Desde o começo de 2010, o número de peregrinos e turistas presentes na Terra Santa aumentou 30%, superando, assim, os 1.600.000 visitantes.
Assim confirmou o Pe. Pierbattisa Pizzaballa, custódio da Terra Santa, em diálogo com a Rádio Vaticano, atribuindo as causas deste fenômeno a "uma grande atividade por parte das conferências episcopais, das dioceses e dos párocos".
O sacerdote comentou que os peregrinos provêm especialmente dos Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália.
Além disso, destacou o trabalho de promoção que muitos sacerdotes e religiosos fazem no lugar, assim como a a grande atividade por parte das autoridades governamentais e dos operadores para criar "pacotes" muito econômicos.
"Todos estes fatores juntos fizeram que voltasse a surgir o interesse pela Terra Santa, não somente por parte da Europa - e esta é uma novidade -, mas também da Ásia", afirmou o sacerdote.
Benefícios
Para o Pe. Pizzaballa, a volta dos peregrinos à Terra Santa "também traz muita serenidade às famílias que nos últimos anos sofreram a falta de peregrinos".
Uma volta que contribuiu igualmente para um renascer econômico nestas terras: "Há novos hotéis em construção. Tudo está em movimento", disse.
Situação em calma
O Pe. Pizzaballa explicou que, em matéria da situação de segurança no território, "não há violência nos territórios palestinos. Talvez se fale um pouco de Gaza, mas está muito longe, está fora do âmbito dos peregrinos".
Além disso, nesta região "não se percebe muito a tensão que permanece, especialmente no nível de incomunicabilidade entre as partes, e menos ainda nos territórios onde a situação não é tão problemática como há alguns anos".
O sacerdote destacou tamem o atual impacto midiático sobre a situação em Israel e Palestina nos últimos meses. "Fala-se menos da Terra Santa em referência às notícias negativas".
E assegurou que a melhoria da situação política, a qual "torna mais fácil e agradável o fluxo de peregrinos e turistas".
O Pe. Pizzaballa se referiu também à viagem do Papa Bento XVI à Terra Santa no ano passado, um fato que "deu uma visão positiva à Terra Santa". Ele afirmou que o Pontífice, em seus discursos, fez uma espécie de "apelo indireto, a todas as Igrejas do mundo, para que façam sua peregrinação à Terra Santa".
O presbítero compartilhou com a Rádio Vaticano uma reflexão sobre a paz neste território, a qual, segundo ele, "não passa somente pelos acordos dos grandes: passa, sobretudo, pelas realidades da vida no território".
"Quando as pessoas trabalham, quando as famílias vivem em uma condição de serenidade, cria-se este ambiente, esse humus, essa base que é necessária também para criar depois uma mentalidade e uma cultura de paz para o futuro", concluiu o sacerdote.
Fonte: Zenit.
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