Para o Papa Bento XVI, a comunhão na Igreja Católica é prioridade, razão pela qual tomou duas iniciativas que surpreenderam a opinião pública, segundo explicou seu porta-voz.
O Pe. Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, analisou no último editorial do Octava Dies, publicação semanal do Centro Televisivo Vaticano, os avanços possibilitados por duas recentes audiências, que serviram para cicatrizar algumas feridas do episcopado católico.
Em 28 de junho passado, o Papa se reuniu com os cardeais Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, e Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício, destacando que os cardeais não podem trocar acusações livremente.
Em 1º de julho, o Bispo de Roma recebeu o arcebispo emérito de Augsburg, Dom Walter Mixa, para confirmar sua renúncia por "erros e enganos" que teriam levado a uma "perda de confiança", mas ao mesmo tempo pediu ao episcopado alemão apoio ao prelado.
"O Papa repetiu diversas vezes que os perigos e tentações mais graves para a Igreja advêm de seu interior. Em tempos difíceis como os que atravessamos agora, as tensões induzidas do exterior tornam mais fácil a irrupção de tensões internas, e isso contribui para aumentar a confusão e a incerteza", declara o Pe. Lombardi.
As audiências aos cardeais Schönborn e Sodano, assim como ao arcebispo emérito de Augsburg, demonstram o comprometimento do Papa "como todo esforço voltado a sanar as tensões e incompreensões que afligem a comunidade", prossegue.
O Pe. Lombardi cita o comunicado emitido pela Santa Sé ao final da audiência papal a Dom Mixa: "Em tempos de contrastes e inseguranças, o mundo espera dos cristãos o testemunho, concorde com seu encontro com o Cristo ressuscitado, que estes são capazes de oferecer, para que se encontre o caminho correto em direção ao futuro".
"Estes são os sentimentos do Papa, e seu testemunho extremamente evangélico é claro - conclui o porta-voz. Devemos segui-lo."
Fonte: Zenit.
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