Reunidos em Málaga para debater o tema “Igreja e as novas tecnologias de comunicação”, bispos espanhóis e portugueses partilharam suas reflexões e agradeceram pelo que já foi alcançado no que se refere à inserção da Igreja na “cultura digital”.
As Comissões Episcopais de Comunicação Social de Portugal e Espanha, com a presença do presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, estiveram reunidas entre os dias 28 e 30 de junho na cidade espanhola, ocasião em que analisaram o impacto das novas tecnologias de comunicação na missão pastoral.
Em um comunicado conjunto divulgado ao final do encontro, os bispos iniciam agradecendo a Deus pelos frutos da recente visita apostólica de Bento XVI a Portugal, “em especial seu chamado a uma evangelização mais profunda em nossa sociedade, que tem no âmbito da cultura e da comunicação um de seus desafios mais importantes”.
A ação de graças se estende “à cordial acolhida dos ensinamentos pontifícios, e ao correto tratamento a estes conferido pelos veículos de comunicação”.
Nesta linha, fazem votos para que as anunciadas visitas apostólicas de Bento XVI à Espanha – previstas para novembro deste ano a Santiago, e a Barcelona em agosto de 2011, ocasião da Jornada Mundial da Juventude, “se realizem no mesmo espírito”.
Para atingir o objetivo de fazer com que, segundo as palavras do Papa Paulo VI, a Igreja possa “entrar em diálogo com o mundo em que vive”, para assim “se fazer palavra, se converter em mensagem”, os prelados destacam a importância de “unir esforços com os homens e mulheres que fazem destas novas tecnologias seu meio de vida e de relacionamento pessoal e social”.
Neste contexto, expressam seu “desejo de levar a cabo a missão evangelizadora da Igreja no cenário do mundo digital”, o qual consideram “uma oportunidade”, com a qual devem se envolver com maior profundidade “os sacerdotes, religiosos e leigos, educadores e catequistas, particularmente os mais jovens”, colocando assim, “com criatividade e audácia apostólicas”, as novas tecnologias “a serviço do anúncio de Jesus Cristo”.
“A evangelização da cultura atual – afirmam – essencialmente midiática, passa pela necessária exigência, a qual não basta responder apenas com elogiosas considerações teóricas acerca dos meios de comunicação (...), mas também com projetos e realizações”.
“As novas tecnologias – acrescentam – não apenas oferecem à Igreja grandes vantagens no que se refere a uma melhor gestão pastoral, como também constituem meios privilegiados” para seu ministério, sem que se deixe de valorizar “o encontro pessoal, familiar e comunitário”. “Assim se favorece a comunhão eclesial e se promovem novos modos de relacionamento com todos aqueles que buscam um sentido transcendente para suas vidas, no desejo pela verdade e pela realização do bem”.
Exortam ainda pais e educadores a “guiarem os mais jovens no uso correto das novas tecnologias, particularmente a internet, a fim de que sejam benéficas para a pessoa e a sociedade, favorecendo a busca pela Verdade, pelo Bem e pela Beleza”.
Cientes de que o mundo digital não pode constituir um espaço alheio às responsabilidades éticas e morais, os prelados destacam a necessidade de “se proteger os menores de conteúdos e condutas ofensivos à dignidade humana”.
“Diante da crise econômica atual – concluem -, que tanto afeta os setores mais desfavorecidos da sociedade e cuja origem não reside tão somente em causas econômicas, mas na debilitação dos valores morais, os meios de comunicação são chamados a favorecer a solidariedade, promovendo assim o bem comum”.
Fonte: Zenit.
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