Morreu na Índia a Ir. Nancy Pereira, religiosa fundadora do “Banco dos Pobres”, instituição ao estilo dos microcréditos do Grameen Bank. Ela financiou e assessorou os marginalizados na gestão de créditos e fundou grupos de auxílio ao desenvolvimento das mulheres.
Ir. Nancy Pereira, das Filhas de Maria Auxiliadora, faleceu aos 86 anos, no dia 14 de julho, em sua comunidade em Bangalore.
Seu nome era famoso. No início dos anos 90, ela pôs em marcha em Bangalore um “Fundo para os Pobres”, reelaborando o exemplo do Grameen Bank de Bangladesh.
Os clientes deste singular banco deveriam ser os pobres dos subúrbios e das aldeias, os marginalizados, que assim tinham uma oportunidade para iniciar uma nova vida. João Paulo II a denominou “empresária dos pobres”.
Quem desejasse um crédito tinha de demonstrar ter economizado com constância, em um ano, uma pequena soma. Além disso, deveria participar dos encontros do grupo de gestão dos créditos. A taxa de juros era apenas a necessária para cobrir os gastos de gestão.
O projeto do Banco dos Pobres implica toda a família e reconhece as exigências de cada membro. Paralelo a ele havia um programa de educação integral das famílias, que acabou favorecendo o desenvolvimento de aldeias inteiras.
Uma nota da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora afirma que Ir. Nancy “estava plenamente convencida de que sua vocação era estar com os pobres e dedicar-se a servi-los. E isso com alegria, implicando muitas pessoas em seus projetos de bem”.
“Desprendida de si mesmo, ela vivia pobre para enriquecer os indigentes”, diz o texto.
“Com sua criativa solidariedade, fundou numerosos grupos de ajuda à promoção das mulheres e elaborou programas de geração de lucros para que os pobres pudessem ter uma existência digna, alcançando a autonomia econômica.”
Durante sua vida, Ir. Nancy recebeu cinco prêmios internacionais por seu serviço aos pobres.
Fonte: Zenit - Nieves San Martín.
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