O presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana (CEMH) da Igreja em Portugal, D. António Vitalino, destacou a preocupação da Igreja no país com as crianças imigrantes.
O prelado alertou para “a delinquência, o abuso e o tráfico, a exploração” desses menores que são ou foram obrigados a imigrar com seus familiares.
Em texto assinado para o semanário Agência Ecclesia, o bispo destaca que “os adultos, a sociedade e os Estados programam a sua vida e as suas estruturas quase exclusivamente a partir de si mesmos”.
“Embora muitos digam que emigram por causa da família, sobretudo dos filhos, para lhes dar um futuro melhor, no entanto acabam por prejudicá-los ao pensar apenas nos valores financeiros e econômicos”, afirma.
Para o presidente da CEMH, é importante recordar que muitas crianças “vivem em condições desumanas, sem alimentação conveniente, sem cuidados de saúde, sem higiene e sem casa, sem escola adequada”.
No texto que anuncia a semana nacional de migrações 2010 (8 a 15 de agosto), a CEMH refere-se aos “filhos dos imigrantes nascidos em Portugal, muitos deles votados à marginalidade, sem documentos nem registo de existência, excluídos pelo país onde nasceram e não aceites pelo país de origem dos pais por não os considerar seus”.
“A estes é preciso fazer justiça dando-lhes uma identidade e nacionalidade, pois não conhecem outro país senão aquele que os viu nascer e que, ao excluí-los está a contribuir para que surjam organizações juvenis marginais”, destaca o texto.
Fonte: Zenit.
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