar iniciativas no âmbito paroquial, diocesano e nacional.
Finalmente, Bento XVI se refere aos momentos fortes do 7º EMF: a "festa dos testemunhos", no sábado à tarde e a Missa solene no domingo de manhã.
"Estas duas celebrações, que eu presidirei, nos mostrarão como ‘família de famílias'", disse.
Fonte: Zenit.
O Papa dirigiu uma carta, publicada no dia 24 de setembro, ao presidente do Conselho Pontifício para a Família, cardeal Ennio Antonelli, como preparação para o 7º Encontro Mundial das Famílias (EMF), que se realizará em Milão, de 30 de maio a 3 de junho de 2012, sobre o tema "Família: o trabalho e a festa".
Nesta carta, Bento XVI insta a "promover uma reflexão e um compromisso dirigidos a conciliar as exigências e os momentos do trabalho com os da família, e a recuperar o verdadeiro sentido da festa, especialmente da dominical, páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade".
"Em nossos dias, infelizmente, a organização do trabalho, pensada e realizada em função da concorrência do mercado e do lucro máximo, e a concepção da festa como oportunidade de evasão e de consumo, contribuem para separar a família e a comunidade, e a difundir um estilo de vida individualista", lamenta.
O Papa explica que "o trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as decisões, influenciam as relações entre os cônjuges e entre os pais e filhos, e incidem na relação da família com a sociedade e com a Igreja".
Citando o livro do Gênesis, recorda que "família, trabalho e dia festivo são dons e bênçãos de Deus para ajudar-nos a viver uma existência plenamente humana".
Segundo o Pontífice, "o desenvolvimento autêntico da pessoa inclui tanto a dimensão individual, familiar e comunitária, como as atividades e as relações funcionais, assim como a abertura à esperança e ao Bem sem limites".
Bento XVI destaca que o próximo EMF "constitui uma ocasião privilegiada para reapresentar o trabalho e a festa a partir da perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem integrada na sociedade e na Igreja, atenta à qualidade das relações, além da economia do próprio núcleo familiar".
Também expressa sua confiança em que as famílias se coloquem em marcha rumo ao encontro "Milão 2012" e aproveitem, em 2011, o 30º aniversário da exortação apostólica Familiaris consortio, "‘carta magna' da pastoral familiar", para organizar iniciativas no âmbito paroquial, diocesano e nacional.
Finalmente, Bento XVI se refere aos momentos fortes do 7º EMF: a "festa dos testemunhos", no sábado à tarde e a Missa solene no domingo de manhã.
"Estas duas celebrações, que eu presidirei, nos mostrarão como ‘família de famílias'", disse.
Fonte: Zenit.
Populações pobres: “grandes demais para que fracassem”
- Se durante a recente crise, a política se mobilizou para ajudar os bancos, já que eram "grandes demais para que fracassem", com maior empenho terá de fazê-lo a favor dos povos que sofrem fome e pobreza, assegura o porta-voz vaticano.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, fez uma análise do histórico discurso que Bento XVI pronunciou no Westminster Hall de Londres, no dia 17 de setembro, ao mundo político, social, acadêmico, cultural e empresarial britânico, à luz da recente cúpula da ONU sobre o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
No Reino Unido, o Pontífice recordou que os governos intervieram de forma massiva e imediata para salvar instituições financeiras muito importantes que estavam à beira do fracasso.
"Considerou-se necessário intervir destinando quantidades enormes - recordava o Papa -, porque estas instituições eram ‘grandes demais para que fracassem' (Too big to fail)."
Sem esta intervenção econômica, explicou, "a economia dos países interessados teria sofrido graves danos".
Segundo explica seu porta-voz no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, o Papa quis dizer que, "se foram capazes de intervir para salvar grandes instituições financeiras, por que não se aplica a mesma coisa quando se trata do desenvolvimento dos povos da terra, da fome e da pobreza?".
"Este, sim, é um verdadeiro objetivo ‘grande demais para que fracasse'!", sublinha o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
"A partir desta perspectiva - acrescenta -, deve-se enfocar a cúpula de Nova York sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio."
"Certamente, haverá diversas avaliações - reconhece Lombardi. A empresa é ciclópea e é um apelo à colaboração, não só do governo, mas também de todas as forças ativas da sociedade, tanto do mundo desenvolvido como do que está em vias de desenvolvimento."
O sacerdote jesuíta recorda que a Igreja, nos diversos lugares do mundo, está comprometida neste campo "à luz de uma perspectiva espiritual e moral, consciente e atenta aos valores fundamentais, bem delineados na encíclica Caritas in veritate".
Como reiterava em Nova York o representante da Santa Sé, cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, "a pessoa humana deve ser colocada no centro da pesquisa para o desenvolvimento; não deve ser vista como um peso, mas como parte ativa da solução".
Fonte: Zenit.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, fez uma análise do histórico discurso que Bento XVI pronunciou no Westminster Hall de Londres, no dia 17 de setembro, ao mundo político, social, acadêmico, cultural e empresarial britânico, à luz da recente cúpula da ONU sobre o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
No Reino Unido, o Pontífice recordou que os governos intervieram de forma massiva e imediata para salvar instituições financeiras muito importantes que estavam à beira do fracasso.
"Considerou-se necessário intervir destinando quantidades enormes - recordava o Papa -, porque estas instituições eram ‘grandes demais para que fracassem' (Too big to fail)."
Sem esta intervenção econômica, explicou, "a economia dos países interessados teria sofrido graves danos".
Segundo explica seu porta-voz no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, o Papa quis dizer que, "se foram capazes de intervir para salvar grandes instituições financeiras, por que não se aplica a mesma coisa quando se trata do desenvolvimento dos povos da terra, da fome e da pobreza?".
"Este, sim, é um verdadeiro objetivo ‘grande demais para que fracasse'!", sublinha o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
"A partir desta perspectiva - acrescenta -, deve-se enfocar a cúpula de Nova York sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio."
"Certamente, haverá diversas avaliações - reconhece Lombardi. A empresa é ciclópea e é um apelo à colaboração, não só do governo, mas também de todas as forças ativas da sociedade, tanto do mundo desenvolvido como do que está em vias de desenvolvimento."
O sacerdote jesuíta recorda que a Igreja, nos diversos lugares do mundo, está comprometida neste campo "à luz de uma perspectiva espiritual e moral, consciente e atenta aos valores fundamentais, bem delineados na encíclica Caritas in veritate".
Como reiterava em Nova York o representante da Santa Sé, cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, "a pessoa humana deve ser colocada no centro da pesquisa para o desenvolvimento; não deve ser vista como um peso, mas como parte ativa da solução".
Fonte: Zenit.
Sudão: lançamento de 101 dias de oração pela paz
A campanha de "101 dias de oração pela paz no Sudão", lançada pela Conferência Episcopal do país antes do referendo sobre a autodeterminação do Sudão do Sul, previsto para 9 de janeiro, já começou nas paróquias.
Esta iniciativa, que termina em 1° de janeiro, Dia Mundial da Paz, foi proposta pelos bispos para animar as pessoas de todas as confissões a rezarem pela paz.
O convite à oração chega num momento de grande tensão política entre quem, sobretudo no norte, pede um Sudão unido e também os que são favoráveis a uma separação.
Neste país, atingido pela maior guerra civil do continente africano (1983-2005) "estes 101 dias de oração poderiam ser essenciais para manter a paz", afirmou o bispo auxiliar de Jartum, Dom Daniel Adwok Kur, em entrevista com a associação internacional de caridade Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
"A mensagem que surge desta iniciativa de oração é de reconciliação e perdão", precisou.
"Devemos ver esse processo como uma viagem pacífica, como um momento acompanhado sobretudo pela oração, colocando Deus em primeiro lugar em nossa vida, pelo bem do país", destacou o bispo.
Os 101 dias de oração, que envolvem as novas dioceses católicas do Sudão, se concentram no tema: "Mude seu coração, mude seu mundo".
A cada semana, os participantes serão convidados a encontrar-se e debater sobre questões precisas - justiça, paz, construção da comunidade e perdão -, com ideias e propostas que depois apresentarão aos bispos e sacerdotes.
A campanha conta também com um opúsculo que contém citações e orações cotidianas para cada uma das 14 semanas da iniciativa.
"Queremos que as pessoas pensem no dever de viver em paz, em que cada um deva envolver-se no processo e em que devemos refletir sobre a afirmação do Papa João Paulo II: quando se quer a paz, é preciso buscar a justiça", disse Dom Adwok Kur.
A iniciativa partiu da diocese de Rumbek, liderada pelo bispo local, Dom Cesare Mazzolari, que apresentou o programa destes 101 dias em agosto, indicando que uma das celebrações mais importantes será o Dia do Rosário (7 de outubro). Haverá também uma Missa e uma procissão na solenidade de Cristo Rei (21 de novembro) e o congresso anual dos jovens em dezembro, voltado neste ano para o compromisso dos jovens no período anterior ao referendo e sobre seu envolvimento na ajuda ao processo de votação.
Fonte: Zenit.
Esta iniciativa, que termina em 1° de janeiro, Dia Mundial da Paz, foi proposta pelos bispos para animar as pessoas de todas as confissões a rezarem pela paz.
O convite à oração chega num momento de grande tensão política entre quem, sobretudo no norte, pede um Sudão unido e também os que são favoráveis a uma separação.
Neste país, atingido pela maior guerra civil do continente africano (1983-2005) "estes 101 dias de oração poderiam ser essenciais para manter a paz", afirmou o bispo auxiliar de Jartum, Dom Daniel Adwok Kur, em entrevista com a associação internacional de caridade Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
"A mensagem que surge desta iniciativa de oração é de reconciliação e perdão", precisou.
"Devemos ver esse processo como uma viagem pacífica, como um momento acompanhado sobretudo pela oração, colocando Deus em primeiro lugar em nossa vida, pelo bem do país", destacou o bispo.
Os 101 dias de oração, que envolvem as novas dioceses católicas do Sudão, se concentram no tema: "Mude seu coração, mude seu mundo".
A cada semana, os participantes serão convidados a encontrar-se e debater sobre questões precisas - justiça, paz, construção da comunidade e perdão -, com ideias e propostas que depois apresentarão aos bispos e sacerdotes.
A campanha conta também com um opúsculo que contém citações e orações cotidianas para cada uma das 14 semanas da iniciativa.
"Queremos que as pessoas pensem no dever de viver em paz, em que cada um deva envolver-se no processo e em que devemos refletir sobre a afirmação do Papa João Paulo II: quando se quer a paz, é preciso buscar a justiça", disse Dom Adwok Kur.
A iniciativa partiu da diocese de Rumbek, liderada pelo bispo local, Dom Cesare Mazzolari, que apresentou o programa destes 101 dias em agosto, indicando que uma das celebrações mais importantes será o Dia do Rosário (7 de outubro). Haverá também uma Missa e uma procissão na solenidade de Cristo Rei (21 de novembro) e o congresso anual dos jovens em dezembro, voltado neste ano para o compromisso dos jovens no período anterior ao referendo e sobre seu envolvimento na ajuda ao processo de votação.
Fonte: Zenit.
Índia: concurso sobre Bíblia atrai quase meio milhão de pessoas
Neste domingo, cerca de meio milhão de pessoas participou, em todo o estado de Kerala (Índia), de um concurso sobre a Bíblia, no âmbito diocesano. A etapa final do popular Quiz será realizada em novembro, em Cochin, capital comercial do estado.
A iniciativa, que foi divulgada neste domingo no jornal vaticano L'Osservatore Romano, "é uma forma de conhecer cada vez mais e melhor a Bíblia e incentivar seu estudo", segundo afirmou o Pe. Joshy Mayyattil, secretário da Kerala Catholic Bible Society, apoiadora da iniciativa.
O Logos Quiz, realizado ontem, contou com a participação de "cerca de meio milhão de pessoas, pertencentes a 3.200 paróquias de Kerala", na sua décima edição.
Os concursantes - informa uma nota de imprensa dos organizadores - foram divididos em grupos por idades, desde os 10 anos até mais de 60; os ganhadores da primeira fase participarão da final, que acontecerá em novembro.
Kerala é o estado indiano com maior número de cristãos: cerca de 7 milhões, dos quais mais de 4 milhões são católicos.
Esta região da costa sudoeste da Índia goza de uma fé com séculos de história, já que, segundo a tradição, chegou a estas terras graças ao apóstolo Tomé.
O concurso, iniciado em 2000, só aumentou seu número de participantes, dos 125 mil iniciais até os 483,170 que se inscreveram neste ano.
O testemunho de Leena Mathew, funcionária bancária de Cochin, que ganhou o concurso em 2007 e 2008, revela a evolução desta iniciativa.
Há três anos, Leena começou a preparar sua filha, que queria participar do quiz. Ela considerava a leitura da Bíblia apenas outra tarefa, assim como as de casa e do trabalho. Pouco a pouco, descobriu que a Bíblia é "fonte de grande alimento espiritual" e decidiu participar também; ganhou duas edições seguidas.
Kerala é o estado mais alfabetizado do país, com uma taxa de mais de 90%. Aqui, os católicos estão 10 vezes mais presentes que em outros lugares, e convivem em paz com hindus e muçulmanos. É também o estado com o maior índice de leitura de todo o país.
Atualmente, uma edição semanal do jornal L'Osservatore Romano é impressa na língua local, o malayalam.
Para mais informações: www.keralabiblesociety.com.
Fonte: Zenit.
A iniciativa, que foi divulgada neste domingo no jornal vaticano L'Osservatore Romano, "é uma forma de conhecer cada vez mais e melhor a Bíblia e incentivar seu estudo", segundo afirmou o Pe. Joshy Mayyattil, secretário da Kerala Catholic Bible Society, apoiadora da iniciativa.
O Logos Quiz, realizado ontem, contou com a participação de "cerca de meio milhão de pessoas, pertencentes a 3.200 paróquias de Kerala", na sua décima edição.
Os concursantes - informa uma nota de imprensa dos organizadores - foram divididos em grupos por idades, desde os 10 anos até mais de 60; os ganhadores da primeira fase participarão da final, que acontecerá em novembro.
Kerala é o estado indiano com maior número de cristãos: cerca de 7 milhões, dos quais mais de 4 milhões são católicos.
Esta região da costa sudoeste da Índia goza de uma fé com séculos de história, já que, segundo a tradição, chegou a estas terras graças ao apóstolo Tomé.
O concurso, iniciado em 2000, só aumentou seu número de participantes, dos 125 mil iniciais até os 483,170 que se inscreveram neste ano.
O testemunho de Leena Mathew, funcionária bancária de Cochin, que ganhou o concurso em 2007 e 2008, revela a evolução desta iniciativa.
Há três anos, Leena começou a preparar sua filha, que queria participar do quiz. Ela considerava a leitura da Bíblia apenas outra tarefa, assim como as de casa e do trabalho. Pouco a pouco, descobriu que a Bíblia é "fonte de grande alimento espiritual" e decidiu participar também; ganhou duas edições seguidas.
Kerala é o estado mais alfabetizado do país, com uma taxa de mais de 90%. Aqui, os católicos estão 10 vezes mais presentes que em outros lugares, e convivem em paz com hindus e muçulmanos. É também o estado com o maior índice de leitura de todo o país.
Atualmente, uma edição semanal do jornal L'Osservatore Romano é impressa na língua local, o malayalam.
Para mais informações: www.keralabiblesociety.com.
Fonte: Zenit.
Episcopado colombiano espera paz após morte do chefe guerrilheiro
O presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), arcebispo Rubén Salazar Gómez, afirmou que acredita que a morte do chefe guerrilheiro Víctor Suárez Rojas, conhecido como "Jorge Briceño" ou "Mono Jojoy", possa servir como início de um processo de acordo com o grupo subversivo Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
"Recebemos a notícia pedindo ao Senhor que esta morte - no começo dói, pois é um colombiano morto - seja o princípio de um processo de acordo com as FARC. Que essa morte signifique que as FARC estejam num processo de reflexão política e se aproximem do governo para começar um diálogo de paz", afirmou Dom Salazar Gómez em conversa com os jornalistas, na abertura da Expocatólica Colômbia 2, em Bogotá.
"A mensagem é que façamos a paz, já que a guerra nos causou muitos danos, tivemos angústia, dor, perdas de vida e essa guerra tem de cessar. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as FARC deixem a atitude de guerra e, portanto, aceitem as condições fundamentais que o governo propõe, que não são nada além do respeito ao Direito Internacional Humanitário para poder iniciar um verdadeiro processo de paz", acrescentou o presidente do episcopado, em 23 de setembro.
Nesse dia aconteceu uma operação do exército colombiano contra o acampamento da La Macarena, na qual morreu o comandante militar das FARC e cerca de 20 guerrilheiros.
Fonte: Zenit
"Recebemos a notícia pedindo ao Senhor que esta morte - no começo dói, pois é um colombiano morto - seja o princípio de um processo de acordo com as FARC. Que essa morte signifique que as FARC estejam num processo de reflexão política e se aproximem do governo para começar um diálogo de paz", afirmou Dom Salazar Gómez em conversa com os jornalistas, na abertura da Expocatólica Colômbia 2, em Bogotá.
"A mensagem é que façamos a paz, já que a guerra nos causou muitos danos, tivemos angústia, dor, perdas de vida e essa guerra tem de cessar. Mas, para que isso aconteça, é preciso que as FARC deixem a atitude de guerra e, portanto, aceitem as condições fundamentais que o governo propõe, que não são nada além do respeito ao Direito Internacional Humanitário para poder iniciar um verdadeiro processo de paz", acrescentou o presidente do episcopado, em 23 de setembro.
Nesse dia aconteceu uma operação do exército colombiano contra o acampamento da La Macarena, na qual morreu o comandante militar das FARC e cerca de 20 guerrilheiros.
Fonte: Zenit
Superar as diferenças e disputas para viver a unidade
Artigo de Dom Orani sobre a visita “ad limina” dos bispos do Rio de Janeiro
Apresentamos, a seguir, a reflexão de Dom Orani João Tempesta sobre a visita ad limina apostolorum que os bispos do Rio de Janeiro (Regional Leste 1) estão realizando à Santa Sé.
* * *
A visita "ad limina Apostolorum", que significa no limiar, na soleira, na entrada, nos limites (das basílicas) dos apóstolos (Pedro e Paulo), é uma visita dos bispos diocesanos aos túmulos dos Apóstolos, na Diocese de Roma, a primeira de todas as Dioceses do mundo e onde está a Sé de Pedro, com quem se encontram na pessoa do Santo Padre.Visita esta carregada de importância e feita com periodicidade quinquenal, ou seja, obrigatória a cada cinco anos. Evidentemente que isso depende muito da época e dos compromissos do Papa e do número de Bispos Católicos. Ela é prevista no Código de Direito Canônico nos seus cânones 399-400 ("o Bispo deve ir a Roma para venerar os sepulcros dos Apóstolos Pedro e Paulo e apresentar-se ao Romano Pontífice").Essa tradição salutar é uma graça de Deus que nos dá oportunidade de estar junto à Sé de Pedro como um voltar às fontes e às inspirações originais em tudo aquilo que significa esses locais. Também as congregações, institutos, comunidades e grupos diversos hoje fazem o mesmo, enviando as pessoas que estão ligadas a certo trabalho ou carisma a irem atualizar-se nos locais onde a vida e o carisma iniciaram. Isso faz parte de toda instituição que busca retornar sempre ao carisma inicial. Recordemos o esforço do Concílio Ecumênico Vaticano II sobre o tema da "volta às fontes". A presença nos locais históricos ajuda-nos a estar ainda mais unidos ao espírito inicial.Por isso, no seu cerne, é uma demonstração de afeto e de obediência ao sucessor de Pedro, num reconhecimento visível de sua universal jurisdição sobre todo o orbe católico, dentro de uma peregrinação dos bispos a Roma e com um encontro pessoal com o Santo Padre.Por sua vez, o Santo Padre demonstra afeto e solicitude para com todas as dioceses do mundo, dando-lhes conselhos e orientações e, claro, diretrizes. Nos pronunciamentos do Papa, encontramos algo próprio para cada regional que faz a visita e também uma orientação para toda a Igreja que está no Brasil, de forma que, colecionando e publicando os textos dos discursos do Santo Padre, temos um tratado de reflexões sobre a caminhada da Igreja em nosso País.Desde remotos idos, era costume que os bispos fizessem esta visita periódica ao Papa, em Roma. As primeiras manifestações dessas visitas, nós as encontramos na prática entre os bispos italianos, cuja jurisdição se mostrava mais próximas da Sé Apostólica. Sob o Primado do Papa Zacarias (743), encontramos decretos pedindo aos bispos da Sicília que fizessem uma visita a Roma uma vez pelo menos a cada três anos, o que depois foi alongado para cinco anos. O caráter obrigatório das visitas foi expresso sob o Pontificado de Pascoal II e principalmente em decretos de Inocêncio III.O ritmo atual das visitas está nas decretais do Papa São Pio X. Em dezembro de 1909 o Sumo Pontífice já pedia que os Bispos enviassem junto com a visita um relatório completo sobre o estado de suas dioceses. Essa obrigatoriedade é contemplada hoje no Código de Direito Canônico: "o Bispo Diocesano tem obrigação de apresentar ao Sumo Pontífice, a cada cinco anos, um relatório sobre a situação da diocese que lhe está confiada" (can 399).Nesse relatório, os bispos prestam contas de suas administrações ao Papa e à Santa Sé. Podemos resumir este relatório da seguinte forma: nome, idade e pátria, sua ordem religiosa, se a ela o bispo pertenceu quando foi sagrado bispo. Depois uma declaração geral do estado da sua diocese e o crescimento ou decréscimo do número de fiéis, e a sua relação com o último quinquênio apresentado. Informa-se também a origem da diocese, seu grau hierárquico: diocese ou arquidiocese, e, nesta última, o número de sedes sufragâneas. A extensão territorial da diocese, a sua língua e endereços de correspondências para eventuais consultas posteriores e complementares. Se há católicos de outros ritos presentes em seu território, o número possível de não católicos e a presença de outras igrejas ou denominações religiosas de expressão. Informa-se também, é claro, o número de sacerdotes e de ordenações acontecidas e a questão vocacional e a presença de seminaristas em sua casa de formação. Menciona-se o número de paróquias e outros lugares de culto e também a presença e o número de casas religiosas e colégios católicos. Enfim, é um relatório minucioso sobre a situação geral e o estado específico da diocese. Esse relatório deve ser entregue em até seis meses antes da visita e não menos de três meses do início desta.A periodicidade começou em 1911. Existia, no passado, certa organização, quando, nos primeiros cinco anos, caberia aos bispos da Itália e aos bispos das ilhas da Córsega, Sardenha e Sicilia e Malta; no segundo período, aos bispos da Espanha, Portugal, França, Bélgica, Países Baixos, Inglaterra, Escócia e Irlanda; no terceiro período caberia aos Bispos do Império austro-húngaro e Alemão, e o resto da Europa, no quarto período aos bispos da América e quinto período aos bispos Africanos, Ásia, Austrália e ilhas adjacentes. Evidentemente que hoje depende muito das circunstâncias e das novas realidades. Hoje os documentos que regulam a visita são o Decreto "Ad Romanan Ecclesiam" de 29 de junho de 1975 e os artigos 28 a 32 da Constituição "Pastor Bonus" de João Paulo II, de 28 de Junho de 1988.Durante o ano santo de 2000, o Papa João Paulo II suspendeu as visitas ad limina devido às comemorações do Ano Santo. Com a sua doença e retorno ao Pai e a eleição do Papa Bento XVI, as datas foram postergadas. Podemos notar também que o número de bispos cresceu significativamente nos últimos anos. De acordo com o anuário pontifício, no final de 1983 tínhamos 2.285 bispos diocesanos no mundo e outros 651 bispos auxiliares. Até o final de 2006 havia 2.705 bispos e cerca de 610 bispos auxiliares. Em essência, isso significa que o Papa teria que atender, em média, 457 bispos diocesanos a cada ano, a fim de vê-los todos, novamente, em cinco anos. Hoje essa média subiu para 541.Embora a obrigação da visita seja dos bispos titulares, estes, em geral, se fazem acompanhar pelos auxiliares. Assim como o Papa assume uma visita de cerca de 10-20 minutos por grupo, se multiplicarmos isso em horas chegaremos a números significativos para a agenda papal.Essa visita é, evidentemente, uma visita de trabalho, de reuniões e de contatos que os bispos fazem junto à Santa Sé e a seus diversos organismos e dicastérios e comissões pontifícias. O nosso Regional Leste 1, além das celebrações nas Basílicas Romanas e da audiência e encontro com o Santo Padre, já agendou em média três visitas aos vários departamentos da Cúria Romana, durante os dias da visita "ad limina", que acontece de 23 a 30 deste mês de setembro.Peçamos ao Senhor que esta visita seja uma fonte de graças para a nossa Arquidiocese, e que lá, junto ao túmulo de Pedro e junto ao seu sucessor, o Santo Padre Bento XVI, possamos buscar forças para a nossa caminhada, e que as suas diretivas nos ajudem, como sinalizou em sua recente visita pastoral ao Reino Unido, já "que a proclamação cristã e o testemunho são cada vez mais importantes em um mundo marcado não somente pelo individualismo, mas também "indiferente ou inclusive hostil à mensagem cristã". Por isso, estar com o Papa Bento XVI é ter a certeza de "que a fidelidade exige obediência para poder alcançar uma compreensão mais profunda da vontade do Senhor".Irei levando todos os queridos arquidiocesanos no coração e nas orações em todas as atividades que teremos durante esta semana, anseios, alegrias, dificuldades, buscas, sonhos. Assim, junto com os bispos do Regional Leste 1, que compreende o Estado do Rio de Janeiro e alguns irmãos bispos que se associaram a nós, fazemos essa romaria para renovar a bonita e corajosa obediência que deve estar "livre de conformismo intelectual ou acomodação fácil às modas do momento". Por isso, unidos ao Papa Bento XVI, temos a convicção de que as suas palavras são sempre palavras que nos guiam neste momento histórico: "de fidelidade ao seu ministério de Bispo de Roma e Sucessor de São Pedro, encarregado de cuidar especialmente da unidade do rebanho de Cristo."É isso que esperamos desta visita e esta é a nossa meta de Arcebispo do Rio de Janeiro: superar as diferenças e disputas para vivermos a unidade "UT OMNES UNUM SINT".
(Com Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro)
Apresentamos, a seguir, a reflexão de Dom Orani João Tempesta sobre a visita ad limina apostolorum que os bispos do Rio de Janeiro (Regional Leste 1) estão realizando à Santa Sé.
* * *
A visita "ad limina Apostolorum", que significa no limiar, na soleira, na entrada, nos limites (das basílicas) dos apóstolos (Pedro e Paulo), é uma visita dos bispos diocesanos aos túmulos dos Apóstolos, na Diocese de Roma, a primeira de todas as Dioceses do mundo e onde está a Sé de Pedro, com quem se encontram na pessoa do Santo Padre.Visita esta carregada de importância e feita com periodicidade quinquenal, ou seja, obrigatória a cada cinco anos. Evidentemente que isso depende muito da época e dos compromissos do Papa e do número de Bispos Católicos. Ela é prevista no Código de Direito Canônico nos seus cânones 399-400 ("o Bispo deve ir a Roma para venerar os sepulcros dos Apóstolos Pedro e Paulo e apresentar-se ao Romano Pontífice").Essa tradição salutar é uma graça de Deus que nos dá oportunidade de estar junto à Sé de Pedro como um voltar às fontes e às inspirações originais em tudo aquilo que significa esses locais. Também as congregações, institutos, comunidades e grupos diversos hoje fazem o mesmo, enviando as pessoas que estão ligadas a certo trabalho ou carisma a irem atualizar-se nos locais onde a vida e o carisma iniciaram. Isso faz parte de toda instituição que busca retornar sempre ao carisma inicial. Recordemos o esforço do Concílio Ecumênico Vaticano II sobre o tema da "volta às fontes". A presença nos locais históricos ajuda-nos a estar ainda mais unidos ao espírito inicial.Por isso, no seu cerne, é uma demonstração de afeto e de obediência ao sucessor de Pedro, num reconhecimento visível de sua universal jurisdição sobre todo o orbe católico, dentro de uma peregrinação dos bispos a Roma e com um encontro pessoal com o Santo Padre.Por sua vez, o Santo Padre demonstra afeto e solicitude para com todas as dioceses do mundo, dando-lhes conselhos e orientações e, claro, diretrizes. Nos pronunciamentos do Papa, encontramos algo próprio para cada regional que faz a visita e também uma orientação para toda a Igreja que está no Brasil, de forma que, colecionando e publicando os textos dos discursos do Santo Padre, temos um tratado de reflexões sobre a caminhada da Igreja em nosso País.Desde remotos idos, era costume que os bispos fizessem esta visita periódica ao Papa, em Roma. As primeiras manifestações dessas visitas, nós as encontramos na prática entre os bispos italianos, cuja jurisdição se mostrava mais próximas da Sé Apostólica. Sob o Primado do Papa Zacarias (743), encontramos decretos pedindo aos bispos da Sicília que fizessem uma visita a Roma uma vez pelo menos a cada três anos, o que depois foi alongado para cinco anos. O caráter obrigatório das visitas foi expresso sob o Pontificado de Pascoal II e principalmente em decretos de Inocêncio III.O ritmo atual das visitas está nas decretais do Papa São Pio X. Em dezembro de 1909 o Sumo Pontífice já pedia que os Bispos enviassem junto com a visita um relatório completo sobre o estado de suas dioceses. Essa obrigatoriedade é contemplada hoje no Código de Direito Canônico: "o Bispo Diocesano tem obrigação de apresentar ao Sumo Pontífice, a cada cinco anos, um relatório sobre a situação da diocese que lhe está confiada" (can 399).Nesse relatório, os bispos prestam contas de suas administrações ao Papa e à Santa Sé. Podemos resumir este relatório da seguinte forma: nome, idade e pátria, sua ordem religiosa, se a ela o bispo pertenceu quando foi sagrado bispo. Depois uma declaração geral do estado da sua diocese e o crescimento ou decréscimo do número de fiéis, e a sua relação com o último quinquênio apresentado. Informa-se também a origem da diocese, seu grau hierárquico: diocese ou arquidiocese, e, nesta última, o número de sedes sufragâneas. A extensão territorial da diocese, a sua língua e endereços de correspondências para eventuais consultas posteriores e complementares. Se há católicos de outros ritos presentes em seu território, o número possível de não católicos e a presença de outras igrejas ou denominações religiosas de expressão. Informa-se também, é claro, o número de sacerdotes e de ordenações acontecidas e a questão vocacional e a presença de seminaristas em sua casa de formação. Menciona-se o número de paróquias e outros lugares de culto e também a presença e o número de casas religiosas e colégios católicos. Enfim, é um relatório minucioso sobre a situação geral e o estado específico da diocese. Esse relatório deve ser entregue em até seis meses antes da visita e não menos de três meses do início desta.A periodicidade começou em 1911. Existia, no passado, certa organização, quando, nos primeiros cinco anos, caberia aos bispos da Itália e aos bispos das ilhas da Córsega, Sardenha e Sicilia e Malta; no segundo período, aos bispos da Espanha, Portugal, França, Bélgica, Países Baixos, Inglaterra, Escócia e Irlanda; no terceiro período caberia aos Bispos do Império austro-húngaro e Alemão, e o resto da Europa, no quarto período aos bispos da América e quinto período aos bispos Africanos, Ásia, Austrália e ilhas adjacentes. Evidentemente que hoje depende muito das circunstâncias e das novas realidades. Hoje os documentos que regulam a visita são o Decreto "Ad Romanan Ecclesiam" de 29 de junho de 1975 e os artigos 28 a 32 da Constituição "Pastor Bonus" de João Paulo II, de 28 de Junho de 1988.Durante o ano santo de 2000, o Papa João Paulo II suspendeu as visitas ad limina devido às comemorações do Ano Santo. Com a sua doença e retorno ao Pai e a eleição do Papa Bento XVI, as datas foram postergadas. Podemos notar também que o número de bispos cresceu significativamente nos últimos anos. De acordo com o anuário pontifício, no final de 1983 tínhamos 2.285 bispos diocesanos no mundo e outros 651 bispos auxiliares. Até o final de 2006 havia 2.705 bispos e cerca de 610 bispos auxiliares. Em essência, isso significa que o Papa teria que atender, em média, 457 bispos diocesanos a cada ano, a fim de vê-los todos, novamente, em cinco anos. Hoje essa média subiu para 541.Embora a obrigação da visita seja dos bispos titulares, estes, em geral, se fazem acompanhar pelos auxiliares. Assim como o Papa assume uma visita de cerca de 10-20 minutos por grupo, se multiplicarmos isso em horas chegaremos a números significativos para a agenda papal.Essa visita é, evidentemente, uma visita de trabalho, de reuniões e de contatos que os bispos fazem junto à Santa Sé e a seus diversos organismos e dicastérios e comissões pontifícias. O nosso Regional Leste 1, além das celebrações nas Basílicas Romanas e da audiência e encontro com o Santo Padre, já agendou em média três visitas aos vários departamentos da Cúria Romana, durante os dias da visita "ad limina", que acontece de 23 a 30 deste mês de setembro.Peçamos ao Senhor que esta visita seja uma fonte de graças para a nossa Arquidiocese, e que lá, junto ao túmulo de Pedro e junto ao seu sucessor, o Santo Padre Bento XVI, possamos buscar forças para a nossa caminhada, e que as suas diretivas nos ajudem, como sinalizou em sua recente visita pastoral ao Reino Unido, já "que a proclamação cristã e o testemunho são cada vez mais importantes em um mundo marcado não somente pelo individualismo, mas também "indiferente ou inclusive hostil à mensagem cristã". Por isso, estar com o Papa Bento XVI é ter a certeza de "que a fidelidade exige obediência para poder alcançar uma compreensão mais profunda da vontade do Senhor".Irei levando todos os queridos arquidiocesanos no coração e nas orações em todas as atividades que teremos durante esta semana, anseios, alegrias, dificuldades, buscas, sonhos. Assim, junto com os bispos do Regional Leste 1, que compreende o Estado do Rio de Janeiro e alguns irmãos bispos que se associaram a nós, fazemos essa romaria para renovar a bonita e corajosa obediência que deve estar "livre de conformismo intelectual ou acomodação fácil às modas do momento". Por isso, unidos ao Papa Bento XVI, temos a convicção de que as suas palavras são sempre palavras que nos guiam neste momento histórico: "de fidelidade ao seu ministério de Bispo de Roma e Sucessor de São Pedro, encarregado de cuidar especialmente da unidade do rebanho de Cristo."É isso que esperamos desta visita e esta é a nossa meta de Arcebispo do Rio de Janeiro: superar as diferenças e disputas para vivermos a unidade "UT OMNES UNUM SINT".
(Com Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro)
Papa a bispos brasileiros: a renovação se funda no perdão
Do perdão nasce a verdadeira renovação da Igreja e da sociedade: assim sublinhou o Papa no último sábado, no discurso dirigido aos bispos brasileiros do Regional Leste 1, que compreende o Estado do Rio de Janeiro, em sua visita ad limina apostolorum à Santa Sé.
De fato, afirmou o Papa, "o núcleo da crise espiritual do nosso tempo tem as suas raízes no obscurecimento da graça do perdão. Quando este não é reconhecido como real e eficaz, tende-se a libertar a pessoa da culpa, fazendo com que as condições para a sua possibilidade nunca se verifiquem. Mas, no seu íntimo, as pessoas assim ‘libertadas' sabem que isso não é verdade, que o pecado existe e que elas mesmas são pecadoras".
Bento XVI criticou, portanto, certas correntes da psicologia que sentem "grande dificuldade em admitir que, entre os sentimentos de culpa, possa haver também os devidos a uma verdadeira culpa".
No entanto, sublinhou o Pontífice, "todos nós temos necessidade d'Ele, como Escultor divino que remove as incrustações de pó e lixo que se pousaram sobre a imagem de Deus inscrita em nós. Precisamos do perdão, que constitui o cerne de toda a verdadeira reforma: refazendo a pessoa no seu íntimo, torna-se também o centro da renovação da comunidade".
Só a partir dessa renovação profunda do indivíduo é que nasce a Igreja, "que une e sustenta na vida e na morte. Ela é uma companhia na subida, na realização daquela purificação que nos torna capazes da verdadeira altura do ser homens, da companhia com Deus".
Jovens
O Papa mostrou também sua especial solicitude pelos jovens, revelando que um tema habitual das suas conversas com os bispos nas visitas ad limina é precisamente a situação dos jovens em suas dioceses.
"Deixando transparecer o rosto de Cristo, a Igreja é a juventude do mundo - afirmou o Papa. Mas será muito difícil convencer alguém disso mesmo, se não se revê nela a geração jovem de hoje."
"Confiado na providência divina, que amorosamente preside os destinos da história não cessando de preparar os tempos futuros, apraz-me ver raiar o dia de amanhã nos jovens de hoje", acrescentou, recordando como o Papa João Paulo II saudou os jovens em Roma, no ano 2000, chamando-os de "as sentinelas da manhã".
Os jovens cristãos têm "a tarefa de despertar os seus irmãos para se fazerem ao largo no vasto oceano do terceiro milênio", afirmou, recordando "as longas filas de jovens que esperavam para se confessar no Circo Máximo e que voltaram a dar a muitos sacerdotes a confiança no sacramento da Penitência".
Fonte: Zenit.
De fato, afirmou o Papa, "o núcleo da crise espiritual do nosso tempo tem as suas raízes no obscurecimento da graça do perdão. Quando este não é reconhecido como real e eficaz, tende-se a libertar a pessoa da culpa, fazendo com que as condições para a sua possibilidade nunca se verifiquem. Mas, no seu íntimo, as pessoas assim ‘libertadas' sabem que isso não é verdade, que o pecado existe e que elas mesmas são pecadoras".
Bento XVI criticou, portanto, certas correntes da psicologia que sentem "grande dificuldade em admitir que, entre os sentimentos de culpa, possa haver também os devidos a uma verdadeira culpa".
No entanto, sublinhou o Pontífice, "todos nós temos necessidade d'Ele, como Escultor divino que remove as incrustações de pó e lixo que se pousaram sobre a imagem de Deus inscrita em nós. Precisamos do perdão, que constitui o cerne de toda a verdadeira reforma: refazendo a pessoa no seu íntimo, torna-se também o centro da renovação da comunidade".
Só a partir dessa renovação profunda do indivíduo é que nasce a Igreja, "que une e sustenta na vida e na morte. Ela é uma companhia na subida, na realização daquela purificação que nos torna capazes da verdadeira altura do ser homens, da companhia com Deus".
Jovens
O Papa mostrou também sua especial solicitude pelos jovens, revelando que um tema habitual das suas conversas com os bispos nas visitas ad limina é precisamente a situação dos jovens em suas dioceses.
"Deixando transparecer o rosto de Cristo, a Igreja é a juventude do mundo - afirmou o Papa. Mas será muito difícil convencer alguém disso mesmo, se não se revê nela a geração jovem de hoje."
"Confiado na providência divina, que amorosamente preside os destinos da história não cessando de preparar os tempos futuros, apraz-me ver raiar o dia de amanhã nos jovens de hoje", acrescentou, recordando como o Papa João Paulo II saudou os jovens em Roma, no ano 2000, chamando-os de "as sentinelas da manhã".
Os jovens cristãos têm "a tarefa de despertar os seus irmãos para se fazerem ao largo no vasto oceano do terceiro milênio", afirmou, recordando "as longas filas de jovens que esperavam para se confessar no Circo Máximo e que voltaram a dar a muitos sacerdotes a confiança no sacramento da Penitência".
Fonte: Zenit.
Bento XVI voltará ao Vaticano nesta quinta-feira
Bento XVI anunciou que voltará a Roma, ao Vaticano, na próxima quinta-feira, dia 30 de setembro, depois de uma estadia de quase 3 meses em Castel Gandolfo, que incluiu alguns deslocamentos e viagens.
Neste verão boreal, o Papa não passou uns dias de férias nos Alpes, como nos anos anteriores, mas permaneceu quase todo o verão na residência papal de Castel Gandolfo, desde a quarta-feira, 7 de julho.
Retomou as audiências gerais das quartas-feiras no dia 4 de agosto, assim como as audiências privadas e as visitas ad limina.
"Queridos amigos - anunciou o Papa ontem, depois de rezar o Ângelus -, se Deus quiser, na quinta-feira que vem voltarei a Roma; então, desejando-vos um feliz domingo, dirijo um ‘até logo' cordial à comunidade de Castel Gandolfo."
Durante suas férias, o Papa viajou ao Reino Unido, de 16 a 19 de setembro, e também visitou Carpineto Romano, no dia 5 de setembro.
É possível que ele tenha preparado sua próxima visita a Palermo, programada para o dia 3 de outubro, e sua viagem à Espanha, em novembro.
Sem esquecer a música, o Pontífice também teria trabalhado em seu terceiro livro sobre Jesus de Nazaré e em uma quarta encíclica, talvez sobre a fé - depois de ter escrito sobre as duas outras virtudes teologais: a caridade (Deus caritas est) e a esperança (Spe salvi).
Bento XVI também recebeu, como todos os anos, seus ex-alunos do Ratzinger Schülerkreis, durante um encontro realizado de 27 a 29 de agosto, e o ex-bispo de Basileia e novo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Kurt Koch, como convidado de honra, a quem o Papa recebeu em audiência no dia 29 de agosto.
Fonte: Zenit.
Neste verão boreal, o Papa não passou uns dias de férias nos Alpes, como nos anos anteriores, mas permaneceu quase todo o verão na residência papal de Castel Gandolfo, desde a quarta-feira, 7 de julho.
Retomou as audiências gerais das quartas-feiras no dia 4 de agosto, assim como as audiências privadas e as visitas ad limina.
"Queridos amigos - anunciou o Papa ontem, depois de rezar o Ângelus -, se Deus quiser, na quinta-feira que vem voltarei a Roma; então, desejando-vos um feliz domingo, dirijo um ‘até logo' cordial à comunidade de Castel Gandolfo."
Durante suas férias, o Papa viajou ao Reino Unido, de 16 a 19 de setembro, e também visitou Carpineto Romano, no dia 5 de setembro.
É possível que ele tenha preparado sua próxima visita a Palermo, programada para o dia 3 de outubro, e sua viagem à Espanha, em novembro.
Sem esquecer a música, o Pontífice também teria trabalhado em seu terceiro livro sobre Jesus de Nazaré e em uma quarta encíclica, talvez sobre a fé - depois de ter escrito sobre as duas outras virtudes teologais: a caridade (Deus caritas est) e a esperança (Spe salvi).
Bento XVI também recebeu, como todos os anos, seus ex-alunos do Ratzinger Schülerkreis, durante um encontro realizado de 27 a 29 de agosto, e o ex-bispo de Basileia e novo presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Kurt Koch, como convidado de honra, a quem o Papa recebeu em audiência no dia 29 de agosto.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Jovem com perfil no Facebook vai ser beatificada
Jovens de todas as partes do mundo acompanham com ansiedade celebrações da Igreja Católica, marcadas para o próximo sábado (25) e domingo (26) em Roma. É quando o papa Bento XVI vai oficializar a beatificação de Chiara Badano, uma jovem italiana, que morreu em 1990. Uma candidata à santa bastante moderna, e com devotos que não poupam os recursos de comunicação atuais para fazê-la cada dia mais conhecida.
Não é comum que o rigoroso processo de canonização da Igreja reconheça tão rapidamente as virtudes de um cristão e o apresente como modelo de vida a ser seguido. No caso de Chiara Badano é ainda notável que as autoridades eclesiais tenham se convencido que uma garota de apenas 18 anos tenham alcançado um elevado grau de maturidade espiritual. A história de Chiara vem sendo divulgada nos últimos anos pelas mais diversas redes sociais da internet e o perfil dela no Facebook reúne mais de 10 mil pessoas, muitas não católicas , que não se cansam de manifestar a intenção de acompanhar a cerimônia na Itália.
A simpatia por Chiara parece ter relação com o seu estilo de vida absolutamente comum , combinado com uma fé religiosa demonstrada de modo particular um ano antes da sua morte, quando soube que tinha um tumor maligno nos ossos. Quem foi Chiara ?Chiara nasceu na cidadezinha de Sasselo, no norte da Itália. Filha única de pais que esperaram 11 anos pela gravidez tão desejada. Segundo a família, desde pequena demonstrou muita preocupação com os mais necessitados e no Jardim da Infância dizia que queria ser médica para cuidar dos doentes na África.
Os amigos contam que ela era uma criança alegre e bastante ativa, mas com uma sensibilidade para as coisas divinas.
Aos 9 anos de idade conheceu o movimento Gen (Geração Nova), um ramo juvenil do Movimento dos Focolares (www.focolares.org.br). Viveu a sua espiritualidade e pouco a pouco envolveu também os pais na proposta de colocar Deus em primeiro lugar de sua vida. Na adolescência se dividia entre os estudos e a prática de esportes. Um dos momentos mais marcantes da adolescência foi quando acabou reprovada na escola e teve que enfrentar a dor da humilhação e recomeçar. Sobre esse episódio ela escreveu:
«Este ano estou numa classe e numa seção nova, porque estou repetindo o ano. Quando entrei pela primeira vez na sala de aula tinha um certo receio, porque não conhecia ninguém e tinha medo de ser facilmente posta de lado pelos outros. Depois pensei que podia assemelhar-me um pouco a Jesus Abandonado e entrei cheia de alegria. Os colegas foram muito simpáticos comigo e já nos conhecemos todos. Então pedi a Jesus para estar sempre pronta a querer-lhes bem, em cada momento».
A jovem tinha freqüentes dores no ombro esquerdo, mas não dava importância. Aos 17 anos, durante uma partida de tênis, teve que largar a raquete porque a dor aguda a impedia de jogar.
Exames confirmaram que ela tinha um osteossarcoma, um tumor maligno muito grave. Os pais contam que ao receber o diagnóstico ela se fechou no quarto por 25 minutos em silêncio.
Ao sair, disse sorrindo à mãe que tinha conversado com Jesus através de uma oração e que estava disposta a aceitar o difícil tratamento que viria: “Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também”. O bispo de Turim a visitava no hospital e confirmou que todos, inclusive médicos ateus, ficavam desconcertados com o clima de paz e alegria que a jovem irradiava. Os amigos que a visitavam para consolá-la voltavam para casa consolados. Pouco antes de falecer, ela revelou: “Vocês não podem imaginar como é agora o meu relacionamento com Jesus... Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar neste leito por anos, não sei. Interessa-me unicamente a vontade de Deus, fazê-la bem no momento presente: aceitar os desafios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a doença chegou a paralisar as pernas com contrações muito dolorosas), eu diria não, porque assim estou mais perto de Jesus”. Quando já era evidente que os esforços médicos não tinham efeito, viu a mãe preocupada e disse: “Confie em Deus, pois você fez tudo. Quando eu tiver morrido, siga Deus e encontrará a força para ir em frente”. A Igreja Católica reconhece em Chiara Badano um exemplo que poderá inspirar muitos outros jovens a fazer a Vontade de Deus, nas circunstâncias mais simples até as mais dolorosas. A sua “fama de santidade” se estendeu imediatamente em várias partes do mundo. Em Campinas, a estudante da Unicamp, Cíntia Botelho Dias, diz que considera Chiara Badano um exemplo de que não é preciso se isolar do mundo para ter um relacionamento profundo com Deus. Ao ler a história da jovem italiana, ficou muito impressionada com a força que ela demonstrou nos momentos mais difíceis da doença. “ Sempre que me encontro com alguma dificuldade cotidiana me lembro que o meu sofrimento é muito pequeno perto do que ela passou e que, como ela, devo superar cada barreira.” Dom Livio Maritano, Bispo da Diocese de Acqui, no dia 11 de junho de 1999 abriu o Processo pela a Causa de Canonização. No dia 3 de julho de 2008 ela foi declarada Venerável com o reconhecimento do exercício heróico das virtudes teologais e cardeais. Milagre No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu um milagre atribuído à intercessão da Venerável Chiara Badano, e assinou o Decreto para a sua Beatificação.
Programação em Roma (horários de Brasília) Sábado, dia 25 de setembro 11h – Missa com o rito de beatificação, no Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor 15h30 - “Chiara Luce Badano LIFE LOVE LIGHT”. Programa que se realizará na grande sala de eventos Paulo VI, no Vaticano. O programa foi preparado por um grupo de jovens de diversas partes do mundo e tem o objetivo de comunicar a originalidade da vida de Chiara Luce com a linguagem do teatro, da música e dos testemunhos de vida. Domingo, dia 26 de setembro05h30 - Missa de agradecimento na Basílica São Paulo fora dos Muros. Mensagem do papa Bento XVI na Praça de São Pedro, em conexão com a Basílica de São Paulo fora dos Muros. Site oficial:
http://www.chiaralucebadano.it/
Site no Brasil: http://www.focolares.org.br/chiaraluce/
Youtubehttp://www.youtube.com/watch?v=kJ1j4CvjwEY
(sequência de slides com fotos e trechos da sua vida – Em português)
http://www.youtube.com/watch?v=dIWOkiOmSJ8&feature=related
(Em italiano - Entrevista com os pais de Chiara Luce a um programa de TV da Rai)
Fonte: EPTV
Não é comum que o rigoroso processo de canonização da Igreja reconheça tão rapidamente as virtudes de um cristão e o apresente como modelo de vida a ser seguido. No caso de Chiara Badano é ainda notável que as autoridades eclesiais tenham se convencido que uma garota de apenas 18 anos tenham alcançado um elevado grau de maturidade espiritual. A história de Chiara vem sendo divulgada nos últimos anos pelas mais diversas redes sociais da internet e o perfil dela no Facebook reúne mais de 10 mil pessoas, muitas não católicas , que não se cansam de manifestar a intenção de acompanhar a cerimônia na Itália.
A simpatia por Chiara parece ter relação com o seu estilo de vida absolutamente comum , combinado com uma fé religiosa demonstrada de modo particular um ano antes da sua morte, quando soube que tinha um tumor maligno nos ossos. Quem foi Chiara ?Chiara nasceu na cidadezinha de Sasselo, no norte da Itália. Filha única de pais que esperaram 11 anos pela gravidez tão desejada. Segundo a família, desde pequena demonstrou muita preocupação com os mais necessitados e no Jardim da Infância dizia que queria ser médica para cuidar dos doentes na África.
Os amigos contam que ela era uma criança alegre e bastante ativa, mas com uma sensibilidade para as coisas divinas.
Aos 9 anos de idade conheceu o movimento Gen (Geração Nova), um ramo juvenil do Movimento dos Focolares (www.focolares.org.br). Viveu a sua espiritualidade e pouco a pouco envolveu também os pais na proposta de colocar Deus em primeiro lugar de sua vida. Na adolescência se dividia entre os estudos e a prática de esportes. Um dos momentos mais marcantes da adolescência foi quando acabou reprovada na escola e teve que enfrentar a dor da humilhação e recomeçar. Sobre esse episódio ela escreveu:
«Este ano estou numa classe e numa seção nova, porque estou repetindo o ano. Quando entrei pela primeira vez na sala de aula tinha um certo receio, porque não conhecia ninguém e tinha medo de ser facilmente posta de lado pelos outros. Depois pensei que podia assemelhar-me um pouco a Jesus Abandonado e entrei cheia de alegria. Os colegas foram muito simpáticos comigo e já nos conhecemos todos. Então pedi a Jesus para estar sempre pronta a querer-lhes bem, em cada momento».
A jovem tinha freqüentes dores no ombro esquerdo, mas não dava importância. Aos 17 anos, durante uma partida de tênis, teve que largar a raquete porque a dor aguda a impedia de jogar.
Exames confirmaram que ela tinha um osteossarcoma, um tumor maligno muito grave. Os pais contam que ao receber o diagnóstico ela se fechou no quarto por 25 minutos em silêncio.
Ao sair, disse sorrindo à mãe que tinha conversado com Jesus através de uma oração e que estava disposta a aceitar o difícil tratamento que viria: “Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também”. O bispo de Turim a visitava no hospital e confirmou que todos, inclusive médicos ateus, ficavam desconcertados com o clima de paz e alegria que a jovem irradiava. Os amigos que a visitavam para consolá-la voltavam para casa consolados. Pouco antes de falecer, ela revelou: “Vocês não podem imaginar como é agora o meu relacionamento com Jesus... Sinto que Deus me pede algo mais, algo maior. Talvez seja ficar neste leito por anos, não sei. Interessa-me unicamente a vontade de Deus, fazê-la bem no momento presente: aceitar os desafios de Deus. Se agora me perguntassem se quero andar (a doença chegou a paralisar as pernas com contrações muito dolorosas), eu diria não, porque assim estou mais perto de Jesus”. Quando já era evidente que os esforços médicos não tinham efeito, viu a mãe preocupada e disse: “Confie em Deus, pois você fez tudo. Quando eu tiver morrido, siga Deus e encontrará a força para ir em frente”. A Igreja Católica reconhece em Chiara Badano um exemplo que poderá inspirar muitos outros jovens a fazer a Vontade de Deus, nas circunstâncias mais simples até as mais dolorosas. A sua “fama de santidade” se estendeu imediatamente em várias partes do mundo. Em Campinas, a estudante da Unicamp, Cíntia Botelho Dias, diz que considera Chiara Badano um exemplo de que não é preciso se isolar do mundo para ter um relacionamento profundo com Deus. Ao ler a história da jovem italiana, ficou muito impressionada com a força que ela demonstrou nos momentos mais difíceis da doença. “ Sempre que me encontro com alguma dificuldade cotidiana me lembro que o meu sofrimento é muito pequeno perto do que ela passou e que, como ela, devo superar cada barreira.” Dom Livio Maritano, Bispo da Diocese de Acqui, no dia 11 de junho de 1999 abriu o Processo pela a Causa de Canonização. No dia 3 de julho de 2008 ela foi declarada Venerável com o reconhecimento do exercício heróico das virtudes teologais e cardeais. Milagre No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu um milagre atribuído à intercessão da Venerável Chiara Badano, e assinou o Decreto para a sua Beatificação.
Programação em Roma (horários de Brasília) Sábado, dia 25 de setembro 11h – Missa com o rito de beatificação, no Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor 15h30 - “Chiara Luce Badano LIFE LOVE LIGHT”. Programa que se realizará na grande sala de eventos Paulo VI, no Vaticano. O programa foi preparado por um grupo de jovens de diversas partes do mundo e tem o objetivo de comunicar a originalidade da vida de Chiara Luce com a linguagem do teatro, da música e dos testemunhos de vida. Domingo, dia 26 de setembro05h30 - Missa de agradecimento na Basílica São Paulo fora dos Muros. Mensagem do papa Bento XVI na Praça de São Pedro, em conexão com a Basílica de São Paulo fora dos Muros. Site oficial:
http://www.chiaralucebadano.it/
Site no Brasil: http://www.focolares.org.br/chiaraluce/
Youtubehttp://www.youtube.com/watch?v=kJ1j4CvjwEY
(sequência de slides com fotos e trechos da sua vida – Em português)
http://www.youtube.com/watch?v=dIWOkiOmSJ8&feature=related
(Em italiano - Entrevista com os pais de Chiara Luce a um programa de TV da Rai)
Fonte: EPTV
A fecundidade do perdão contra a lógica do ódio
Apenas "a fecundidade do perdão diante da estéril alternativa do ódio e da vingança" poderá levar paz ao Oriente Médio. É o que afirmava Dom Luigi Padovese, frade menor capuchinho e presidente dos bispos turcos, assassinado dia 3 de junho, em Iskenderun, Turquia.
Em uma carta de 3 de abril, endereçada a Irmã Clara Laura Serboli, abadesa do Monastério de Santa Clara de Camerino, com motivo da canonização da beata Camila Battista da Varano (17 de outubro), o bispo fez essas afirmações. O texto foi publicado integralmente na revista das clarissas da Itália.
"As Igrejas do Oriente Médio - escreve Dom Padovese, que colaborou ativamente na preparação do Instrumentum laboris do Sínodo do Oriente Médio - vivem há muito tempo situações de grande tribulação, que frequentemente culminam em atos de verdadeira perseguição, como acontece, lamentavelmente, todos os dias, no Iraque e em outros países".
"Não é casual - acrescenta - que o tema central do Sínodo seja ‘A Igreja católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho'. O próprio Bento XVI, ao escolher este tema, quis destacar a necessidade e a sede de paz que o Oriente Médio vive. A proposta do Papa nos convida a refletir sobretudo no tema da comunhão e do testemunho que a Igreja está chamada a dar no contexto de um território tão atormentado como o nosso".
Na carta, Dom Padovese pede à comunidade das clarissas de Camerino, Itália, que rezem para que "esta terra martirizada transforme tanta dor em invocação de paz e anúncio de perdão. Os trágicos fatos políticos que afetaram a família de Camilla Battista, até chegar ao extermínio de seus entes queridos e ao exílio para ela, ainda em sua dramaticidade, não venceram a esta mulher. Ela teve a força interior de orar por seus inimigos até transformar o ódio em motivo de perdão e de amor heroico".
Para o bispo, "estas mesmas virtudes, hoje, após 500 anos, são um modelo para toda Igreja e para todos os homens. Por isso, posso dizer que, também para os cristãos de nossas comunidades humilhadas pela perseguição e a violência, a beata Camilla Battista pode converter-se em um exemplo de reconciliação e numa ocasião para reencontrar esperança, indo à fonte da Paixão de Cristo".
Fonte: Zenit.
Em uma carta de 3 de abril, endereçada a Irmã Clara Laura Serboli, abadesa do Monastério de Santa Clara de Camerino, com motivo da canonização da beata Camila Battista da Varano (17 de outubro), o bispo fez essas afirmações. O texto foi publicado integralmente na revista das clarissas da Itália.
"As Igrejas do Oriente Médio - escreve Dom Padovese, que colaborou ativamente na preparação do Instrumentum laboris do Sínodo do Oriente Médio - vivem há muito tempo situações de grande tribulação, que frequentemente culminam em atos de verdadeira perseguição, como acontece, lamentavelmente, todos os dias, no Iraque e em outros países".
"Não é casual - acrescenta - que o tema central do Sínodo seja ‘A Igreja católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho'. O próprio Bento XVI, ao escolher este tema, quis destacar a necessidade e a sede de paz que o Oriente Médio vive. A proposta do Papa nos convida a refletir sobretudo no tema da comunhão e do testemunho que a Igreja está chamada a dar no contexto de um território tão atormentado como o nosso".
Na carta, Dom Padovese pede à comunidade das clarissas de Camerino, Itália, que rezem para que "esta terra martirizada transforme tanta dor em invocação de paz e anúncio de perdão. Os trágicos fatos políticos que afetaram a família de Camilla Battista, até chegar ao extermínio de seus entes queridos e ao exílio para ela, ainda em sua dramaticidade, não venceram a esta mulher. Ela teve a força interior de orar por seus inimigos até transformar o ódio em motivo de perdão e de amor heroico".
Para o bispo, "estas mesmas virtudes, hoje, após 500 anos, são um modelo para toda Igreja e para todos os homens. Por isso, posso dizer que, também para os cristãos de nossas comunidades humilhadas pela perseguição e a violência, a beata Camilla Battista pode converter-se em um exemplo de reconciliação e numa ocasião para reencontrar esperança, indo à fonte da Paixão de Cristo".
Fonte: Zenit.
Reconstruir a confiança entre cristãos e hindus
O principal desafio que a Igreja enfrenta na Índia não é a reconstrução dos edifícios destruídos pela violência anticatólica dos fundamentalistas hindus, mas restaurar a confiança inter-religiosa, segundo afirma o bispo de Orissa.
Dom Sarat Chandra Nayak está à frente da diocese de Berhampur, no estado de Orissa. Nessa região, só em 2008, cerca de 300 aldeias cristãs e 4 mil casas foram destruídas por fundamentalistas hindus.
Nesta entrevista concedida ao programa "Deus chora na terra", da Catholic Radio and Television Network (CRTN), em colaboração com Ajuda à Igreja que Sofre, o bispo fala da violência anticristã da região, dos fatores que agravam as relações entre hindus e católicos e da esperança que tem, apesar destas dificuldades.
Por que Orissa é um dos estados menos desenvolvidos da Índia?
Dom Nayak: As pessoas se dedicam à agricultura. A região costeira é cerca de 20% de toda a área geográfica e o resto é região montanhosa, onde vive a maioria das pessoas conhecidas como dalits.
De fato, cerca de 40% da população é dalit. Por quê? Os dalits estão lá porque, quando as castas mais altas ocuparam a terra fértil das regiões costeiras, não tiveram lugar ao seu lado, então tiveram de se transladar às selvas e às regiões mais altas, nas quais não há terra cultivável.
Qual é seu lema episcopal e por que o escolheu?
Dom Nayak: Meu lema é "Ser um servo feliz". As pessoas podem ser servas, mas podem não ser felizes. São forçadas e obrigadas a fazer coisas, mas eu gostaria de ser um servo feliz.
Antes, percebi que, quando sua cruz virou, estava escrito atrás Duc in Altum. O senhor também escolheu esta frase? Por quê?
Dom Nayak: Não a escolhi, eu a recebi assim; mas este também é meu ponto de vista e meu desejo.
Depois do convite de João Paulo II?
Dom Nayak: Sim.
Ele foi um modelo para o senhor?
Dom Nayak: Sim, tenho que dar 100% de mim. Como bispo, não estou aí para resolver todos os problemas, mas o que posso fazer é me doar 100%.
Excelência, o estado de Orissa se destaca, infelizmente, pela violência contra os cristãos. O senhor poderia nos dar uma ideia de por que existe esta violência contra os cristãos e de onde ela vem?
Dom Nayak: Por que esta violência? A fonte da violência vem certamente dos radicais hindus, não há dúvida sobre isso, ainda que hoje em dia apresente formas diversas.
As pessoas veem facetas diversas, que é o que torna essa violência complicada; não é vista somente como violência comunal, porque existem outros aspectos.
Por exemplo, razões econômicas: os comerciantes, os homens de negócios destas regiões altas, são, em sua maioria, da planície e são das castas mais altas. Sempre trabalharam com negócios. Agora, graças à educação, os dalits e os membros das tribos estão criando seus negócios e tornando-se empresários. Isso obstaculiza as pessoas de negócios do local, que são hindus. Assim, tentam criar problemas inflamando os sentimentos religiosos para danificar os negócios dos dalits e dos membros das tribos locais. Isso aconteceu em 2007.
A primeira distração e o primeiro ataque foi contra as lojas cristãs, as explosões. Então, há uma razão econômica.
Em toda Orissa, especialmente nessas preocupantes regiões, os homens de negócios vêm das castas mais altas.
Acho que é importante esclarecer que a maioria dos cristãos é dalit.
Dom Nayak: Sim, 60% dos cristãos são dalits; 38% deles podem pertencer às tribos e os demais são de outras castas.
Então, o primeiro ataque era econômico, porque os homens de negócios se sentiram ameaçados pelo crescente desenvolvimento da população dalit nos negócios. Existe também alguma razão política?
Dom Nayak: Sim, há uma razão política. Os dalits e os membros das tribos desta região representam 40% de toda a população de Orissa e quando se unem, tornam-se uma grande força política. Por isso, a casta mais alta tenta dividir estas duas comunidades. Então, há outra faceta; converte-se em uma luta entre os membros das tribos e os dalits.
Provocado por quem?
Dom Nayak: Por forasteiros, pessoas das castas mais altas cujos interesses estão em jogo quando esses dois grupos se unem.
Acho que é importante que falemos da nota do Conselho de Cristãos Indianos. Catalogaram parte desta violência. Foram analisados 92 incidentes de violência contra os cristãos. Por exemplo, 4 cristãos foram assassinados em espadas por uma multidão de cerca de mil nacionalistas hindus; 2 freiras foram estupradas em público e 1 sacerdote de um centro pastoral, o Pe. Thomas, foi gravemente espancado, desnudado e escarnecido.
A violência é muito dramática, além das casas queimadas, igrejas atacadas, conventos destruídos; há muita agressão.
Em dezembro de 2007, o ataque se dirigiu contra instituições e não contra as pessoas. Por quê? Porque os fundamentalistas hindus acreditavam que, devido aos nossos serviços - as escolas, a saúde, a "ajuda" social à população -, as pessoas se sentiam atraídas pelo cristianismo. Por isso aumenta em número.
Seu objetivo era destruir estas instituições através dos que prestam um serviço cristão às pessoas. Mas não se sentiram satisfeitos com isso; dessa vez, atacaram as pessoas, as instituições, para traumatizar, para criar medo e não continuar com seu ministério.
Não atacaram somente um sacerdote; houve ataques mortais contra 3 sacerdotes. Um deles foi o Pe. Thomas; outro era o tesoureiro da arquidiocese de Bubaneshwar, Pe. Bernard; e o Pe. Edward de Sambalpur, Rourkela.
E os mataram?
Dom Nayak: Não, mas os espancaram gravemente.
A tática que usam é o medo? Os cristãos estão abandonando a região? Eles têm medo pela sua fé? Estão abandonando sua fé?
Dom Nayak: Após atacar as pessoas, o ataque se dirigiu às aldeias, e nas aldeias destruíram casas; e nas casas que não destruíram, disseram aos cristãos que, ou se tornavam hindus, ou sua vida estaria em jogo e suas propriedades poderiam ser destruídas.
Dessa forma, são forçados a se converter e alguns deles cedem.
Eles se convertem?
Dom Nayak: Sim, há muitos casos, mais de mil. Agora não tenho o número exato, mas antes de vir para a Europa, mais de mil tinham se tornado hindus.
Se os cristãos são uma porcentagem pequena da população, por que os hindus se sentem ameaçados?
Dom Nayak: Há muitas razões pelas quais existe esta percepção de ameaça. Primeiro, porque ainda que os cristãos sejam apenas 2%, nosso serviço em termos de educação, serviços sociais, saúde, representa quase 20% - serviços que estamos oferecendo.
E eles dizem que esta é a razão do aumento de conversões na região, então este é um motivo; eles se veem ameaçados pelo aumento numérico. No entanto, quando se considera o total da população atual, depois de muitos anos, não se vê um aumento significativo da população cristã.
Permaneceu constante.
Dom Nayak: Sim, mais ou menos permaneceu constante, mas os hindus sempre insistem: conversão, conversão, conversão, e o medo se deve à experiência histórica com os britânicos.
Os britânicos vieram para fazer negócios, depois conquistaram a Índia e a governaram durante 200 anos; então aconteceu a cristianização e a conversão. Por isso, se o número de cristãos aumentar, eles podem assumir o controle da Índia.
E a conquistarão.
Dom Nayak: Sim, a conquistarão; e este é o medo - um medo infundado. Somos cristãos, somos indianos, não estrangeiros.
Sim, e também há uma ameaça, se entendi direito, no próprio sistema de castas?
Dom Nayak: Sim, este é um motivo: pelo domínio político.
O segundo motivo é o sistema de castas; o hinduísmo está fundido com o sistema de castas. Os hindus, aqueles que têm o domínio, os brâmanes, pensam que, sem o sistema de castas, seu domínio não continuaria; então, quando o cristianismo propaga o valor da igualdade para todos, eles se sentem ameaçados.
Eles têm medo?
Dom Nayak: Têm medo de perder seu poder e seu domínio sobre as pessoas.
Especialmente de que a maioria dos cristãos convertidos venha da casta mais baixa?
Dom Nayak: Dos dalits e dos membros das tribos; antes os utilizavam em seu próprio benefício, agora não podem utilizá-los, porque o cristianismo lhes dá direitos iguais e a educação lhes dá um "estímulo" econômico; então os das castas mais altas se sentem ameaçados e seu domínio parece prejudicado.
Se o cristianismo continua crescendo e se ensina aos cristãos que todos são iguais, isso é uma ameaça ao sistema de castas. Não acontecerá em algum momento que os dalits se perguntem por que são tratados de forma diferente?
Dom Nayak: Sim, é uma verdadeira ameaça ao sistema de castas. Por que deveria haver um sistema de castas, que faz que as pessoas tenham menos valor que uma vaca, menos que um animal? Os hindus tratam e respeitam as vacas como deuses, mas não respeitam os seres humanos; nem todos os hindus são assim, mas existem grupos que pensam ser os guardiões do hinduísmo.
Temos 84% de hindus na Índia; em Orissa, mais de 90%; e vivemos juntos, felizes, e nos respeitamos uns aos outros; eles entendem o valor e a dignidade humanos, mas há um pequeno grupo, que é o que domina.
Acho que talvez também seja importante indicar que é um grupo de extremistas fundamentalistas que esteve provocando esta violência - em muitos casos, os cristãos que eram perseguidos buscaram refúgio com famílias hindus e foram bem recebidos e acolhidos por essas famílias.
Esta é a alegria e a esperança dada a nós e aos que são perseguidos: ainda há esperança de viver juntos.
Perdemos muitos edifícios e vidas; podemos reconstruí-los, mas o que se perdeu foi a confiança, a confiança entre as pessoas de grupos e religiões diferentes.
Viveram juntos durante gerações inteiras e agora se questionam sobre aquela confiança e sobre como desenvolvê-la; este é o desafio para cada um de nós.
De fato, a Igreja Católica no estado de Orissa, devido à violência, ameaçou fechar uma das suas forças mais importantes, que são os colégios.
Os bispos sugeriram que, se a violência continuasse, fechariam os colégios.
O senhor poderia nos falar da importância dos colégios e da educação para esta região e o que isso significa?
Dom Nayak:
A educação é um dos serviços mais importantes que a Igreja oferece às pessoas. Ainda que sejam colégios cristãos, 90% dos estudantes são hindus e muçulmanos, motivo pelo qual o serviço é aceito e respeitado.
E por que fechar esses colégios? Porque, por um lado, nossos irmãos estão sofrendo, são perseguidos: sem casa e sem segurança. E, por outro, pedem que prestem um serviço sem ser solidários com as pessoas perseguidas.
Fechar estas escolas é uma forma de mostrar nossa solidariedade e também chamar a atenção sobre o fato de que não se pode dar por descontado nosso serviço.
-Em 2007, houve graves ataques; em 2008 também, e os extremistas prometeram mais. O senhor tem medo? Que medidas o senhor poderia adotar para tentar prevenir que estes extremistas levem a cabo mais ataques desse tipo?
Dom Nayak: Uma é aumentar a coexistência pacífica entre as pessoas de boa vontade. O nível local é muito importante, porque é nele que as pessoas vivem e, se estão juntas, são as pessoas que vêm de fora as que instigam e dividem as demais. Se as pessoas dos lugares permanecem unidas, os de fora não poderão entrar.
Por isso, construir a solidariedade no âmbito local entre grupos diversos de religiões diferentes será o primeiro passo; e construir a confiança perdida, para recordar, novamente, que podemos viver juntos como vivemos antes. Esta será a primeira prioridade.
Em segundo lugar, certamente, é preciso ter um diálogo com esses extremistas, esses fundamentalistas, porque suas ideias sobre a Igreja são muito estreitas e errôneas.
Essa ideia de que a Igreja dominará e tomará o controle da Índia é uma impressão muito incorreta: se houve más conversões e se estenderam, o número de cristãos deveria ter ido além do esperado, mas não é esse o caso. O censo oficial mostra que o número se estabilizou. Nosso número cresce inclusive menos que o de outros grupos, então não há ameaça.
Não faz parte da fé hinduísta (devido à questão da reencarnação) que, se alguém é um dalit, é porque não viveu uma fé adequada na vida anterior e por isso tem a posição que merece? E que, se vive uma boa vida, talvez na próxima encarnação pertença a uma casta mais alta? Qual é o papel desta crença, com relação à Igreja Católica? Ao tentar melhorar a situação social da pessoa, a Igreja estaria obstaculizando ou criando uma confusão na tradição hinduísta? O senhor concorda com isso?
Dom Nayak: Não concordo. Depois de tudo, não acredito na reencarnação, porque a vida humana é muito valiosa. É uma imagem do próprio Deus. Uma pessoa não pode reencarnar sendo um cachorro.
Quando o ser humano é criado, ele recebe esta oportunidade. Você escolhe: fazer o que tem de fazer agora ou não fazer jamais.
Após a morte, você já não terá nada a fazer. Agora você pode escolher: acreditar, aceitar, viver uma boa vida; sua recompensa é o céu ou o inferno.
Estas são duas coisas que temos em nossa fé cristã: que você não se transformará em um cachorro ou em um animal; não acreditamos nisso. Mas, já que esses amigos pensam que estão na tradição hinduísta da reencarnação, se acreditam nisso, deveriam viver isso.
Alguns deles, no entanto, não veem sua responsabilidade; se pensam que no passado fizeram boas obras e que é por isso que agora estão numa posição melhor, não correm o risco de perder essa posição melhor, se fizeram más ações? Assim, acho que não acreditam nisso, porque se acreditassem, teriam mais cuidado com as más ações...
Poderiam retroceder.
Dom Nayak: Poderiam retroceder, e é por isso que acho que sua fé não segue essa luz.
Eles acreditam de forma conceitual, mas na verdade não creem; estão ocupado só com o agora, com o que lhes convém, com o que lhes interessa economicamente, socialmente e com o domínio político que querem conservar. Assim, esta é a razão: a razão econômica, política e religiosa - e também a casta. Todas essas coisas complicaram esta situação.
Qual é sua esperança para o futuro das relações dos cristãos no estado de Orissa?
Dom Nayak: As relações dos cristãos com os demais grupos, sobretudo os hindus, se restabelecerão porque já se levantaram vozes que veem as coisas boas que a Igreja e os cristãos estão fazendo, e que agora sofrem de maneira inocente.
Por um lado, segundo a minha fé, nosso sofrimento nunca se perderá. A semente dos mártires, o sangue dos mártires é semente de fé. Acredito nisso e isso certamente nos fará reviver; a fé cristã e a Igreja cumprirão seu chamado a ser sacramento de salvação em Orissa, em Kandhamal.
Então esses são os cordeiros?
Dom Nayak: Sim, não é nada novo. Os cristãos sofreram, não é nada novo. É assim desde o começo do cristianismo, desde o começo da Igreja. A Igreja nasce do lado transpassado de Cristo.
A salvação do mundo não virá da nossa palavra ou do nosso serviço, mas dando a própria vida, e isso por meio do sofrimento.
É dessa forma que o senhor motiva seus fiéis (dizendo que parte da nossa vida como cristãos é a aceitação e a consciência de que também temos de carregar a cruz de Cristo)?
Dom Nayak: Sim, não há outro caminho para os cristãos, a não ser a cruz. É assim: matando ou morrendo, os cristãos não matarão. Jesus nos ensinou: deixem-se matar. Se a minha morte salva as pessoas, estou preparado.
* * *
Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus Chora na Terra", um programa rádio-televisivo semanal produzido por Catholic Radio and Television Network, (CRTN), em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre.
Mais informação em www.aisbrasil.org.br, www.fundacao-ais.pt
Fonte: Zenit.
Dom Sarat Chandra Nayak está à frente da diocese de Berhampur, no estado de Orissa. Nessa região, só em 2008, cerca de 300 aldeias cristãs e 4 mil casas foram destruídas por fundamentalistas hindus.
Nesta entrevista concedida ao programa "Deus chora na terra", da Catholic Radio and Television Network (CRTN), em colaboração com Ajuda à Igreja que Sofre, o bispo fala da violência anticristã da região, dos fatores que agravam as relações entre hindus e católicos e da esperança que tem, apesar destas dificuldades.
Por que Orissa é um dos estados menos desenvolvidos da Índia?
Dom Nayak: As pessoas se dedicam à agricultura. A região costeira é cerca de 20% de toda a área geográfica e o resto é região montanhosa, onde vive a maioria das pessoas conhecidas como dalits.
De fato, cerca de 40% da população é dalit. Por quê? Os dalits estão lá porque, quando as castas mais altas ocuparam a terra fértil das regiões costeiras, não tiveram lugar ao seu lado, então tiveram de se transladar às selvas e às regiões mais altas, nas quais não há terra cultivável.
Qual é seu lema episcopal e por que o escolheu?
Dom Nayak: Meu lema é "Ser um servo feliz". As pessoas podem ser servas, mas podem não ser felizes. São forçadas e obrigadas a fazer coisas, mas eu gostaria de ser um servo feliz.
Antes, percebi que, quando sua cruz virou, estava escrito atrás Duc in Altum. O senhor também escolheu esta frase? Por quê?
Dom Nayak: Não a escolhi, eu a recebi assim; mas este também é meu ponto de vista e meu desejo.
Depois do convite de João Paulo II?
Dom Nayak: Sim.
Ele foi um modelo para o senhor?
Dom Nayak: Sim, tenho que dar 100% de mim. Como bispo, não estou aí para resolver todos os problemas, mas o que posso fazer é me doar 100%.
Excelência, o estado de Orissa se destaca, infelizmente, pela violência contra os cristãos. O senhor poderia nos dar uma ideia de por que existe esta violência contra os cristãos e de onde ela vem?
Dom Nayak: Por que esta violência? A fonte da violência vem certamente dos radicais hindus, não há dúvida sobre isso, ainda que hoje em dia apresente formas diversas.
As pessoas veem facetas diversas, que é o que torna essa violência complicada; não é vista somente como violência comunal, porque existem outros aspectos.
Por exemplo, razões econômicas: os comerciantes, os homens de negócios destas regiões altas, são, em sua maioria, da planície e são das castas mais altas. Sempre trabalharam com negócios. Agora, graças à educação, os dalits e os membros das tribos estão criando seus negócios e tornando-se empresários. Isso obstaculiza as pessoas de negócios do local, que são hindus. Assim, tentam criar problemas inflamando os sentimentos religiosos para danificar os negócios dos dalits e dos membros das tribos locais. Isso aconteceu em 2007.
A primeira distração e o primeiro ataque foi contra as lojas cristãs, as explosões. Então, há uma razão econômica.
Em toda Orissa, especialmente nessas preocupantes regiões, os homens de negócios vêm das castas mais altas.
Acho que é importante esclarecer que a maioria dos cristãos é dalit.
Dom Nayak: Sim, 60% dos cristãos são dalits; 38% deles podem pertencer às tribos e os demais são de outras castas.
Então, o primeiro ataque era econômico, porque os homens de negócios se sentiram ameaçados pelo crescente desenvolvimento da população dalit nos negócios. Existe também alguma razão política?
Dom Nayak: Sim, há uma razão política. Os dalits e os membros das tribos desta região representam 40% de toda a população de Orissa e quando se unem, tornam-se uma grande força política. Por isso, a casta mais alta tenta dividir estas duas comunidades. Então, há outra faceta; converte-se em uma luta entre os membros das tribos e os dalits.
Provocado por quem?
Dom Nayak: Por forasteiros, pessoas das castas mais altas cujos interesses estão em jogo quando esses dois grupos se unem.
Acho que é importante que falemos da nota do Conselho de Cristãos Indianos. Catalogaram parte desta violência. Foram analisados 92 incidentes de violência contra os cristãos. Por exemplo, 4 cristãos foram assassinados em espadas por uma multidão de cerca de mil nacionalistas hindus; 2 freiras foram estupradas em público e 1 sacerdote de um centro pastoral, o Pe. Thomas, foi gravemente espancado, desnudado e escarnecido.
A violência é muito dramática, além das casas queimadas, igrejas atacadas, conventos destruídos; há muita agressão.
Em dezembro de 2007, o ataque se dirigiu contra instituições e não contra as pessoas. Por quê? Porque os fundamentalistas hindus acreditavam que, devido aos nossos serviços - as escolas, a saúde, a "ajuda" social à população -, as pessoas se sentiam atraídas pelo cristianismo. Por isso aumenta em número.
Seu objetivo era destruir estas instituições através dos que prestam um serviço cristão às pessoas. Mas não se sentiram satisfeitos com isso; dessa vez, atacaram as pessoas, as instituições, para traumatizar, para criar medo e não continuar com seu ministério.
Não atacaram somente um sacerdote; houve ataques mortais contra 3 sacerdotes. Um deles foi o Pe. Thomas; outro era o tesoureiro da arquidiocese de Bubaneshwar, Pe. Bernard; e o Pe. Edward de Sambalpur, Rourkela.
E os mataram?
Dom Nayak: Não, mas os espancaram gravemente.
A tática que usam é o medo? Os cristãos estão abandonando a região? Eles têm medo pela sua fé? Estão abandonando sua fé?
Dom Nayak: Após atacar as pessoas, o ataque se dirigiu às aldeias, e nas aldeias destruíram casas; e nas casas que não destruíram, disseram aos cristãos que, ou se tornavam hindus, ou sua vida estaria em jogo e suas propriedades poderiam ser destruídas.
Dessa forma, são forçados a se converter e alguns deles cedem.
Eles se convertem?
Dom Nayak: Sim, há muitos casos, mais de mil. Agora não tenho o número exato, mas antes de vir para a Europa, mais de mil tinham se tornado hindus.
Se os cristãos são uma porcentagem pequena da população, por que os hindus se sentem ameaçados?
Dom Nayak: Há muitas razões pelas quais existe esta percepção de ameaça. Primeiro, porque ainda que os cristãos sejam apenas 2%, nosso serviço em termos de educação, serviços sociais, saúde, representa quase 20% - serviços que estamos oferecendo.
E eles dizem que esta é a razão do aumento de conversões na região, então este é um motivo; eles se veem ameaçados pelo aumento numérico. No entanto, quando se considera o total da população atual, depois de muitos anos, não se vê um aumento significativo da população cristã.
Permaneceu constante.
Dom Nayak: Sim, mais ou menos permaneceu constante, mas os hindus sempre insistem: conversão, conversão, conversão, e o medo se deve à experiência histórica com os britânicos.
Os britânicos vieram para fazer negócios, depois conquistaram a Índia e a governaram durante 200 anos; então aconteceu a cristianização e a conversão. Por isso, se o número de cristãos aumentar, eles podem assumir o controle da Índia.
E a conquistarão.
Dom Nayak: Sim, a conquistarão; e este é o medo - um medo infundado. Somos cristãos, somos indianos, não estrangeiros.
Sim, e também há uma ameaça, se entendi direito, no próprio sistema de castas?
Dom Nayak: Sim, este é um motivo: pelo domínio político.
O segundo motivo é o sistema de castas; o hinduísmo está fundido com o sistema de castas. Os hindus, aqueles que têm o domínio, os brâmanes, pensam que, sem o sistema de castas, seu domínio não continuaria; então, quando o cristianismo propaga o valor da igualdade para todos, eles se sentem ameaçados.
Eles têm medo?
Dom Nayak: Têm medo de perder seu poder e seu domínio sobre as pessoas.
Especialmente de que a maioria dos cristãos convertidos venha da casta mais baixa?
Dom Nayak: Dos dalits e dos membros das tribos; antes os utilizavam em seu próprio benefício, agora não podem utilizá-los, porque o cristianismo lhes dá direitos iguais e a educação lhes dá um "estímulo" econômico; então os das castas mais altas se sentem ameaçados e seu domínio parece prejudicado.
Se o cristianismo continua crescendo e se ensina aos cristãos que todos são iguais, isso é uma ameaça ao sistema de castas. Não acontecerá em algum momento que os dalits se perguntem por que são tratados de forma diferente?
Dom Nayak: Sim, é uma verdadeira ameaça ao sistema de castas. Por que deveria haver um sistema de castas, que faz que as pessoas tenham menos valor que uma vaca, menos que um animal? Os hindus tratam e respeitam as vacas como deuses, mas não respeitam os seres humanos; nem todos os hindus são assim, mas existem grupos que pensam ser os guardiões do hinduísmo.
Temos 84% de hindus na Índia; em Orissa, mais de 90%; e vivemos juntos, felizes, e nos respeitamos uns aos outros; eles entendem o valor e a dignidade humanos, mas há um pequeno grupo, que é o que domina.
Acho que talvez também seja importante indicar que é um grupo de extremistas fundamentalistas que esteve provocando esta violência - em muitos casos, os cristãos que eram perseguidos buscaram refúgio com famílias hindus e foram bem recebidos e acolhidos por essas famílias.
Esta é a alegria e a esperança dada a nós e aos que são perseguidos: ainda há esperança de viver juntos.
Perdemos muitos edifícios e vidas; podemos reconstruí-los, mas o que se perdeu foi a confiança, a confiança entre as pessoas de grupos e religiões diferentes.
Viveram juntos durante gerações inteiras e agora se questionam sobre aquela confiança e sobre como desenvolvê-la; este é o desafio para cada um de nós.
De fato, a Igreja Católica no estado de Orissa, devido à violência, ameaçou fechar uma das suas forças mais importantes, que são os colégios.
Os bispos sugeriram que, se a violência continuasse, fechariam os colégios.
O senhor poderia nos falar da importância dos colégios e da educação para esta região e o que isso significa?
Dom Nayak:
A educação é um dos serviços mais importantes que a Igreja oferece às pessoas. Ainda que sejam colégios cristãos, 90% dos estudantes são hindus e muçulmanos, motivo pelo qual o serviço é aceito e respeitado.
E por que fechar esses colégios? Porque, por um lado, nossos irmãos estão sofrendo, são perseguidos: sem casa e sem segurança. E, por outro, pedem que prestem um serviço sem ser solidários com as pessoas perseguidas.
Fechar estas escolas é uma forma de mostrar nossa solidariedade e também chamar a atenção sobre o fato de que não se pode dar por descontado nosso serviço.
-Em 2007, houve graves ataques; em 2008 também, e os extremistas prometeram mais. O senhor tem medo? Que medidas o senhor poderia adotar para tentar prevenir que estes extremistas levem a cabo mais ataques desse tipo?
Dom Nayak: Uma é aumentar a coexistência pacífica entre as pessoas de boa vontade. O nível local é muito importante, porque é nele que as pessoas vivem e, se estão juntas, são as pessoas que vêm de fora as que instigam e dividem as demais. Se as pessoas dos lugares permanecem unidas, os de fora não poderão entrar.
Por isso, construir a solidariedade no âmbito local entre grupos diversos de religiões diferentes será o primeiro passo; e construir a confiança perdida, para recordar, novamente, que podemos viver juntos como vivemos antes. Esta será a primeira prioridade.
Em segundo lugar, certamente, é preciso ter um diálogo com esses extremistas, esses fundamentalistas, porque suas ideias sobre a Igreja são muito estreitas e errôneas.
Essa ideia de que a Igreja dominará e tomará o controle da Índia é uma impressão muito incorreta: se houve más conversões e se estenderam, o número de cristãos deveria ter ido além do esperado, mas não é esse o caso. O censo oficial mostra que o número se estabilizou. Nosso número cresce inclusive menos que o de outros grupos, então não há ameaça.
Não faz parte da fé hinduísta (devido à questão da reencarnação) que, se alguém é um dalit, é porque não viveu uma fé adequada na vida anterior e por isso tem a posição que merece? E que, se vive uma boa vida, talvez na próxima encarnação pertença a uma casta mais alta? Qual é o papel desta crença, com relação à Igreja Católica? Ao tentar melhorar a situação social da pessoa, a Igreja estaria obstaculizando ou criando uma confusão na tradição hinduísta? O senhor concorda com isso?
Dom Nayak: Não concordo. Depois de tudo, não acredito na reencarnação, porque a vida humana é muito valiosa. É uma imagem do próprio Deus. Uma pessoa não pode reencarnar sendo um cachorro.
Quando o ser humano é criado, ele recebe esta oportunidade. Você escolhe: fazer o que tem de fazer agora ou não fazer jamais.
Após a morte, você já não terá nada a fazer. Agora você pode escolher: acreditar, aceitar, viver uma boa vida; sua recompensa é o céu ou o inferno.
Estas são duas coisas que temos em nossa fé cristã: que você não se transformará em um cachorro ou em um animal; não acreditamos nisso. Mas, já que esses amigos pensam que estão na tradição hinduísta da reencarnação, se acreditam nisso, deveriam viver isso.
Alguns deles, no entanto, não veem sua responsabilidade; se pensam que no passado fizeram boas obras e que é por isso que agora estão numa posição melhor, não correm o risco de perder essa posição melhor, se fizeram más ações? Assim, acho que não acreditam nisso, porque se acreditassem, teriam mais cuidado com as más ações...
Poderiam retroceder.
Dom Nayak: Poderiam retroceder, e é por isso que acho que sua fé não segue essa luz.
Eles acreditam de forma conceitual, mas na verdade não creem; estão ocupado só com o agora, com o que lhes convém, com o que lhes interessa economicamente, socialmente e com o domínio político que querem conservar. Assim, esta é a razão: a razão econômica, política e religiosa - e também a casta. Todas essas coisas complicaram esta situação.
Qual é sua esperança para o futuro das relações dos cristãos no estado de Orissa?
Dom Nayak: As relações dos cristãos com os demais grupos, sobretudo os hindus, se restabelecerão porque já se levantaram vozes que veem as coisas boas que a Igreja e os cristãos estão fazendo, e que agora sofrem de maneira inocente.
Por um lado, segundo a minha fé, nosso sofrimento nunca se perderá. A semente dos mártires, o sangue dos mártires é semente de fé. Acredito nisso e isso certamente nos fará reviver; a fé cristã e a Igreja cumprirão seu chamado a ser sacramento de salvação em Orissa, em Kandhamal.
Então esses são os cordeiros?
Dom Nayak: Sim, não é nada novo. Os cristãos sofreram, não é nada novo. É assim desde o começo do cristianismo, desde o começo da Igreja. A Igreja nasce do lado transpassado de Cristo.
A salvação do mundo não virá da nossa palavra ou do nosso serviço, mas dando a própria vida, e isso por meio do sofrimento.
É dessa forma que o senhor motiva seus fiéis (dizendo que parte da nossa vida como cristãos é a aceitação e a consciência de que também temos de carregar a cruz de Cristo)?
Dom Nayak: Sim, não há outro caminho para os cristãos, a não ser a cruz. É assim: matando ou morrendo, os cristãos não matarão. Jesus nos ensinou: deixem-se matar. Se a minha morte salva as pessoas, estou preparado.
* * *
Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus Chora na Terra", um programa rádio-televisivo semanal produzido por Catholic Radio and Television Network, (CRTN), em colaboração com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre.
Mais informação em www.aisbrasil.org.br, www.fundacao-ais.pt
Fonte: Zenit.
Santa Sé publica programa da viagem do Papa a Santiago de Compostela e Barcelona
A visita do Papa a Santiago de Compostela e a Barcelona, nos próximos dias 6 e 7 de novembro, incluirá eventos privados com os reis da Espanha e com os príncipes de Astúrias.
Assim prevê o programa oficial da viagem apostólica, divulgado no dia 24 de setembro pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Bento XVI chegará a Santiago às 11h30 no dia 6 de novembro. No aeroporto da cidade, participará de uma cerimônia de boas-vindas, pronunciará um discurso e terá um encontro provado com o príncipe Felipe e a princesa Letizia.
Às 13h, visitará a catedral de Santiago e depois almoçará com os cardeais espanhóis, com os membros do comitê executivo da Conferência Episcopal Espanhola e com seu séquito no arcebispado de Santiago.
Às 16h30, celebrará uma Missa por ocasião do Ano Santo Compostelano, na frente da catedral de Santiago, e pronunciará a homilia.
Às 19h15 está prevista sua saída de avião do aeroporto de Santiago, rumo a Barcelona.
No domingo, 7 de novembro, o programa oficial começa com um encontro privado com os reis Juan Carlos e Sofia, na igreja da Sagrada Família de Barcelona.
Às 10h, celebrará a Missa de dedicação do templo inacabado de Antonio Gaudí e do seu altar; o Papa pronunciará a homilia e depois rezará o Ângelus na praça da igreja da Sagrada Família.
Às 13h, almoçará com os cardeais e bispos presentes e com o séquito papal, no arcebispado de Barcelona.
De lá, Bento se despedirá às 16h30 e, às 17h15, visitará a Obra benéfico-social Nen Déu, de assistência a crianças com Síndrome de Down e outras dificuldades, e dirigirá uma saudação.
A cerimônia de despedida, na qual o Papa pronunciará um discurso, está prevista para as 18h30, no aeroporto internacional de Barcelona. Sua partida está prevista para as 19h15.
A visita a Santiago de Compostela tem como motivo o ano jubilar que está sendo comemorado este ano; e a de Barcelona, a dedicação do templo da Sagrada Família, segundo recordou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, SJ.
Trata-se da segunda viagem de Bento XVI à Espanha, depois da de Valência, em 2006, por ocasião do 5º Encontro Mundial das Famílias. A terceira viagem está prevista para agosto de 2011, para presidir a Jornada Mundial da Juventude.
Fonte: Zenit.
Assim prevê o programa oficial da viagem apostólica, divulgado no dia 24 de setembro pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Bento XVI chegará a Santiago às 11h30 no dia 6 de novembro. No aeroporto da cidade, participará de uma cerimônia de boas-vindas, pronunciará um discurso e terá um encontro provado com o príncipe Felipe e a princesa Letizia.
Às 13h, visitará a catedral de Santiago e depois almoçará com os cardeais espanhóis, com os membros do comitê executivo da Conferência Episcopal Espanhola e com seu séquito no arcebispado de Santiago.
Às 16h30, celebrará uma Missa por ocasião do Ano Santo Compostelano, na frente da catedral de Santiago, e pronunciará a homilia.
Às 19h15 está prevista sua saída de avião do aeroporto de Santiago, rumo a Barcelona.
No domingo, 7 de novembro, o programa oficial começa com um encontro privado com os reis Juan Carlos e Sofia, na igreja da Sagrada Família de Barcelona.
Às 10h, celebrará a Missa de dedicação do templo inacabado de Antonio Gaudí e do seu altar; o Papa pronunciará a homilia e depois rezará o Ângelus na praça da igreja da Sagrada Família.
Às 13h, almoçará com os cardeais e bispos presentes e com o séquito papal, no arcebispado de Barcelona.
De lá, Bento se despedirá às 16h30 e, às 17h15, visitará a Obra benéfico-social Nen Déu, de assistência a crianças com Síndrome de Down e outras dificuldades, e dirigirá uma saudação.
A cerimônia de despedida, na qual o Papa pronunciará um discurso, está prevista para as 18h30, no aeroporto internacional de Barcelona. Sua partida está prevista para as 19h15.
A visita a Santiago de Compostela tem como motivo o ano jubilar que está sendo comemorado este ano; e a de Barcelona, a dedicação do templo da Sagrada Família, segundo recordou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, SJ.
Trata-se da segunda viagem de Bento XVI à Espanha, depois da de Valência, em 2006, por ocasião do 5º Encontro Mundial das Famílias. A terceira viagem está prevista para agosto de 2011, para presidir a Jornada Mundial da Juventude.
Fonte: Zenit.
Amor como serviço aos demais: caminho para a vida, recorda Papa
"Só o Amor com "A" maiúsculo dá a verdadeira felicidade!", aqui e na eternidade, como demonstram pessoas como São Vicente de Paulo e Chiara Badano, afirmou hoje Bento XVI, durante a oração do Ângelus em Castel Gandolfo.
"Nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento; depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado para chegar à vida, e esse caminho é o amor, não entendido como sentimento, mas sim como serviço aos outros, na caridade de Cristo", explicou, ao comentar a parábola do homem rico e do pobre Lázaro.
O Papa acrescentou que esta parábola nos recorda que, "enquanto estamos neste mundo, devemos escutar o Senhor que nos fala através das Sagradas Escrituras e viver segundo a sua vontade; caso contrário, após a morte, será tarde demais para se arrepender".
Antes de rezar do Ângelus diante de numerosos fiéis reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Pontífice quis destacar o testemunho da jovem Chiara Badano, beatificada ontem em Roma.
O Papa se referiu a ela como a "uma jovem italiana nascida em 1971, e que uma doença levou à morte em menos de 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz o seu sobrenome: ‘Chiara Luce', ‘Clara Luz'".
"Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme, e o Movimento dos Focolares, ao qual ela pertencia, estão hoje em festa - e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã", disse.
Bento XVI destacou a maneira exemplar como esta jovem enfrentou a morte: As suas últimas palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: ‘Mãe, adeus. Seja feliz, porque eu sou feliz'".
E acrescentou: "Demos graças a Deus, porque seu amor é mais forte do que o mal e a morte; e agradeçamos a Nossa Senhora, que conduz os jovens também através das dificuldades e sofrimentos, a se apaixonarem por Jesus e a descobrirem a beleza da vida".
Por outro lado, Bento XVI destacou o testemunho de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica será celebrada amanhã.
"Na França de 1600, ele tocou com suas próprias mãos o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres", disse.
Ele "soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando origem às chamadas ‘Charitées', a ‘Caridade', isto é, grupos de mulheres que colocavam seu tempo e os seus bens à disposição dos mais marginalizados", continuou.
E acrescentou: "Dentre essas voluntárias, algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com Santa Luísa de Marillac, São Vicente fundou as ‘Filhas da Caridade', primeira congregação feminina a viver a consagração ‘no mundo', no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados".
Fonte: Zenit.
"Nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento; depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado para chegar à vida, e esse caminho é o amor, não entendido como sentimento, mas sim como serviço aos outros, na caridade de Cristo", explicou, ao comentar a parábola do homem rico e do pobre Lázaro.
O Papa acrescentou que esta parábola nos recorda que, "enquanto estamos neste mundo, devemos escutar o Senhor que nos fala através das Sagradas Escrituras e viver segundo a sua vontade; caso contrário, após a morte, será tarde demais para se arrepender".
Antes de rezar do Ângelus diante de numerosos fiéis reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Pontífice quis destacar o testemunho da jovem Chiara Badano, beatificada ontem em Roma.
O Papa se referiu a ela como a "uma jovem italiana nascida em 1971, e que uma doença levou à morte em menos de 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz o seu sobrenome: ‘Chiara Luce', ‘Clara Luz'".
"Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme, e o Movimento dos Focolares, ao qual ela pertencia, estão hoje em festa - e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã", disse.
Bento XVI destacou a maneira exemplar como esta jovem enfrentou a morte: As suas últimas palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: ‘Mãe, adeus. Seja feliz, porque eu sou feliz'".
E acrescentou: "Demos graças a Deus, porque seu amor é mais forte do que o mal e a morte; e agradeçamos a Nossa Senhora, que conduz os jovens também através das dificuldades e sofrimentos, a se apaixonarem por Jesus e a descobrirem a beleza da vida".
Por outro lado, Bento XVI destacou o testemunho de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica será celebrada amanhã.
"Na França de 1600, ele tocou com suas próprias mãos o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres", disse.
Ele "soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando origem às chamadas ‘Charitées', a ‘Caridade', isto é, grupos de mulheres que colocavam seu tempo e os seus bens à disposição dos mais marginalizados", continuou.
E acrescentou: "Dentre essas voluntárias, algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com Santa Luísa de Marillac, São Vicente fundou as ‘Filhas da Caridade', primeira congregação feminina a viver a consagração ‘no mundo', no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados".
Fonte: Zenit.
Conselho da Europa: objeção de consciência é ameaçada
"Conselho da Europa: a objeção de consciência é ameaçada" é a manchete do Gènéthique, o resumo de imprensa da Fundação Jérôme Lejeune, de Paris (França).
A pedido dos membros da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, (APCE), o Centro Europeu para a Lei e a Justiça (ECLJ) preparou um memorando examinando as principais disposições do projeto de resolução intitulado "Acesso das mulheres a cuidados médicos legais: problema do recurso não regulamentado à objeção de consciência", apresentado por Christine McCafferty (Cf. Synthèse de presse du 24/06/10).
Este memorando advertia aos membros da APCE que várias recomendações desta resolução violam seriamente a liberdade de consciência dos médicos, tal como está garantida pela lei europeia e internacional.
Entre outras disposições "inaceitáveis", afirma o memorando, o projeto de resolução pede aos Estados membros da Europa:
- Obrigar os profissionais da saúde a "dar o tratamento desejado ao qual o paciente tem direito legalmente (por exemplo, o aborto), em detrimento de sua objeção de consciência."
- Obrigar o profissional da saúde a provar que "sua objeção está fundada na consciência ou em crenças religiosas e que sua rejeição é feita de boa fé".
- Privar "as instituições públicas do de Estado, tais como hospitais e clínicas públicas em seu conjunto" da "garantia do direito à proteção de consciência".
- Criar um "registro de objetores de consciência".
- Criar um "mecanismo eficaz de reclamações" contra os objetores de consciência.
O memorando do ECLJ recorda os principais aspectos do direito à objeção de consciência dos profissionais da saúde, baseando-se em uma vasta pesquisa das leis que protegem sua consciência nos 47 Estados membros do Conselho da Europa e nos 50 Estados dos Estados Unidos.
Aparece claramente nestas legislações que o direito à objeção de consciência está garantido nas leis europeias e internacionais e por regulamentos internacionais de ética profissional, tanto aplicados a indivíduos como a instituições, e que está bem regulamentado na maioria das sociedades democráticas.
Fonte: Zenit.
A pedido dos membros da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, (APCE), o Centro Europeu para a Lei e a Justiça (ECLJ) preparou um memorando examinando as principais disposições do projeto de resolução intitulado "Acesso das mulheres a cuidados médicos legais: problema do recurso não regulamentado à objeção de consciência", apresentado por Christine McCafferty (Cf. Synthèse de presse du 24/06/10).
Este memorando advertia aos membros da APCE que várias recomendações desta resolução violam seriamente a liberdade de consciência dos médicos, tal como está garantida pela lei europeia e internacional.
Entre outras disposições "inaceitáveis", afirma o memorando, o projeto de resolução pede aos Estados membros da Europa:
- Obrigar os profissionais da saúde a "dar o tratamento desejado ao qual o paciente tem direito legalmente (por exemplo, o aborto), em detrimento de sua objeção de consciência."
- Obrigar o profissional da saúde a provar que "sua objeção está fundada na consciência ou em crenças religiosas e que sua rejeição é feita de boa fé".
- Privar "as instituições públicas do de Estado, tais como hospitais e clínicas públicas em seu conjunto" da "garantia do direito à proteção de consciência".
- Criar um "registro de objetores de consciência".
- Criar um "mecanismo eficaz de reclamações" contra os objetores de consciência.
O memorando do ECLJ recorda os principais aspectos do direito à objeção de consciência dos profissionais da saúde, baseando-se em uma vasta pesquisa das leis que protegem sua consciência nos 47 Estados membros do Conselho da Europa e nos 50 Estados dos Estados Unidos.
Aparece claramente nestas legislações que o direito à objeção de consciência está garantido nas leis europeias e internacionais e por regulamentos internacionais de ética profissional, tanto aplicados a indivíduos como a instituições, e que está bem regulamentado na maioria das sociedades democráticas.
Fonte: Zenit.
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