terça-feira, 13 de julho de 2010

Pe. Lombardi: progressos em Cuba também graça à Igreja

O anúncio da libertação de dezenas de dissidentes políticos em Cuba representa um passo importante, alcançado graças também ao papel desempenhado pela Igreja cubana.
Foi o que disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, em seu editorial para o Octava Dies, semanário informativo do Centro Televisivo Vaticano.
“O comunicado oficial do arcebispado de Havana sobre a libertação de mais de cinquenta prisioneiros detidos em cárceres cubanos, publicado também no jornal do Partido Comunista cubano, e a interrupção da greve de fome do jornalista Guillermo Fariñas, são as boas notícias que já aguardávamos da ilha caribenha há algumas semanas”, comenta o porta-voz vaticano.
“São sinais significativos – sublinha –, que, esperamos, indiquem um progresso estável em direção aquele clima de renovada convivência social e política que todos desejamos para a nação cubana”.
“O papel crucial desempenhado no processo de diálogo pelo cardeal Ortega Alamino e por Dom Dionisio García, presidente do episcopado cubano, foi possível graças ao fato evidente de que a Igreja católica está profundamente enraizada no povo e constitui um intérprete confiável de seu espírito e de suas expectativas”.
A Igreja, destaca, “não é uma realidade alheia, não foge nos momentos de dificuldade. Carrega sofrimentos e esperanças com dignidade e paciência, sem servilismo mas também buscando não acirrar as tensões ou excitar os ânimos; ao contrário, com compromisso constante de abrir caminhos para a compreensão e o diálogo”.
“Por sua vez – prossegue Pe. Lombardi – a Santa Sé acompanha e apoia a Igreja local com sua solidariedade espiritual e sua autoridade internacional”.
“Desde a viagem de João Paulo II, passando pelas recentes visitas do secretário de Estado cardeal Tarcisio Bertone e de Dom Dominique Mamberti, até os contatos diplomáticos no Vaticano a respeito da situação de Cuba, a Santa Sé sempre se manifestou contrária ao embargo, e portanto solidária frente aos sofrimentos do povo, bem como pronta a apoiar qualquer perspectiva de diálogo construtivo”.
“’Que Cuba se abra ao mundo e mundo se abra a Cuba’, exclamava João Paulo II em sua inesquecível viagem de 1998. Com paciência, importantes progressos foram realizados nesta direção. Todos desejamos que se prossiga neste caminho”, concluiu.

Fonte: Zenit.

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